MARCELO BORELA DE
OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná
(Brasil) |
|
Mecanismos da
Mediunidade
André Luiz
(Parte
3)
Damos prosseguimento ao
estudo sequencial do
livro Mecanismos da
Mediunidade, obra de
autoria de André Luiz,
psicografada pelos
médiuns Waldo Vieira e
Francisco Cândido Xavier
e publicada em 1960 pela
Federação Espírita
Brasileira.
Questões preliminares
A. Qual foi, na história
da Eletrônica, a
contribuição de Tales de
Mileto?
Foi Tales de Mileto –
que viveu na Terra 600
anos antes do Cristo –
quem primeiro observou a
eletrização no âmbar (“elektron”,
em grego). Seus
apontamentos sobre as
emanações luminosas
foram retomados, no
curso do tempo, por
Herão de Alexandria e
outras grandes
inteligências,
culminando nos
raciocínios de
Descartes, que, no
século XVII, inspirado
na teoria atômica dos
gregos, concluiu que na
base do átomo deveria
existir uma partícula
primitiva, chegando a
desenhá-la, com
surpreendente rigor de
concepção.
(Mecanismos da
Mediunidade, cap.
II, pp. 27 e 28.)
B. Quando e quem criou a
teoria eletromagnética?
Foi Maxwell, em 1869. Sem
que suas asserções
lograssem despertar
maior interesse nos
sábios de seu tempo,
Maxwell concluiu que as
ondulações de luz
nasciam de um campo
magnético associado a um
campo elétrico,
anunciando a correlação
entre a eletricidade e a
luz e assegurando que as
linhas de força
extravasam dos
circuitos, assaltando o
espaço ambiente e
expandindo-se como
pulsações ondulatórias.
Nascia, então, a notável
teoria eletromagnética.
(Obra citada, cap.
II, pp. 28 e 29.)
C. Que relação há entre
as experiências de
Crookes e as de Roentgen,
a quem devemos a
descoberta dos raios X?
William Crookes valeu-se
de um tubo de vidro
fechado, no qual obtinha
grande rarefação do ar,
fazendo passar, através
dele, uma corrente
elétrica, oriunda de
alto potencial.
Semelhante tubo poderia
conter dois ou mais
eletrodos (cátodos e
ânodos, ou polos
negativos e positivos,
respectivamente),
formados por fios de
platina e rematados em
placas metálicas de
substância e molde
variáveis. Efetuada a
corrente, Crookes notou
que do cátodo partiam
raios que, atingindo a
parede oposta do vidro,
nela formavam certa
luminosidade
fluorescente. Crookes
classificou como sendo
radiante o estado em que
se mostrava o gás
contido no recipiente.
Depois dele apareceu
Roentgen, que retomou
suas investigações e,
projetando os raios
catódicos sobre tela
metálica, colocou a
própria mão entre o tubo
e pequena chapa recamada
de substância
fluorescente, observando
que os ossos se
destacavam, em cor
escura, na carne que se
fizera transparente. Os
raios X ou raios
Roentgen foram, desde
então, trazidos à
consideração do mundo.
(Obra citada, cap. II,
pp. 30 e 31.)
Texto para leitura
11. Primórdios da
Eletrônica –
Espíritos eminentes,
atendendo aos
imperativos da
investigação científica
entre os homens, volvem
da Espiritualidade ao
Plano Terrestre,
incentivando estudos
acerca da natureza
ondulatória do Universo.
A Eletrônica balbucia as
primeiras notas com
Tales de Mileto, 600
anos antes do Cristo. O
grande filósofo, que
tinha a crença na
unidade essencial da
Natureza, observa a
eletrização no âmbar
(“elektron”, em grego).
Seus apontamentos sobre
as emanações luminosas
são retomados, no curso
do tempo, por Herão de
Alexandria e outras
grandes inteligências,
culminando nos
raciocínios de
Descartes, no século
XVII, o qual, inspirado
na teoria atômica dos
gregos, conclui,
trezentos anos antes da
descoberta do elétron,
que na base do átomo
deveria existir uma
partícula primitiva,
chegando a desenhá-la,
com surpreendente rigor
de concepção, como sendo
um “remoinho” ou imagem
aproximada dos recursos
energéticos que o
constituem. Logo depois,
Isaac Newton realiza a
decomposição da luz
branca, nas sete cores
do prisma, apresentando
ainda a ideia de que os
fenômenos luminosos
seriam correntes
corpusculares, sem
excluir a hipótese de
ondas vibratórias, a se
expandirem no ar.
Huyghens prossegue na
experimentação e defende
a teoria do éter
luminoso ou teoria
ondulatória. Franklin
teoriza sobre o fluido
elétrico e propõe a
hipótese atômica da
eletricidade, tentando
classificá-la como sendo
formada de grânulos
sutis, perfeitamente
identificáveis aos
remoinhos eletrônicos
hoje imaginados.
(Cap. II, pp. 27 e 28.)
12. Campo
eletromagnético
- Nos primórdios do
século XIX, aparece
Tomás Young, examinando
as ocorrências da
reflexão, interferência
e difração da luz,
fundamentando-se sobre a
ação ondulatória,
seguindo-se-lhe Fresnel,
a consolidar-lhes as
deduções.
Sucedem-se
investigadores e
pioneiros, até que em
1869 Maxwell afirma, sem
que as suas asserções
lograssem despertar
maior interesse nos
sábios de seu tempo, que
as ondulações de luz
nasciam de um campo
magnético associado a um
campo elétrico,
anunciando a correlação
entre a eletricidade e a
luz e assegurando que as
linhas de força
extravasam dos
circuitos, assaltando o
espaço ambiente e
expandindo-se como
pulsações ondulatórias.
Criava, então, a notável
teoria eletromagnética.
Desde essa época, o
conceito de “campo
eletromagnético” assume
singular importância no
mundo, até que Hertz
consegue positivar a
existência das ondas
elétricas,
descobrindo-as e
colocando-as a serviço
da Humanidade. Nas
vésperas do século XX, a
Ciência já considera a
Natureza terrestre como
percorrida por ondas
inumeráveis que cruzam
todas as faixas do
planeta, sem jamais se
misturarem. Certa
indagação, contudo, se
generalizara.
Reconhecido o mundo como
vasto magneto, composto
de átomos, e sabendo-se
que as ondas provinham
deles, como poderiam os
sistemas atômicos
gerá-las, criando, por
exemplo, o calor e a
luz? (Cap. II, pp. 28
e 29.)
13. Estrutura do
átomo - Max
Planck, distinto físico
alemão, repara, em 1900,
que o átomo, em lançando
energia, não procede em
fluxo contínuo, mas sim
por arremessos
individuais ou, mais
propriamente, através de
grânulos de energia,
estabelecendo a teoria
dos “quanta de energia”.
Niels Bohr deduziu,
então, que a descoberta
de Planck somente se
explicaria pelo fato de
gravitarem os elétrons,
ao redor do núcleo, no
sistema atômico, em
órbitas seguramente
definidas, a
exteriorizarem energia,
não girando como os
planetas em torno do
Sol, mas saltando, de
inesperado, de uma
camada para outra.
Procedendo mais por
intuição que por
observação, Bohr
mentalizou o átomo como
sendo um núcleo cercado,
no máximo, de sete
camadas concêntricas,
plenamente isoladas
entre si, no seio das
quais os elétrons
circulam livremente, em
todos os sentidos. Os
que se localizam nas
zonas periféricas são
aqueles que mais
facilmente se deslocam,
patrocinando a projeção
de raios luminosos, ao
passo que os elétrons
aglutinados nas camadas
profundas, mais jungidos
ao núcleo, quando mudam
de órbita deixam escapar
raios mais curtos, a se
graduarem na série dos
raios X. Aplicada a
teoria de Bohr em
multifários setores da
demonstração objetiva,
ela alcançou
encorajadoras
confirmações, e, com
isso, dentro das
possíveis definições
terrestres, o cientista
dinamarquês preparou o
caminho a mais amplo
entendimento da luz.
(Cap. II, pp. 29 e 30.)
14. Estado
radiante e raios X
- A Ciência da Terra
acreditava antigamente
que os átomos fossem
corpúsculos eternos e
indivisíveis. Elementos
conjugados entre si,
entrelaçavam-se e se
separavam, plasmando
formas diversas. Seriam
como vasto mas limitado
capital da vida de que a
Natureza poderia dispor
sem qualquer
desperdício. No último
quartel do século XIX,
porém, singulares
alterações marcaram os
passos da Física.
Retomando experiências
iniciadas pelo cientista
alemão Hittorf, William
Crookes valeu-se de um
tubo de vidro fechado,
no qual obtinha grande
rarefação do ar, fazendo
passar, através dele,
uma corrente elétrica,
oriunda de alto
potencial. Semelhante
tubo poderia conter dois
ou mais eletrodos
(cátodos e ânodos, ou
polos negativos e
positivos,
respectivamente),
formados por fios de
platina e rematados em
placas metálicas de
substância e molde
variáveis. Efetuada a
corrente, o grande
físico notou que do
cátodo partiam raios
que, atingindo a parede
oposta do vidro, nela
formavam certa
luminosidade
fluorescente. Crookes
classificou como sendo
radiante o estado em que
se mostrava o gás
contido no recipiente e
declarou guardar a
impressão de que
conseguira reter os
corpúsculos que
entretecem a base física
do Universo. Depois
dele, porém, aparece
Roentgen, que retoma as
suas investigações e,
projetando os raios
catódicos sobre tela
metálica, colocou a
própria mão entre o tubo
e pequena chapa recamada
de substância
fluorescente, observando
que os ossos se
destacavam, em cor
escura, na carne que se
fizera transparente. Os
raios X ou raios
Roentgen foram, desde
então, trazidos à
consideração do mundo.
(Cap. II, pp. 30 e
31.)
Glossário
Âmbar -
Substância sólida, parda
ou preta, de cheiro
almiscarado, proveniente
do intestino do
cachalote (um mamífero
cetáceo). Resina fóssil
proveniente de uma
espécie extinta de
pinheiro, do período
terciário, sólida,
amarelo-pálida ou
acastanhada,
transparente ou opaca.
Ânodo –
Eletrodo positivo;
eletrodo para onde se
dirigem os íons
negativos.
Átomo -
Sistema energeticamente
estável, formado por um
núcleo positivo que
contém nêutrons e
prótons, e cercado de
elétrons. A menor
quantidade de uma
substância elementar que
tem as propriedades
químicas de um elemento.
Todas as substâncias são
formadas de átomos, que
se podem agrupar,
formando moléculas ou
íons.
Catódico -
Relativo ao cátodo.
Cátodo -
Eletrodo negativo;
eletrodo de onde partem
elétrons e para onde se
dirigem os íons
positivos. (Também se
diz catodo.)
Corrente elétrica
– Eletr. Fluxo de carga
elétrica através de um
condutor. Intensidade do
fluxo de carga elétrica
através de um condutor.
Difração -
Fenômeno que ocorre
quando uma onda
caminhante é limitada,
em seu avanço, por um
objeto opaco que deixa
passar apenas uma fração
das frentes de onda, e
que pode ser observado
como uma propagação da
onda para regiões além
do objetivo e situadas
na sombra deste em
relação à direção da
onda incidente.
Dubleto -
Conjunto de duas
partículas fundamentais
com o mesmo número
bariônico, massas quase
iguais, mas cargas
elétricas diferentes.
Eletrodo -
Condutor metálico por
onde uma corrente
elétrica entra num
sistema ou sai dele.
Qualquer das placas de
um capacitor; armadura,
placa. Qualquer
componente metálico
situado no interior duma
válvula eletrônica.
Condutor metálico imerso
em uma solução que
contém íons.
Eletroímã -
Instrumento empregado
para produzir campos
magnéticos por meio de
uma corrente elétrica
que magnetiza um
material ferromagnético;
eletromagneto.
Eletromagnético -
Relativo ao
eletromagnetismo ou que
dele decorre.
Eletromagnetismo -
Estudo da interação
entre correntes
elétricas e campos
magnéticos.
Elétron -
Partícula fundamental na
constituição dos átomos
e moléculas, portadora
da menor quantidade de
carga elétrica livre que
se conhece, com massa
igual a 1/1837 vezes a
massa do próton.
Eletroscópio -
Instrumento para
observação de fenômenos
eletrostáticos, baseado
no movimento de peças
metálicas sob a
influência de forças
elétricas atrativas ou
repulsivas. Aparelho
destinado a revelar
cargas eletrostáticas
muito pequenas.
Espectro -
Função que caracteriza a
distribuição de energia
numa onda, ou num feixe
de partículas, e que
exprime esta
distribuição em termos
de variáveis apropriadas
(comprimentos de onda,
frequência etc.).
Resultante de um
processo, ou de um
fenômeno, em que se
observa ou registra um
efeito resultante da
distribuição de energia
numa onda ou num feixe
de partículas.
Éter –
Fís. Meio elástico
hipotético em que se
propagariam as ondas
eletromagnéticas, e cuja
existência contradiz os
resultados de inúmeras
experiências, já não
sendo, por isso,
admitida pelas teorias
físicas. P. ext. O
espaço celeste.
Fluorescente –
Que tem a propriedade da
fluorescência: forma de
fotoluminescência em que
a emissão de luz
desaparece tão logo
cessa a absorção da
radiação excitadora.
Fosforescência -
Propriedade que têm
certos corpos de brilhar
na obscuridade, sem
espalhar calor. Forma de
fotoluminescência em que
a emissão de luz
persiste um tempo
considerável depois de
haver cessado a absorção
da radiação excitadora.
Fosforescente -
Que tem a propriedade da
fosforescência.
Fotoquímico -
Referente à fotoquímica:
parte da físico-química
que investiga a
influência da luz nas
reações químicas.
Frequência
– Em um movimento
periódico, número de
oscilações ou de
vibrações realizadas
pelo móvel na unidade de
tempo; número de ciclos
que um sistema com
movimento periódico
efetua na unidade de
tempo.
Hélio -
Elemento de número
atômico 2, pertencente à
família dos gases
nobres, incolor, usado
como componente de
atmosferas inertes e
enchimento de balões.
Hertz
- De Heinrich Hertz,
físico alemão
(1857-1894). Unidade de
medida de frequência
igual à frequência de um
movimento periódico de
um segundo; um ciclo por
segundo. (Símbolo: Hz.)
Hertziana
– refere-se à unidade de
medida cuja descrição se
deve a Hertz.
Hidrogênio
- Elemento de número
atômico 1, gasoso,
incolor, participante de
uma série extensa de
compostos.
Inércia -
Resistência que todos os
corpos materiais opõem à
modificação do seu
estado de movimento.
Íon -
Átomo ou grupamento de
átomos com excesso ou
com falta de carga
elétrica negativa;
iônio; ionte.
Isótopo -
Vocábulo derivado de
isotopia: fenômeno
apresentado por
nuclídeos que têm o
mesmo número atômico,
mas números de massa
diferente. (Veja o
verbete nuclídeo.)
Magneto
- Ímã: corpo de material
ferromagnético com
imantação permanente.
Multifário
- Que tem muitos
aspectos; variado;
multímodo.
Nêutron
- Núcleon que forma um
dubleto com o próton,
com carga elétrica nula.
Núcleon -
Designação genérica das
partículas que
constituem o núcleo
atômico, isto é, o
nêutron e o próton.
Nuclídeo
- Átomo caracterizado
por um número de massa e
um número atômico
determinados, e que tem
vida média
suficientemente longa
para permitir a sua
identificação com um
elemento químico.
(N.R.: Também se
denomina, embora
impropriamente,
isótopo.)
Número atômico
- Número de prótons no
núcleo de um elemento.
Número bariônico -
Número associado às
partículas elementares,
e que tem propriedades
conservativas nas
transformações dessas
partículas; número igual
a um para os bárions, a
zero para os léptons e
bósons, e a menos um
para os antibárions.
Número de massa
- Número total de
prótons e nêutrons
presentes no núcleo de
um elemento, e que é
igual ao número inteiro
mais próximo da massa
atômica do elemento.
Onda
- Perturbação periódica
mediante a qual pode
haver transporte de
energia de um ponto a
outro de um material ou
do espaço vazio.
Onda curta
- Onda eletromagnética
com frequência
compreendida entre 1 e
30 megahertz,
aproximadamente.
Onda de rádio
- Onda eletromagnética
utilizada em
radioemissão e
radiorrecepção e que tem
comprimento de onda
situado aproximadamente
entre 50 e 3.000 metros.
Onda eletromagnética
- Campo eletromagnético
periódico não
estacionário que se
propaga no espaço ou num
meio material;
perturbação periódica de
natureza eletromagnética
que se propaga num meio
material ou no espaço
vazio e é portadora de
energia.
Ondulatória
– Ondeante: que ondeia;
que ondula; ondeada,
ondulada, ondulante.
Oscilação
- Fenômeno em que uma
grandeza ou um conjunto
de grandezas de um
sistema varia segundo
função periódica de
tempo. Variação
alternada; flutuação;
mudança.
Partícula alfa
- Núcleo de hélio
emitido em um processo
radioativo ou acelerado
convenientemente.
Prisma -
Sólido de substância
transparente, com forma
prismática, utilizado
para dispersar ou
refratar ou refletir
luz. Poliedro em que
duas faces são polígonos
paralelos e côngruos, e
as outras faces são
paralelogramos. Cristal
com duas faces planas
inclinadas, que decompõe
a luz
Próton -
Núcleo estável, com
número de massa
unitário.
Quanta –
Plural de quantum.
Quantum
– Fís. Quantidade
indivisível de energia
eletromagnética que,
para uma radiação de
frequência f, é igual ao
produto h x f, onde h é
a constante de Planck.
Fís. A partícula
associada a um campo.
Radiante –
Que radia. Que brilha;
cintilante; fulgurante.
Rádio
- Elemento de número
atômico 82, radioativo,
metálico,
branco-prateado,
quimicamente aparentado
aos alcalino-terrosos.
Raios cósmicos
– Fís. Nucl. Conjunto
formado por partículas
de grande energia, de
origem extraterrestre, e
pela radiação
corpuscular ou
eletromagnética que elas
provocam ao interagir
com a atmosfera da
Terra; radiação cósmica.
Raios gama
- Radiação
eletromagnética, de
pequeno comprimento de
onda, emitida num
processo de transição
nuclear ou de
aniquilação de
partículas.
Raios X
- Radiação
eletromagnética de
comprimento de onda
compreendido,
aproximadamente, entre
10 elevado a -8 e 10
elevado a -11 cm; raios
Roentgen.
Vibração
– Oscilação, balanço.