– Há
mediunidades
mais importantes
que outras? E
médiuns mais
fortes que
outros?
Raul
Teixeira:
Verdadeiramente
não pode haver
mediunidades
mais importantes
que outras, nem
médiuns mais
fortes do que
outros. Existem
médiuns e
mediunidades.
Segundo Paulo de
Tarso, existem
os "dons" e ele
se refere à
visão, à
audição, à cura,
à palavra, ao
ensino, mas
disse que um só
é o Senhor.
(1) Eles
provêm da mesma
fonte. Os
indivíduos que
psicografam, que
psicofonizam,
que
materializam,
poderão todos
realizar um
trabalho
apostolar, na
realidade em que
se encontram.
Não é o número
de
possibilidades
que dá
importância ao
médium. O que
engrandece
espiritualmente
o médium é
aquilo que ele
faz com os dons
que possua.
Verificamos que
a importância do
médium se
localiza na
honra que tem de
poder servir.
Não existem, na
Doutrina
Espírita,
médiuns mais
fortes que
outros, mas,
sim, os que são
mais dedicados
que outros, mais
afervorados que
outros, que
estão
renunciando à
matéria e
efetuando o
esforço do
auto-aprimoramento
mais que outros.
Isso ocorre. E é
esse esforço
para algo mais
alto que confere
ao médium, ou a
outro servidor
qualquer,
melhores
condições de
estar à frente
na lide. Mas
isso não
significa que o
que venha na
retaguarda não
poderá
alcançá-lo,
realizando os
mesmos esforços.
Conversando,
oportunamente,
com um grupo de
amigos, o nosso
venerável Chico
Xavier dizia
para os
companheiros que
o questionavam
que o dia em que
não chora, não
viveu.
Depreendemos
disso que quanto
mais se alteia a
mediunidade,
colocando aquele
que dela é
portador numa
posição de
destaque, numa
posição de
claridade,
naturalmente, os
que não desejam
a luz mais
atirarão pedras
à “lâmpada”,
tentando
quebrá-la,
quando não
desejam derrubar
o “poste” que a
sustenta.
Daí, o médium
mais importante
ser aquele que
mais disposto
esteja para
enfrentar essas
lutas em nome do
Cristo, Médium
de Deus por
excelência, e o
mais importante
Senhor da
mediunidade que
conhecemos.
Não caberá
nenhum desânimo
a nenhum de nós
outros que ainda
nos localizamos
numa faixa
singela de
mediunidade,
galgando os
primeiros
passos. Isto
porque já
ouvimos
companheiros que
gostariam de
receber
mensagens como o
Chico recebe,
desejariam
receber obras
daquele talante,
desejariam ser
médiuns da
envergadura
desse ou daquele
companheiro que
se projeta na
sociedade, mas
desconhecem a
cota de
sacrifícios
diários, de
lutas, de
lágrimas, de
renúncias a que
eles têm de se
predispor e se
dispor. Por
isso, em
Espiritismo, não
há médiuns
superiores a
outros, nem
mediunidades
mais importantes
que outras;
existem
oportunidades
para que todos
nós tomemos a
charrua da
evolução sem
olharmos para
trás, crescendo
sempre.
(1)
Paulo (I
Coríntios, 12: 1
a 11).
Do livro
Diretrizes de
Segurança,
de autoria de
Divaldo P.
Franco e José
Raul Teixeira,
publicado pela
Editora Fráter Livros
Espíritas Ltda.,
de Niterói-RJ.