Vivência
existencial
Ao
renascermos,
somos
pequeninos
e
desajeitados.
Sem o
auxílio
do
outro,
ficamos
à mercê
da
provável
extinção
das
forças
físicas.
Embora
Espíritos
milenares,
renascemos
em
condição
de
aprendizes
de todo
tipo de
condição
humana,
dentro
de um
momento
histórico,
em torno
de uma
rede
social,
nossa
família
de base,
e
vinculada
a nós
pelas
experiências
anteriores.
O que
sei ao
voltar a
um
corpinho
de
matéria
densa
como o
organismo
terreno?
Começamos
uma nova
caminhada,
diante
de
desafios
e
incertezas,
expectativas
e
esperanças,
tendências
e
probabilidades,
velhos e
novos
aprendizados,
de
acordo
com
nossas
potencialidades,
possibilidades,
necessidades
e força
de
vontade.
No campo
dos
sentimentos,
somos
ainda
sementinhas.
Os
primeiros
toques,
dos pais
e
cuidadores,
além de
transmitirem
uma
energia
muito
gostosa
e sutil,
vêm
carregados
de
gestos,
de
toques e
olhares,
que
serão as
nossas
primeiras
diretrizes,
na
condição
de
encarnados,
as
primeiras
lições
da alma
de volta
ao
estágio
terreno.
Você já
reparou
como são
atentos
os
olhinhos
das
crianças,
que nada
perdem,
nada
deixam
passar
em
branco,
querendo
tudo
aprender?
O
sorriso
expressando
alegria,
lágrimas,
que
podem
ser de
dor,
cansaço
ou
teimosia.
Carinha
feia
pode ser
um não.
Carinha
feliz,
barriga
cheia.
Existem
tantas
possibilidades
de
aprender
a
sentir,
a se
manifestar.
Daí a
importância
de
sermos
mais do
que
reprodutores
de
crenças,
valores
e atos.
Temos de
ensinar,
educar
nossos
semelhantes.
É
possível
mudar a
si
mesmo.
Um
condicionamento
adquirido
pode ser
modificado
por um
novo
aprendizado,
desde
que haja
motivação
para
tanto.
Motivação:
ação que
me
motiva.
Qual é a
sua?
Repare
que
estamos
falando
de
autoconhecimento,
da
relação
com o
outro,
de dar e
receber,
da
manifestação
de
existir.
Conhecer
a si
mesmo,
sendo-aí-no-mundo-com-o-outro.
Coexistir,
para
autodescobrir.
Lembremos
da
máxima
de nosso
querido
Mestre
Jesus: “Ama
ao
próximo
como a
ti mesmo
e a Deus
sobre
todas as
coisas”.
Ama,
amar –
ação de
desenvolvimento
do amor.
Não está
pronto
nem
acabado,
não
existe
fórmula
perfeita
ou
única, é
um verbo
que
transmite
o
movimento
constante
da
habilidade
de amar.
O amor
pode ter
várias
formas
de se
expressar,
mas o
verbo
fala de
uma ação
que
envolve
sempre
um ou
mais
sujeitos.
Nós, eu,
você,
eles,
todos,
quem
sabe?
Próximo,
posso
ser eu,
pode ser
você,
pode ser
a
natureza.
Todos e
qualquer
um pode
ser o
seu
próximo.
Jesus
não
nomeou
nada nem
ninguém
em
especial.
Amar o
próximo
–
movimento
de
transcender
ao
outro,
de se
abrir ao
outro,
de
sentir o
outro e
de
possibilitar
o outro
a nos
sentir.
O outro
é um
mundo à
parte de
você e,
ao mesmo
tempo,
em
diálogo
com
você.
Mesmo
que o
outro
conviva
ao seu
lado, é
alguém
diferente,
alguém
que,
muitas
vezes,
interpretou
e
interpreta
sons,
gestos e
sentimentos
de forma
diferente
da sua,
mas que
está em
movimento,
tanto
quanto
você.
É
preciso
compreender.
Compreender
toda a
energia
que
pulsa
vida,
que
poderemos
nomear
Deus,
Criador,
Senhor,
Amor.
Compreender
que tudo
e todos
estão
revestidos
dessa
energia-possibilidade
que só
conhecemos
por meio
da
convivência.
Viver –
relacionar-se
com o
mundo,
mundo
que é
sentido,
para
conhecer.
Conhecimento
de si,
conhecimento
do
outro.
Momento
de
diálogo,
que traz
o germe
do
aprendizado
de
habilidades
necessárias
para
evoluir.
Nomes
variados
atribuímos
ao
montante
de
sentimentos,
emoções,
pensamentos
e
energias
que
precisamos
combinar
para
organizar
nossa
vida
como
seres.
Importante
se
reconhecer
em tudo
isso.
Mais que
olhar só
para
fora,
aprenda
a olhar,
também,
para
dentro
de si.
A
comunhão
do ser
está na
possibilidade
de
diálogo
entre o
velho e
o novo,
entre o
hoje e o
amanhã,
entre o
que sei
do amor
e o que
vou
aprender
com o
amor e
sobre
amar.
A
comunhão
do ser
consigo
mesmo
atravessa
a
relação
tríade
eu-tu-eterno.
Você-próximo-Deus.