WALDENIR
APARECIDO CUIN
wacuin@ig.com.br
Votuporanga, São
Paulo (Brasil)
A
vida no mundo
espiritual
"O poder e a
consideração de
que um homem
goza na Terra
dão-lhe alguma
supremacia no
mundo dos
Espíritos?
– Não; pois os
pequenos serão
elevados e os
grandes
rebaixados. Lede
os salmos.”
(Questão 275, de
O Livro dos
Espíritos.)
Na vida
definitiva, que
é a espiritual,
pois que a nossa
existência na
Terra equivale a
uma etapa apenas
da vida total, a
superioridade de
alguém se
caracteriza pela
sua evolução
real e não pelo
que aparenta.
Aqui, no mundo
físico, temos
múltiplas
maneiras de
disfarçar o que
pensamos,
desejamos e
ansiamos, já na
espiritualidade,
nos apresentamos
tal qual somos,
totalmente
expostos, sendo
possível àqueles
que nos rodeiam
perceber o nível
de evolução que
ostentamos.
Portanto, nem
sempre uma
criatura que
passou pela
Terra,
carregando
consigo o poder,
a fama, o
prestígio, o
respeito,
consegue manter
tais atributos
no mundo
espiritual, pois
eles podem ter
decorrido de uma
série de fatores
contrários à
ordem, à
dignidade e
mesmo à moral.
Assim, despida
da indumentária
carnal, pode
revelar uma
realidade que
por aqui ficou
encoberta, sob o
manto do
disfarce e do
engodo.
Mas, em algumas
oportunidades,
chega-se à
pátria dos
Espíritos com a
mesma
consideração
obtida na vida
física, pois
homens existem
que, pelos
sentimentos
nobres, atos
sublimes e
comportamento
evangelizado,
prosseguem
além-túmulo
levando a mesma
grandeza e
respeito que
granjearam no
mundo, pois que
passaram pela
existência
vivendo de
acordo com os
padrões do
“amai-vos uns
aos outros”,
apregoados pelo
Cristo.
Sabendo disso,
não teremos
dúvida em
concluir como
devem ter
chegado ao mundo
espiritual
personalidades
que na Terra
semearam o ódio,
a intriga, a
inveja, a
violência, a
velhacaria, o
desrespeito e a
indignidade,
mesmo que aos
olhares humanos
tenham deixado
transparecer
prestígio,
influências e
consideração. E,
também, como por
lá aportaram
aqueles que
cultivaram o
bem, plantaram a
paz e
fermentaram a
felicidade
alheia. A lei
divina é a
mesma, tanto
desnuda quem
cuidou de
disseminar o mal
como aquele que
se preocupou em
preservar o
bem.
Assim,
conscientes do
futuro que nos
aguarda, pois,
se existe uma
certeza
absoluta, essa é
a de que mais
cedo ou mais
tarde deixaremos
de viver na
Terra, para
prosseguirmos
existindo na
vida espiritual,
carregando no
âmago nossas
virtudes ou
defeitos,
dependendo,
obviamente, dos
rumos que dermos
ao nosso
livre-arbítrio,
será oportuno
refletir.
Então, não há
razões para
prosseguirmos
indiferentes aos
acontecimentos
dos dias do
porvir. Oportuno
será que
observemos nossa
maneira de vida,
visando
vislumbrarmos se
nossos atos,
atitudes e
comportamentos
estão em
concordância com
os princípios da
dignidade,
decência e
moralidade,
informadas pelos
valiosos
ensinamentos de
Jesus, para que
não venhamos a
amargar, amanhã,
sérios
dissabores,
desilusões e
desenganos.
Evitemos as
lágrimas
futuras,
cultivando uma
vida onde o
bem-estar do
nosso próximo
seja a razão
máxima do nosso
esforço.
E guardemos a
pretensão
tão-somente de
sermos
reconhecidos
como fiéis
seguidores das
lições do
Cristo, sendo
considerados na
Terra ou não,
sendo
compreendidos ou
não, sendo
respeitados ou
não, pois no
mundo espiritual
colheremos da
semeadura do que
fizermos no
mundo físico.
Interessante
será pensarmos
maduramente
sobre o assunto.