EDUARDO AUGUSTO
LOURENÇO
eduardoalourenco@hotmail.com
Americana, São
Paulo (Brasil)
A
religião e a
ciência: lado a
lado na evolução
Como vimos, os
séculos 17 e 18
foram o período
em que o
Iluminismo
nasceu e trouxe
à humanidade “As
luzes da razão”
para clarear as
mentes de alguns
pensadores,
intelectuais,
aristocratas,
principalmente,
dos religiosos
da época, que
defendiam uma
idéia de “Deus”
tirano que não
perdoava, e que
dava privilégio
para uns e para
outros não.
A fé racional
veio negar a
existência deste
“Deus Carrasco”.
Sabemos que
“Deus” é
imparcial, dotou
o Espírito de
muitas
capacidades, a
fé, o amor, a
caridade dentre
outros
sentimentos,
cada qual, com a
sua devida
importância.
A inteligência é
o que o difere
entre outros
animais, ela é a
mola propulsora
que o impulsiona
a construir o
seu bem-estar,
seja ele
material ou
espiritual.
Trilhando,
assim, o
progresso para a
humanidade e
cooperando com
“Deus” na
criação dos
seres.
O Espiritismo,
por ser uma
ciência e por
aprofundar o
conhecimento do
desenvolvimento
biopsicoespiritual
do gênero
humano, caminha
lado a lado com
o conhecimento
científico de
todas as áreas.
Veio trazer a
reflexão sobre
os valores
morais, ditos e
vividos por
Cristo, que até
então, naquele
período, idade
média, estavam
corrompidos
pelos homens no
comando da
Igreja. Podemos
dizer que a
ciência veio
para colocar,
nas consciências
fanáticas, a fé,
pautada no solo
da razão, que,
até então,
estava perdida
nas trevas da
escuridão por
milênios.
Sabemos que a
religião e o
conhecimento são
duas asas que se
completam, sendo
a asa do
conhecimento o
pensamento – a
luz da razão, e
a asa da moral,
o sentimento – o
calor da
caridade. Por
isso, o
conhecimento e a
moral são
bandeiras
defendidas pela
Doutrina
Espírita.
O codificador da
Doutrina
Espírita afirma
que a ciência
deve levar em
conta a
espiritualidade,
e a religião
deve considerar
as leis
orgânicas
imutáveis da
matéria. Mas,
como ambas se
repeliam
mutuamente,
seria preciso
algo que
preenchesse o
vazio que ficou
entre as duas,
um traço de
união que as
ligassem
novamente, e
este traço de
união está no
Espiritismo, no
conhecimento das
leis que regem o
mundo espiritual
e as suas
relações com o
mundo corporal,
leis tão
imutáveis quanto
as que regem os
movimentos dos
astros. Allan
Kardec afirma
que toda uma
revolução moral
está se
desenvolvendo no
mundo sob a ação
dos Espíritos.
O grande mestre,
Allan Kardec,
sempre
preocupado com a
veracidade dos
fatos, não
hesitou em
estudar,
questionar e
pesquisar, pondo
em prática a
razão sobre os
acontecimentos
ocorridos,
dizendo: “Que
Ciência e
Espiritismo se
completam e
necessitam um do
outro”, “A
ciência e a
religião são
duas alavancas
da inteligência
humana”. José
Herculano Pires
– considerado
por Emmanuel: “o
metro que melhor
mediu Kardec” –
disse que, “ao
realizar
semelhante
fusão,
preenchendo a
velha lacuna
entre a razão e
fé, entre
ciência e
religião, deu ao
Espiritismo o
cunho de
verdadeira
síntese do
conhecimento”.
Entre muitos
outros, podemos
citar também o
Espírito
Emmanuel,
dizendo que “os
laboratórios são
templos em que a
inteligência é
concedida ao
serviço de
Deus”.
Iremos citar
algumas frases
de alguns
cientistas de
renome, que ao
longo do tempo
vieram confirmar
que a religião e
a ciência são
caminhos que se
cruzam e se
entrelaçam na
jornada
terrena:
– Karl Ernst von
Baer
(1792-1876),
biólogo, pai da
embriologia: “O
bondoso Criador
colocou quatro
desejos no
homem, pelos
quais podemos
dizer que este
é segundo a
imagem de Deus:
a fé, a
consciência, o
desejo de saber,
o sentido
pela estética”.
– Justus von
Liebig
(1803-1873),
químico, patrono
da Universidade
de Giessen,
Alemanha: "O
conhecimento da
natureza é o
caminho para a
admiração do
Criador”.
– Werner
Heisenberg
(1901-1976),
ganhador do
Prêmio Nobel de
Física de 1932:
“O primeiro gole
do copo das
ciências
naturais torna
ateu; mas no
fundo do copo
Deus aguarda”.
– Thomas Edison
afirma que
desenvolveu a
lâmpada e
inventou o
fonógrafo em
1877 movido pelo
desejo de gravar
a voz de sua
falecida mãe, o
que não
conseguiu,
principalmente,
devido à
precariedade do
aparelho
(ciência que é
chamada de
transcomunicação,
através de
aparelhos
eletrônicos
como: televisão,
rádio e
computador).
– O cientista
Albert Einstein,
físico, criador
da teoria da
relatividade,
dizia: "A
ciência sem a
religião é manca
e a religião sem
a ciência é
cega". "Sustento
que o sentimento
religioso
cósmico é o mais
forte e o mais
nobre
incitamento à
pesquisa
científica".
– Isaac Newton
(1642-1727),
físico, criador
da teoria da
gravidade,
dizia: “Que o
espírito nada
mais é do que um
corpo de luz e
não material” e
que “devemos
crer em um Deus
e não ter outros
deuses além
dele. Ele é
eterno,
onipresente,
onisciente,
onipotente,
criador de todas
as coisas,
sábio, justo,
bom e santo.
Devemos amá-lo,
temê-lo,
honrá-lo e
confiar nele,
orar a ele,
dar-lhe graças,
louvá-lo e
santificar seu
nome, cumprir
seus mandamentos
e dispor de
tempo para
honrá-lo em
culto”.
– Louis Pasteur
(1822-1895),
cientista que
desenvolveu o
processo de
pasteurização, a
vacina
anti-rábica,
declarou: "A
ciência nos
aproxima mais de
Deus" e "Um
pouco de ciência
nos afasta de
Deus, muito nos
aproxima", e vai
além, dizendo:
"Proclamo Jesus
como filho de
Deus em nome da
ciência. Meu
espírito
científico, que
dá grande valor
à relação entre
causa e efeito,
compromete-me a
reconhecer que,
se ele não o
fosse, eu não
mais saberia
quem ele é. Mas
ele é o filho de
Deus. Suas
palavras são
divinas, sua
vida é divina, e
foi dito com
razão que
existem equações
morais assim
como existem
equações
matemáticas”.
– Wernher Von
Breaun
(1912-1977),
conhecido como o
pai do programa
espacial
americano,
diretor da Nasa,
e um dos maiores
cientistas
espaciais do
mundo, disse:
"Os
evolucionistas
desafiam a
ciência a provar
a existência de
Deus".
– Blaize Pascal
(1623-1662),
matemático,
físico, filósofo
e escritor
francês, dizia:
"Duvidar de Deus
é crer em sua
existência".
– Karl Friedrich
Gauss
(1777-1855),
matemático e
físico, dizia:
”Existem
questões a cuja
resposta eu
daria um valor
infinitamente
maior do que às
matemáticas, por
exemplo,
questões sobre
ética, sobre
nosso
relacionamento
com Deus, sobre
nosso destino e
nosso futuro.
Para a alma
existe uma
satisfação de
espécie
superior, para a
qual dispenso o
que é
material”.
Sendo assim, a
ciência vai-se
aliando com a
religião,
comprovando aos
poucos o que os
Espíritos
trouxeram com a
Doutrina
Espírita.
Através do
codificador,
Allan Kardec,
que abordou os
três temas que
compõem o
Espiritismo:
ciência,
filosofia e
religião.
Também,
Francisco
Cândido Xavier
serviu de
instrumento aos
Espíritos para
psicografar
tantos livros,
completando as
obras
Kardequianas.
Vale recordarmos
o que Emmanuel
nos alertou: se
os seus livros
viessem a
contradizer as
obras de Jesus e
Kardec, era para
ficarmos com as
obras de Jesus e
Kardec.
O codificador do
Espiritismo
lembrou-nos que,
se a ciência com
o tempo vier
comprovar que
suas obras são
falhas,
deveríamos ficar
com a ciência, a
mãe da lógica.
“Deus” nos deu
todas as
ferramentas
necessárias para
sermos felizes,
fomos preparados
pelas mãos
benditas do
Criador para
buscarmos dentro
de nós toda a
essência divina.
Impulsionou-nos
a conhecer o
reino dos céus,
sendo este o
verdadeiro
caminho. Assim,
cada criatura
tem sua função
na Terra. Alguns
dentro da
religião, outros
na ciência e
muitos dentro
dos seus
próprios lares.
Não importa a
posição, o credo
ou cargo que
ocupa, o
importante é que
cada ser possa
desempenhar seu
devido papel no
planeta. “Deus”
não dá
privilégios a
nenhum de nós.
Todos, sem
exceção, saímos
do mesmo ponto
de partida e
teremos que
conquistar nosso
amadurecimento
espiritual com
nosso próprio
esforço.
Mudando as más
tendências que
ainda imperam em
nosso
comportamento,
trabalhando em
prol dos nossos
irmãos
necessitados.
Todos nós somos
importantes para
o “Pai da Vida”,
desde o
pequenino grão
de areia até o
homem racional,
só não devemos
nos esquecer de
que compromisso
assumido e não
cumprido é mais
um débito
adquirido.