A linda rosa
juvenil
Para uns, ser
jovem significa
interromper
forçosamente
seus estudos
para se alistar
nas fileiras da
vida
profissional, em
repetitivas
tarefas de cunho
braçal para a
garantia da
subsistência.
Para outros,
representa horas
diante da
televisão,
acompanhando
séries e novelas
em suas tramas.
Para uns, ser
jovem significa
amargar as
dificuldades da
deficiência em
um mundo não
inclusivo,
sofrendo o
preconceito e a
limitação para
as atividades
simples do
cotidiano. Para
outros, é o
momento de
curtir os
sabores do
risco, das
aventuras
radicais,
vivenciando os
prazeres do
perigo iminente,
desafiando o
perigo.
Para uns, ser
jovem significa
visitas
infindáveis a
hospitais e
especialistas,
na busca de
tratamentos que
possibilitem uma
vida melhor ou
mais longa
diante da
doença, na
infindável luta
dos dolorosos
exames. Para
outros, é um
baile de
substâncias de
caráter
alucinógeno, em
um banquete
insaciável de
sensações, na
busca sem-fim
pelo prazer.
Para alguns
aparentemente
afortunados, a
juventude
representa
força, beleza e
vitalidade, nas
selvas do
relacionamento
humano, em jogos
e disputas de
popularidade.
Outros,
entretanto, não
têm a
oportunidade de
desfrutar das
míticas
vantagens dessa
fase da vida,
forçados ao
amadurecimento
pela luta e pela
dor.
Para todos
estes, nas
provas da
carência ou da
fartura, a
religião se
apresenta como
fonte de
respostas para
as suas dúvidas,
aviso para a
consciência nos
excessos e tocha
luminosa diante
da estrada do
futuro, na visão
de um ser para
além da matéria,
mas imerso
nesta.
Chico Xavier, no
Pinga Fogo de
dezembro de
1971, conforme
estampado no
Capítulo 9 da
obra “Chico
Xavier - dos
hippies aos
problemas do
mundo”, da
Editora Lake,
1972, indica
que: “(...)
comunicação
nunca foi
censura
sistemática
(p. 50)”,
apresentando a
necessidade de
orientação e
diálogo com
nossos jovens,
para além da
reprimenda, em
especial na
dimensão
espiritual,
campo de atuação
da religião.
Ainda que isso
não exima a
família de suas
responsabilidades,
aqueles que se
alistam nas
salas de aula
das diversas
juventudes
espíritas do
país e do
exterior, ainda
que não sejam
isentos das
lutas e dos
chamamentos da
fase da
mocidade, podem
lá desfrutar do
esclarecimento
que saciará suas
necessidades
intelectuais e
espirituais,
além de receber
uma base moral
sólida para
conduzir a sua
vida diante dos
desafios na
família, no
trabalho e na
comunidade.
A linda rosa
juvenil, com seu
perfume e seus
espinhos,
representa
oportunidade de
avanço do
Espírito
encarnado, seja
em cenários de
dor, seja em
encarnações mais
aquinhoadas. Em
todas essas
situações, a
vivência
religiosa, e no
nosso caso, em
especial, a
espírita,
permite um solo
firme e fecundo
para sustentar
essa flor, para
que ela se torne
fruto e semente,
no eterno ciclo
da vida.