O Espírito é uma
chama, um clarão,
uma centelha etérea
1. Consultados por
Kardec se os
Espíritos têm forma
determinada,
limitada e
constante, os
Espíritos Superiores
responderam: “Para
vós, não; para nós,
sim. O Espírito é,
se quiserdes, uma
chama, um clarão, ou
uma centelha etérea”
(L.E., 88). Em
seguida,
complementando o
assunto,
esclareceram que
essa chama ou
centelha tem uma
coloração que vai,
aos olhos humanos,
do colorido escuro e
opaco a uma cor
brilhante, qual a do
rubi, conforme o
Espírito seja mais
ou menos puro.
2. Vê-se, pelas
explicações
mencionadas, que os
Espíritos procuraram
estabelecer uma
comparação, embora
pálida, do que
existe no plano
espiritual, quanto à
forma e à cor dos
Espíritos, com as
limitações do nosso
mundo físico e dos
nossos sentidos.
3. Fica claro à
vista dos ensinos
espíritas que os
Espíritos têm forma
e cor, mas só por
alto se pode
compará-las com a
forma e a cor que
estamos, como seres
encarnados,
acostumados a
observar.
4. Gabriel Delanne
assevera: “A Ciência
ensina-nos que os
nossos sentidos
apenas nos fazem
conhecer ínfima
parte da natureza,
porém que, além e
aquém dos limites
impostos às nossas
sensações, existem
vibrações sutis, em
número infinito, que
constituem modos de
existência de que
não podemos formar
idéia, por falta de
palavras para
exprimi-la” (O
Fenômeno Espírita,
pág. 213).
Os Espíritos são
indivisíveis e não
podem ser
fracionados
5. Segundo Delanne,
a alma assiste,
desse modo, a
espetáculos que não
temos meios de
descrever, ouve
harmonias que nenhum
ouvido humano tem
apreciado e se move
em completa oposição
às condições de
viabilidade
terrestre. “O
Espírito libertado
das cadeias do corpo
– assevera ele – não
tem mais necessidade
de alimentar-se, não
se arrasta mais pelo
solo: a matéria
imponderável de que
é formado
permite-lhe
transportar-se para
os mais longínquos
lugares com a
rapidez do
relâmpago, e,
segundo o grau do
seu adiantamento
moral, suas
ocupações
espirituais
afastam-se mais ou
menos das
preocupações que
nutria na Terra.”
(Obra citada.)
6. Questionados
sobre se os
Espíritos têm o dom
da ubiqüidade
,
ou seja, se um
Espírito pode
dividir-se ou estar
em muitos pontos ao
mesmo tempo, os
imortais disseram:
“Não pode haver
divisão de um mesmo
Espírito; mas cada
um é um centro que
irradia para
diversos lados. Isso
é que faz parecer
estar um Espírito em
muitos lugares ao
mesmo tempo. Vês o
Sol? É um somente.
No entanto, irradia
em todos os sentidos
e leva muito longe
os seus raios.
Contudo, não se
divide” (L.E., 92).
7. Observa-se assim
que os Espíritos são
indivisíveis e
constituem uma
unidade que não pode
ser fracionada.
Podem ser percebidos
em mais de um lugar
por efeito do seu
poder de irradiação,
poder esse que pode
ser maior ou menor,
dependendo do grau
de pureza de cada
um. Esse fato nos
permite compreender
um fenômeno muitas
vezes verificado, em
que se registra a
presença de
Espíritos Superiores
em diversos lugares
ao mesmo tempo.
8. O fenômeno da
ubiqüidade guarda,
de certa forma,
relação com o
fenômeno da
bicorporeidade. Como
sabemos, isolado do
corpo, o Espírito de
uma pessoa viva pode
– como o de um morto
– mostrar-se com
todas as aparências
da realidade e até
mesmo adquirir
momentânea
tangibilidade. Esse
fenômeno conhecido
pelo nome de
bicorporeidade foi
que deu azo às
histórias dos homens
duplos, ou seja, de
indivíduos cuja
presença simultânea
em dois lugares
diferentes se chegou
a comprovar. (Leia
sobre o assunto “O
Livro dos Médiuns”,
item 119.)
O poder de
irradiação aumenta
com a evolução da
alma
9. O fenômeno da
bicorporeidade
ocorre quando o
Espírito está
encarnado. Estando a
pessoa adormecida,
ou num estado mais
ou menos extático,
pode o seu Espírito,
desligado do corpo,
aparecer, falar e
mesmo tornar-se
tangível.
10. Em tais casos,
se o fenômeno for
autêntico,
poder-se-á comprovar
que a pessoa se
encontrava em dois
lugares ao mesmo
tempo, só que em um
lugar estava o corpo
material e no outro
lugar o Espírito
revestido pelo seu
corpo espiritual ou
perispírito.
11. No fenômeno da
ubiqüidade, como já
dissemos, o Espírito
não se divide para
estar em dois
lugares diferentes.
Ele irradia-se para
diversos lados e
pode assim
manifestar-se em
muitos pontos, sem
se haver fracionado.
Ocorre aí o que se
dá com a luz, que
pode refletir-se
para todos os lados
e ser vista
simultaneamente em
muitos espelhos.
12. Quanto mais
evoluído for o
Espírito, maior será
seu poder de
irradiação, mais
potente será seu dom
de ubiqüidade
relativa. Tanto na
bicorporeidade como
na ubiqüidade, vê-se
que o perispírito
desempenha um papel
fundamental, o que
mostra ser
indispensável um
maior conhecimento
acerca do corpo
perispiritual,
objeto de estudo de
inúmeras obras, como
o livro Evolução
em Dois Mundos,
de André Luiz, e
A Evolução Anímica,
de Gabriel Delanne.
Respostas às
questões propostas
1. Os Espíritos têm
uma forma
determinada,
limitada e
constante?
R.: A essa mesma
pergunta os
Espíritos Superiores
responderam: “Para
vós, não; para nós,
sim. O Espírito é,
se quiserdes, uma
chama, um clarão, ou
uma centelha
etérea”. Em seguida,
complementando o
assunto,
esclareceram que
essa chama ou
centelha tem uma
coloração que vai,
aos olhos humanos,
do colorido escuro e
opaco a uma cor
brilhante, qual a do
rubi, conforme o
Espírito seja mais
ou menos puro.
2. Os Espíritos
podem dividir-se e
estar em muitos
lugares ao mesmo
tempo?
R.: Não. Os
Espíritos não podem
dividir-se, mas cada
um é um centro que
irradia para
diversos lados. Isso
é que faz parecer
estar um Espírito em
muitos lugares ao
mesmo tempo. É como
o Sol, que irradia
em todos os sentidos
e leva muito longe
os seus raios, mas
não se divide.
3. Existe alguma
relação entre o
fenômeno da
ubiqüidade e o
fenômeno da
bicorporeidade?
R.: Sim. Como
sabemos, isolado do
corpo, o Espírito de
uma pessoa viva pode
– como o de um morto
– mostrar-se com
todas as aparências
da realidade e até
mesmo adquirir
momentânea
tangibilidade. Esse
fenômeno conhecido
pelo nome de
bicorporeidade foi
que deu azo às
histórias dos homens
duplos, ou seja, de
indivíduos cuja
presença simultânea
em dois lugares
diferentes se chegou
a comprovar. Eis aí
a relação entre os
dois fenômenos.
4. Como o
Espiritismo explica
o fenômeno da
ubiqüidade?
R.: No fenômeno da
ubiqüidade, como já
dissemos, o Espírito
não se divide para
estar em dois
lugares diferentes.
Ele irradia-se para
diversos lados e
pode assim
manifestar-se em
muitos pontos, sem
se haver fracionado.
Ocorre aí o que se
dá com a luz, que
pode refletir-se
para todos os lados
e ser vista
simultaneamente em
muitos espelhos.
5. Que fator tem
maior peso no
tocante ao poder de
irradiação dos
Espíritos?
R.: Quanto mais
evoluído for o
Espírito, maior será
seu poder de
irradiação, mais
potente será seu dom
de ubiqüidade
relativa.
Bibliografia:
O
Livro dos Espíritos,
de
Allan Kardec, itens
88 e 92.
O
Livro dos Médiuns,
de
Allan Kardec, 2a
Parte, item
119.
O
Fenômeno Espírita,
de Gabriel Delanne,
Parte 4a,
pág. 213.
Evolução em Dois
Mundos,
de André Luiz, Parte
2a, pág.
174.