– Há controvérsias com
relação às medidas que
podem ser tomadas no
sentido de protelar ou
de acelerar o processo
desencarnatório. Têm os
encarnados meios de
prolongar a vida física,
a ponto de interferir no
procedimento dos
Espíritos?
Raul Teixeira:
Aprendemos com os nobres
Benfeitores Espirituais
que, como as nossas
existências planetárias
estão sob os cuidados de
entidades sublimadas,
que respondem junto a
nós em nome de Jesus
Cristo, a protelação (a
moratória) ou a
aceleração (a
antecipação) do processo
de nossa desencarnação
estão, do mesmo modo,
sob essas divinas
responsabilidades.
Temos sabido de
incontáveis
circunstâncias que podem
levar os Guias
Espirituais a interceder
a favor da permanência
física de alguém no
mundo, assim como de
outras que os fazem
atuar em prol da
antecipação do período
da reencarnação, desde
que haja interesses
superiores em jogo,
significando uma
contribuição para o
progresso de quem deverá
permanecer ou de quem
deverá partir.
Indivíduos que, na época
prevista para seu
desenlace, estejam
realizando processos
espirituais renovadores
junto a familiares de
relacionamentos
complexos; que estejam
conseguindo se libertar
de difíceis conflitos ou
dependências
tormentosas, o que lhes
permitirá grandes
arrancadas espirituais,
ou que se encontrem
executando atividades em
benefício de alguma obra
de formosa expressão, o
que lhes propiciará
feliz contributo
ascensional, esses
costumam receber o
beneplácito de
abençoadas moratórias.
Muitos que estejam se
enredando em situações
comprometedoras, planeta
afora, fascinados com as
liberdades que ninguém
consegue frear; muitos
que chegaram à Terra com
bagagem espiritual
respeitável, mas que se
estão deixando levar por
certos níveis de orgulho
e vaidade
comprometedores de seu
valor espiritual; os que
vieram para
operacionalizar
determinadas missões,
para o que foram
investidos anos e anos
de preparativos no Mundo
Invisível, e que estão
atirando fora as
oportunidades, costumam
ser “chamados de volta”
ao Grande Lar, a fim de
que reavaliem suas
condutas terrenas, para
que não comprometam seus
valores conquistados e
para que refaçam os
planejamentos quanto ao
futuro, de tal modo que,
então, não se perturbem
nos mesmos caminhos e
situações que os puseram
em perigo.
Tanto as moratórias
quanto as antecipações
não costumam ser do
conhecimento direto do
beneficiado. As leis do
nosso Criador funcionam
silenciosamente e
atendem os Seus filhos,
em suas variadíssimas
necessidades, sem
qualquer alarde. Assim,
é improvável que os
encarnados, de maneira
consciente, consigam
esses resultados,
tornando-se capazes de
interferir na
programação do
Benfeitores da Vida
Maior, desenvolvida
sobre nós sob o comando
de Jesus.
Extraído de entrevista
publicada pelo jornal
O Imortal na edição
de fevereiro de 2009.