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Estudando a série André Luiz
Ano 7 - N° 323 - 4 de Agosto de 2013
MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 



E a Vida Continua...

André Luiz

(Parte 8)

Continuamos nesta edição o estudo da obra E a Vida Continua, de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em 1968 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares 

A. É correto dizer que a matéria densa não é senão a energia radiante condensada?

Sim. Essas foram as palavras usadas pelo instrutor Cláudio. Disse ele a Evelina que qualquer aprendiz de ciência elementar, no Planeta, sabe disso. E acrescentou: “Em última análise, chegaremos a sa­ber que a matéria é luz coagulada, substância divina, que nos sugere a onipresença de Deus”. (E a Vida Continua, cap. 9, pp. 66 e 67.)  

B. Que denominações o instrutor Cláudio utilizou para referir-se ao mundo espiritual em que ele, Fantini e Evelina se encontravam?

Eis as palavras usadas por Cláudio, em resposta a uma pergunta feita por Fantini: "Chame-se a este mundo em que existimos, neste momento, `outra vida', `outro lado', ‘região extrafísica' ou `esfera do Espírito', esta­mos num centro de atividade tão material quanto aquele em que se movimentam os homens, nossos irmãos ainda encarnados, condicionados ao tipo de im­pressões que ainda lhes governam, quase que de todo, os recursos senso­riais. O mundo terrestre é aquilo que o pensamento do homem faz dele. Aqui, é a mesma coisa. A matéria se resume a energia. Cá e lá, o que se vê é a projeção temporária de nossas criações mentais...". (Obra citada, cap. 9, pp. 66 e 67.) 

C. Existem no mundo espiritual as chamadas regiões inferiores?

A essa pergunta, feita também por Fantini, o instrutor Cláudio esclareceu: "Fantini, precisamos certifi­car-nos de que esses lugares não são infelizes, de vez que infortunados são os irmãos que os povoam... Os jardins e pomares que enriquecem um ma­nicômio deixarão de ser jardins e pomares porque existam enfermos a des­frutar-lhes as emanações nutrientes? Pois é, meu caro, as áreas do es­paço, às vezes enormes, ocupadas por legiões de criaturas padecentes ou desequilibradas, estão circunscritas e policiadas, por maiores que sejam, funcionando à maneira dos sítios terrestres, utilizados por grandes ins­tituições para a recuperação dos enfermos da mente. Você não ignora que existem doentes da alma, consumindo larga faixa da existência nos hospí­cios acolhedores da Terra. Isso acontece aqui também. Ladeando o nosso vilarejo, temos vasto território, empregado no asilo a irmãos desajusta­dos, aos milhares, mantidos e vigiados por muitas organizações de beneficência, que trabalham no socorro fraternal". (Obra citada, cap. 9, pp. 68 a 70.) 

Texto para leitura 

29. A matéria é luz coagulada - O professor confirmou, então, a no­tícia que Evelina tanto temia, assegurando-lhes que eles não mais pisavam a Terra que lhes era comum e sim um departamento da Vida Espiritual. Eve­lina exclamou: "Meu Deus, como pode ser isso?" "Irmã Evelina – disse-lhe o instrutor –, trabalhe com a própria mente. Se não abordássemos a Crosta Planetária pelo regaço materno, com o período da infância, logo após, constrangendo-nos a longos serviços de readaptação, não seria a mesma coisa?" "Mas, a Terra... eu conheço", retrucou a senhora Serpa. "Puro engano", disse-lhe com franqueza Irmão Cláudio. "Classificamos a paisagem terrestre e os pertences que lhe dizem respeito, submetidos aos conceitos de quantos estiveram nela antes de nós, ocorrendo análogas cir­cunstâncias no ambiente a que nos acolhemos agora, onde contamos com geó­logos e geógrafos eméritos... Na realidade, porém, tanto lá quanto aqui, conhecemos, na essência, muito pouco acerca do meio em que vivemos. Em suma, analisamos e reanalisamos coisas e princípios que já encontramos feitos..." Evelina replicou dizendo que no mundo, como entendemos o mundo, guardamos a certeza de permanecer sobre bases de matéria sólida, ao que o instrutor respondeu: "Irmã Evelina, quem lhe disse que não mora­mos lá, na arena terrestre, detidos igualmente num certo grau da escala de impressão do nosso Espírito eterno?" "Qualquer aprendiz de ciência elementar, no Planeta, não desconhece que a chamada matéria densa não é senão a energia radiante condensada. Em última análise, chegaremos a sa­ber que a matéria é luz coagulada, substância divina, que nos sugere a onipresença de Deus." E, respondendo a uma pergunta de Fantini, asseve­rou: "Chame-se a este mundo em que existimos, neste momento, `outra vida', `outro lado', `região extrafísica' ou `esfera do Espírito', esta­mos num centro de atividade tão material quanto aquele em que se movimentam os homens, nossos irmãos ainda encarnados, condicionados ao tipo de im­pressões que ainda lhes governam, quase que de todo, os recursos senso­riais. O mundo terrestre é aquilo que o pensamento do homem faz dele. Aqui, é a mesma coisa. A matéria se resume a energia. Cá e lá, o que se vê é a projeção temporária de nossas criações mentais..." Dito isto, Ir­mão Cláudio examinou as condições de vida post mortem, explicando que as "incógnitas da vida exterior, com os desafios que lhe são resultantes, são as mesmas; entretanto, se a criatura aspira efetivamente a realizar uma tomada de contas encontra neste novo mundo surpresas, muito fascinan­tes, no estudo e redescoberta de si mesma". "Somos, cada um de nós, um astro de inteligência a perquirir... e a aperfeiçoar por nós próprios." Evidente­mente, as condições no plano espiritual diferem de pessoa a pes­soa, dadas a diversidade existente entre os moradores do planeta. (Cap. 9, pp. 66 e 67) 

30. Os homens chegam ao Mundo Espiritual como são - Irmão Cláudio afirmou que não é nada fácil padronizar as situações dos Espíritos desencarnados. Basta recordar que 150.000 pessoas saem, aproximadamente, por dia, da circulação do ambiente físico, na média flutuante de 100 por mi­nuto, largando afetos, realizações, compromissos, problemas... Ora, todos são filhos de Deus e recebem de Deus atenções e providências, análogas do ponto de vista do amor com que somos envolvidos na Criação, embora diver­sas nos modos múltiplos em que se exprimem. É preciso, porém, reconhecer que, por muito que se enfeitem com as honras que lhes são prestadas pelos entes queridos, quando se despedem do mundo, os homens, quaisquer que se­jam, chegam ao Mundo Espiritual como são... O louco não adquire o juízo, de um dia para outro, nem o ignorante obtém a sabedoria, só porque hajam desencarnado. "Depois da morte – asseverou o professor –, somos o que fizemos de nós, na realidade interna, e colocamo-nos em lugar compatível com as possibilidades de recuperação ou com as oportunidades de serviço que venhamos a demonstrar." Fantini reportou-se a leituras feitas na Ter­ra, em que entidades desencarnadas se referem a sofrimentos e conflitos experimentados em regiões inferiores situadas no Mundo Espiritual. Tais lugares existem? Irmão Cláudio esclareceu: "Fantini, precisamos certifi­car-nos de que esses lugares não são infelizes, de vez que infortunados são os irmãos que os povoam... Os jardins e pomares que enriquecem um ma­nicômio deixarão de ser jardins e pomares porque existam enfermos a des­frutar-lhes as emanações nutrientes? Pois é, meu caro, as áreas do es­paço, às vezes enormes, ocupadas por legiões de criaturas padecentes ou desequilibradas, estão circunscritas e policiadas, por maiores que sejam, funcionando à maneira dos sítios terrestres, utilizados por grandes ins­tituições para a recuperação dos enfermos da mente. Você não ignora que existem doentes da alma, consumindo larga faixa da existência nos hospí­cios acolhedores da Terra. Isso acontece aqui também. Ladeando o nosso vilarejo, temos vasto território, empregado no asilo a irmãos desajusta­dos, aos milhares, mantidos e vigiados por muitas organizações de benefi­cência, que trabalham no socorro fraternal". Evelina, que não acreditava no que ouvia, objurgou, insatisfeita: "Mas... se nos achamos num plano espiritual, que dizer das construções sólidas, vinculadas à arquitetura terrestre, com que somos defrontados?" Cláudio respondeu: "Nenhum es­panto, quando ponderarmos que os edifícios no mundo dos homens nascem do pensamento que os esculpe e da matéria que obedece aos projetos elabora­dos. Aqui verificamos o mesmo processo, diferindo apenas as condições da matéria, que se evidencia mais intensivamente maleável à influência da ideia dominante. Reflitamos no progresso da indústria de plásticos, na atualidade do plano físico de onde viemos e perceberemos, com mais segu­rança, as possibilidades imensas para as edificações delicadas e com­plexas em nosso domicílio de agora". (Cap. 9, pp. 68 a 70) 

31. A verdade parece inverossímil - O instrutor explicou que no Mundo Espiritual estamos subordinados ainda às técnicas, às vocações, às competências pessoais e às criações estilísticas, no círculo das conquis­tas espirituais de cada um. O arquiteto que planeja uma casa não servirá, de imediato, em lugar do diretor da manufatura de tecidos, assim como o escritor não faz a obra do músico. "Somos criaturas em evolução – expli­cou Irmão Cláudio –, sem havermos atingido ainda a posição dos gênios polimorfos, apesar de esses gênios existirem igualmente aqui." Evelina não ocultava a incredulidade. "Tudo parece inverossímil", asseverou. "Nada se nos afigura mais inverossímil que a verdade – objetou Irmão Cláudio –; no entanto, porque prefiramos, por muito tempo, a ilusão em lugar dela, a realidade nunca deixa de ser o que é." O professor discor­reu, ainda, por dilatados minutos, sobre a vida e as condições da estân­cia em que se demoravam, mas Evelina, vendo-se entontecida e fatigada, valeu-se de um intervalo na conversação para perguntar se existiria ali algum sacerdote católico com quem pudesse conversar. O mentor esclareceu: "A Igreja aqui está positivamente renovada, posto que possamos encontrar representantes de todas as religiões terrestres, aferrados a dogmas, con­cepções estreitas, preconceitos e tiranias diversas do fanatismo, nas áreas vizinhas em que se congregam milhares e milhares de inteligências rebeldes e perturbadas". Como Evelina desejasse confessar-se, Cláudio in­formou que ali os sacerdotes não a ouviriam em confissão de natureza re­ligiosa, mas a enviariam a um dos institutos de psiquiatria protetora, em que ela poderia receber a assistência necessária. (Cap. 9, pp. 70 e 71) 

32. No Instituto de Proteção Espiritual - Devidamente credenciados, Evelina e Ernesto, após ligeiro trajeto pelas ruas da cidade, que se lhes afigurou encantadora, alcançaram o Instituto de Proteção Espiritual. Acolhidos carinhosamente pelo Instrutor Ribas, dedicado à clínica psi­quiátrica, sentiam-se tão à vontade como se estivessem visitando moderno consultório terrestre. Em tudo, simplicidade, conforto, segurança. Aten­dentes à vista. Fichários. Aparelhos diversos para registro do pensa­mento. O Instrutor ouviu Evelina primeiro, explicando antes a Fantini: "Nada tema.  Toda conversação em nosso Instituto está subordinada ao en­corajamento e à saúde. Nada de pensamentos negativos. Tão logo termine o entendimento inicial com a nossa amiga, teremos nosso encontro". Evelina acompanhou o médico e, chegados a uma sala, mobilada com distinção e sin­geleza, assentou-se na poltrona que ele lhe indicou, informando, aten­cioso: "Esteja tranquila. Nosso Instituto se consagra à proteção e ao tratamento de seus tutelados. Primeiro, a cobertura socorrista, depois, o reajustamento, se necessário. Em razão disso, teremos tão-só um entendi­mento fraternal. Nada de cerimônias. Conversaremos simplesmente e todos os seus informes serão gravados para estudos posteriores. A bem dizer, funciono aqui quase que apenas na condição de introdutor de clientes, de vez que os nossos analisados possuem vasta coleção de amigos na reta­guarda, amigos que lhes examinarão as palavras e reações, de modo a saber em que sentido e até que ponto lhes prestarão o auxílio de que se mostrem carecedores". Ato contínuo, a um gesto do mentor, grande espelho se fez visível, junto à poltrona, dando a ideia de que a peça fora ligada ao sistema elétrico, por disposições especiais. "Nossa palestra será fil­mada", explicou o médico. "Simples recurso para que os seus contactos com a nossa casa sejam seguidos com segurança, no capítulo da assistência de que não prescindirá em seus primeiros tempos de vida espiritual. Tranquilize-se, compreendendo, porém, que todas as suas perguntas e respostas se revestem da maior importância para seu benefício. Por suas indagações, a autoridade do Instituto identificará a sua posição no conhecimento e, por suas respostas, saberá o montante de suas necessidades. Conversemos." (Cap. 10, pp. 72 a 74) (Continua na próxima semana.)



 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita