ALMERINDA
TEREZINHA
MEDEIROS DE
SOUZA
tereca.s@terra.com.br
Santa
Maria, Rio
Grande do Sul
(Brasil)
Eficiência e
eficácia na
administração do
Centro Espírita
(2ª Parte e
final)
Como forma de
tornar prático o
que expusemos
até aqui,
sugerimos alguns
exemplos de
indicadores para
uma Casa
Espírita:
·
Número de
pessoas
atendidas no
Atendimento
Fraterno;
·
Número médio de
retorno ao AF;
·
Média de pessoas
nos trabalhos de
Assistência
Espiritual;
·
Número de
pessoas em
grupos de ESDE;
·
Número de
pessoas em
outros grupos de
estudo
(evangelho,
mediunidade
etc.);
·
Número de
crianças da
Evangelização;
·
Número de jovens
na
Evangelização;
·
Eventos
realizados
(palestras,
seminários,
jornadas, feiras
etc.);
·
Eventos
realizados com
dados
específicos de
cada um, como
tema, tempo,
palestrante,
custos, receitas
etc.;
·
Quantidade de
itens
distribuídos no
serviço de
Assistência
Social
(alimentos,
roupas,
agasalhos,
livros etc.);
·
Número de
famílias
atendidas na
Assistência
Social;
·
Evolução do
quadro de sócios
(nas diversas
categorias);
·
Número de
expositores
qualificados;
·
Número de
passistas;
·
Comercialização
de livros
(quantidades
especificadas
por tipo de
obra);
·
Comercialização
de livros (em
volume
financeiro);
·
Financeiros
(custos,
receitas,
inadimplência
etc.);
·
Doações
recebidas e
distribuídas (em
materiais e
financeiras);
·
Cadastro de
estoques
(livros,
materiais
diversos,
artigos de bazar
etc.);
·
Dados de
pesquisas
diversas com
trabalhadores,
frequentadores,
evangelizandos
etc.
·
Cadastro
completo de
trabalhadores,
sócios,
colaboradores,
voluntários
(nome, endereço,
telefone,
e-mail,
capacitação
etc.);
·
Cadastro
completo de
evangelizandos
(nome, endereço,
telefone,
filiação, idade,
nível econômico
e social, etc.);
·
Registro,
acompanhamento e
avaliação das
diversas
atividades
específicas de
cada
Departamento;
·
Capacitação de
trabalhadores
(cursos,
reuniões,
seminários
etc.);
·
Número de
sugestões de
melhorias
apresentadas por
trabalhadores e/
ou
frequentadores,
por período, por
assuntos,
viabilidade;
·
Dados legais
(documentos
fiscais,
tributários,
contábeis, atas,
alvarás, termos
de trabalho
voluntário);
·
Outros dados
específicos de
cada
Departamento,
Setor ou Área da
Casa Espírita,
de acordo com o
tipo de trabalho
(assistência ao
idoso, escolas,
creches,
serviços
médicos,
odontológicos,
etc.);
·
Avaliação do
desempenho dos
trabalhos
desenvolvidos
(ESDE, reuniões
públicas
doutrinárias, AF,
preparação de
expositores,
dirigentes,
etc.).
O monitoramento
desses
indicadores,
através de um
sistema de
informações
adequadamente
planejado,
permite ao
dirigente
acompanhar o
desempenho da
sua unidade,
realizando as
medidas
corretivas
necessárias ou
planejando
melhorias,
representadas
através de metas
desafiadoras
para toda a
equipe.
A Informação e o
Processo
Decisório
“A informação é
o ingrediente
essencial na
decisão. Não se
pode pensar em
uma situação
decisória que
dispense
informação.
Precisa-se de
informações para
identificar
problemas, para
perceber
oportunidades,
apoios,
restrições. A
geração e
avaliação de
alternativas não
ocorrem sem uma
base de
informações”.
A atividade de
planejamento
apoia-se na
intensa busca e
organização de
informações
voltadas para o
diagnóstico e o
estabelecimento
de metas; na
fase de
execução, a
coordenação das
ações não se
efetua sem um
apoio de
informações; o
acompanhamento e
o controle da
execução
dependem da
geração,
organização e
distribuição de
informações que
garantam novas
decisões ao
longo da
implantação.
A cada etapa, a
qualidade das
decisões
depende, em
grande parte, da
qualidade das
informações que
apoiam o decisor
e isso nos leva
à questão da
utilidade da
informação. A
utilidade de uma
informação está
fortemente
relacionada à
contribuição que
dá à qualidade
das decisões.
Quais as
características
das informações
úteis?
A primeira
característica
diz respeito à
quantidade.
A informação
útil alcança o
decisor na conta
certa de suas
necessidades:
nem a mais nem a
menos.
Informação de
menos produz um
grau inevitável
de incerteza na
decisão.
Informação
demais demanda
do decisor um
trabalho extra
de triagem que
pode adiar
desnecessariamente
(ou até
desastrosamente)
a decisão.
A segunda
característica
diz respeito à
adequação.
A informação
adequada é
aquela que
apresenta um
conteúdo
compatível com a
natureza das
decisões. A
informação
adequada ao
nível
operacional não
é a informação
adequada ao
nível
estratégico, por
exemplo. Deve
ser de fácil
assimilação por
todos os
envolvidos.
A terceira
característica
de informação
útil é ser
oportuna.
Oportunidade diz
respeito ao
momento em que a
informação
alcança o
decisor: nem
tarde, quando a
escolha já tiver
sido feita, nem
cedo demais, a
ponto de correr
o risco da
desatualização.
Outra
característica
diz respeito à
confiabilidade,
ou seja, ao grau
de confiança que
o decisor pode
ter na
informação
recebida.
Clareza
é outra
característica
da informação
útil. A
informação tem
que ser
inteligível para
quem vai usá-la.
Se não tiver um
grau de clareza
que garanta o
seu uso imediato
e não deixe
dúvidas sobre o
seu significado,
não terá
utilidade.
Pode-se tomar,
por exemplo, a
informação do
nível de
eficácia de um
método de
evangelização.
Ele só tem valor
se para o
decisor estiver
claro o
significado
desse índice, se
ele entender com
que tipo de
dados se chega a
essa informação.
Uma
característica
da informação é
a
relatividade.
Um número
absoluto sem
qualquer padrão
de referência
não se presta a
apoiar o
decisor. A
informação de
que 15 pessoas
abandonaram o
Estudo
Sistematizado
será
praticamente
inútil se o
decisor não
souber o total
de pessoas que
frequentam cada
etapa do Estudo.
Outra forma de
apresentar a
relatividade da
informação é
compará-la à
meta do
exercício ou a
desempenhos de
anos anteriores.
Assim, diz-se
que a informação
será tanto mais
útil ao decisor
quanto melhor
ideia ela
forneça em
termos
comparativos.
Toda informação
tem um custo.
O custo para
produzir uma
informação
adicional para o
decisor tem que
ser compensado
pelo incremento
de qualidade
propiciado à
decisão. Isso é
muito importante
considerar
(...).
O outro alerta
importante a
respeito da
informação e de
seu custo é
quanto à questão
da exceção.
Muito tempo e
energia são
alocados à
prestação de
informações
sobre o que está
bem, sobre a
confirmação do
esperado. Se
entendermos que
toda informação
implica custo,
tanto para quem
produz como para
quem utiliza,
deve-se dar
preferência a
informar ao
decisor sobre o
que não vai bem,
ou o que foge ao
esperado.
Infelizmente,
embora este tipo
de informação
tenha maior
valor para as
correções de
rumos, é muito
difícil, na
nossa cultura,
que os
prestadores de
informação
aceitem esta
proposta de
sacrificar as
informações boas
em benefício das
informações de
exceções”.
A Casa Espírita
não foge às
questões acima
expostas. A
racionalização
das atividades
administrativas
deve estar
sempre na pauta
dos dirigentes.
Estes devem agir
como verdadeiros
Agentes de
Mudanças que
são, não só da
educação
espiritual dos
frequentadores e
assistidos, como
também das
tarefas e
serviços
imprescindíveis
à manutenção e
permanência da
Casa no
horizonte
temporal.
Concluindo, a
administração,
assim como o
Espiritismo,
possui um
conjunto de
conhecimentos
específicos que
é necessário
conhecer para se
desenvolver um
bom trabalho.
Tentar resolver
as questões no
âmbito da
administração,
baseando as
decisões apenas
no empirismo
(experiência
pessoal), é tão
nocivo quanto
empreender um
trabalho
doutrinário sem
conhecer bem a
Codificação.
Todos os
dirigentes estão
convidados a
estudarem a
ciência
administrativa e
procurarem se
atualizar de
quando em
quando, pois
assim estarão
certos de
ocuparem melhor
o precioso tempo
que dedicam às
atividades,
maximizando os
resultados
esperados e
buscando,
permanentemente,
a
Eficiência e a
Eficácia na
Administração do
Centro Espírita
em Vista de Suas
Finalidades.