ANDRÉ LUIZ ALVES
JR.
locutorandreluiz@hotmail.com
Curitiba, PR
(Brasil)
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Conhece-te a ti
mesmo
“Nosce
te ipsum”
A velha máxima
proposta por
Sócrates na
antiguidade
representa até
hoje a fórmula
para o progresso
moral do homem.
Conhecer a si
mesmo é o
princípio
regenerador que
deve nortear a
busca do nosso
desenvolvimento
pessoal e, por
consequência, a
transformação do
meio em que
vivemos.
Espíritos em
evolução
necessitam
estagiar em
mundos de provas
e expiações, o
que nem sempre
constitui tarefa
fácil. Não raro,
o retorno à vida
física significa
para o Espírito
uma existência
dolorosa,
carregada de
dificuldades e
sofrimento.
Contudo,
raramente
compreendemos
que o sofrimento
de agora é o
reflexo de uma
ação negativa no
pretérito. Todos
estamos sujeitos
à lei de causas
e efeitos, que é
a prova da
misericórdia
Divina, que nos
concede nova
oportunidade de
regeneração.
Então, se nossas
maiores aflições
são
consequências de
nossos atos, a
chave para
conquista da
felicidade e da
paz interior que
tanto almejamos
está em nossas
mãos. O
autoconhecimento
nos remete à
análise de
nossas virtudes
e principalmente
de nossas
falhas,
proporcionando-nos
uma oportunidade
para redenção.
Allan Kardec em
"O Livro dos
Espíritos"
indaga a Santo
Agostinho sobre
o assunto:
919 - Qual o
meio prático
mais eficaz que
tem o homem de
se melhorar
nesta vida e de
resistir à
atração do mal?
"Um sábio da
antiguidade
vo-lo disse:
Conhece-te a ti
mesmo."
(Allan Kardec -
O Livro dos
Espíritos.)
O homem pode não
apresentar
dificuldades em
destacar suas
próprias
virtudes, mas o
mesmo não
acontece ao
apontar seus
erros, talvez,
influenciado
pelo amor
próprio que é
inerente à
natureza humana.
Mas como é
possível
conhecer a si
mesmo?
Ainda na mesma
questão da obra
básica do
Espiritismo,
Santo Agostinho
explica que o
autoconhecimento
é uma prática
diária, onde é
possível arguir
à própria
consciência o
que de
proveitoso
realizamos
durante aquele
dia e,
principalmente,
quais foram as
ações negativas
praticadas
contra nós e
nossos
semelhantes.
Desta forma,
passamos a
conhecer nossos
erros,
permitindo-nos
iniciar a
reforma íntima
tão lembrada
pela Doutrina
Espírita.
[...]"Examinai
o que pudestes
ter obrado
contra Deus,
depois contra o
vosso próximo e,
finalmente,
contra vós
mesmos. As
respostas vos
darão, ou o
descanso para a
vossa
consciência, ou
a indicação de
um mal que
precise ser
curado."
(Santo Agostinho
- O Livro dos
Espíritos)
As Leis Divinas
estão gravadas
em nosso
Espírito, basta
consultar a
própria
consciência para
saber se estamos
agindo de acordo
com os
princípios
morais
instituídos pelo
Criador.
Contudo,
influenciado
pelo orgulho e a
vaidade ou
simplesmente por
ignorância, é
possível
negligenciar a
razão e, então,
faz-se
necessário
colocar em
prática a
recomendação do
Cristo:
[...] "Em tudo,
faça aos
outros o que
você quer que
eles lhe
façam; nisto se
resumem a lei e
os profetas".
(Jesus Cristo,
em Mateus,
7:12.)
Trocar de lugar
com o semelhante
constitui a
melhor forma de
avaliar nossa
conduta. Será
que o que
gostaríamos de
receber é o
mesmo que
estamos
proporcionando a
outrem?
Outro parâmetro
de avaliação que
pode nos
proporcionar
autoconhecimento
são as críticas
dirigidas a nós.
Faz-se
necessário
aceitá-las com
bom ânimo ao
invés de
encará-las como
ofensa. Levemos
em conta as
advertências de
nossos inimigos
que muitas vezes
nos fornecem o
espelho para
enxergarmos
nossas
fraquezas.
Como podemos
analisar,
conhecer a si
mesmo é
ferramenta
indispensável
para o progresso
moral. O
autoconhecimento
é tão importante
que nos fora
revelado na
antiguidade,
antes mesmo da
passagem do
Cristo na Terra,
através da
filosofia
socrática.
Para o
Espiritismo,
Sócrates é tido
como um dos
precursores da
Doutrina
codificada por
Allan Kardec,
pois cultivou o
campo e semeou o
princípio do
autoconhecimento,
construindo toda
sua filosofia
que está
alicerçada sobre
este preceito:
''Conhece-te
a ti mesmo e
conhecerás o
universo e os
deuses''.
(Sócrates)
Referência:
O
Livro dos
Espíritos -
Allan Kardec