ORSON PETER
CARRARA
orsonpeter@yahoo.com.br
Matão, São Paulo
(Brasil)
Já não há
mais
dúvidas,
através do
conhecimento
trazido pela
Doutrina
Espírita, de
que estamos
reencarnados
para
progredir. A
finalidade
da vida
humana é
mesmo
promover o
crescimento
intelecto-moral
dos
Espíritos
vinculados
ao planeta
para que, de
futuro,
alcancem
outros
patamares
evolutivos. |
Ora, isto é
extremamente
abrangente. O
próprio
crescimento
intelectual,
apesar de
galopante do
ponto de vista
coletivo, exige
permanentes
esforços
individuais na
aquisição da
cultura, de
habilidades, de
experiências. A
esfera
profissional, o
aprimoramento de
qualquer área
cultural e mesmo
o amadurecimento
interior (aqui
incluídos o
relacionamento
familiar e
social),
especialmente no
aspecto
emocional e
psicológico,
estão a
solicitar a
atenta
observação
intelectual
daqueles que
percebem os
altos desígnios
da vida humana.
Ocorre, porém,
que atrelado a
tudo isto, é
imperiosa também
a necessidade do
progresso moral.
Sim, a aquisição
ou o
desenvolvimento
de virtudes,
para dotar a
experiência
emocional e
psicológica dos
valores éticos e
humanitários,
que dignificam
nossa qualidade
de filhos de
Deus.
Nesta luta sem
tréguas e
difícil, porque
exige esforço e
participação
pessoal, está
incluída a
conquista da
liberdade. Sim,
a liberdade
responsável. A
liberdade de
agir, com
consciência, de
tomar decisões,
de saber
discernir entre
o certo e o
errado, de optar
por caminhos
equilibrados e
coerentes, sem
prejuízo do
próximo – é
importante que
se destaque –;
enfim, de saber
conduzir-se por
si mesmo, sem
que isto resulte
em conseqüências
danosas para si
ou para qualquer
pessoa.
Neste processo
de independência
intelecto-moral
(que não é total
nem exclusivo,
pois somos
interdependentes
uns dos outros),
iremos
gradativamente
assumindo nossa
autêntica
herança de seres
espirituais, sem
deixar-nos
dominar pelo
medo, por
condução de
terceiros
(especialmente
quando abusiva e
exploradora),
por inseguranças
ou traumas.
E é exatamente
por esta razão,
a do
amadurecimento
que só a
experiência
vivida pode
oferecer, que
vivemos tantas
atribulações e
difíceis
processos de
relacionamento
com outras
pessoas e mesmo
com nossas
angústias
interiores. É
que estamos em
caminho, estamos
aprendendo. E
todo aprendizado
é tenso, lento,
e muitas vezes
difícil.
Natural que seja
assim. Se não
sabemos, temos
que aprender.
Para aprender,
erramos (pois
não sabíamos).
Por sua vez, os
erros trazem
conseqüências
que podem
significar
aflições, no
entanto,
propiciam
experiência.
É o preço da
evolução.
Sairemos
escolados deste
processo, pois
conquistaremos
madureza
intelectual,
emocional,
psicológica.
Tendo aprendido
no calor das
experiências,
saberemos tomar
decisões
sensatas,
prudentes,
sábias em muitos
casos. Para
evitar novos
desastres, novas
quedas.
O preço é este:
esforço,
interesse,
constância,
confiança,
coragem. Coragem
de prosseguir,
isto sim.
Porque, em
última análise,
a evolução
individual não
será feita pelos
outros, mas pelo
esforço de cada
filho da Criação
Divina, cuja
felicidade e
harmonia estão
condicionadas
pelos méritos do
próprio esforço
pessoal.
Algum absurdo
nisto? Não,
apenas justiça!