Considerado
sortilégio,
o passe
espírita
é, em
verdade,
uma
prática
cristã
É
conhecida
no meio
espírita
a
seguinte
declaração
feita
por José
Herculano
Pires a
respeito
do passe
magnético,
um
recurso
utilizado
em todos
os
centros
espíritas
que
conhecemos:
“O passe
espírita
é
simplesmente
a
imposição
das
mãos,
usada e
ensinada
por
Jesus,
como se
vê nos
Evangelhos”.
(1)
Considerado
por
adversários
do
Espiritismo
como
sendo
apenas
um
sortilégio,
o passe
adotado
nas
instituições
espíritas
desde os
seus
primórdios
é, em
verdade,
um
recurso
terapêutico
que se
assemelha
em tudo
ao que
Jesus e
seus
apóstolos
praticavam.
No cap.
59 do
seu
livro
Religião
dos
Espíritos,
referindo-se
ao
assunto,
Emmanuel
afirma
que no
Egito
dos
Ramsés
um velho
papiro
já
preceituava,
no
tocante
ao
magnetismo
curativo:
"Pousa a
tua mão
sobre o
doente e
acalma a
dor,
afirmando
que a
dor
desaparece".
Foi,
porém,
justamente
em Jesus
– diz
Emmanuel
– que o
magnetismo
curativo
atingiu
seu
ponto
culminante
na
humanidade.
O Mestre
estendia
a mão e
cegos
passavam
a ver,
paralíticos
se
levantavam,
leprosos
ficavam
limpos,
obsidiados
se
recuperavam.
E o
Mestre,
além de
o
utilizar,
sugeriu
aos
apóstolos
que
assim
também
procedessem,
como
vemos no
Evangelho
de
Marcos
(16:15 a
18), em
que
Jesus
recomendou-lhes
expressamente:
"Ide por
todo o
mundo,
pregai o
evangelho
a toda
criatura
(...) E
estes
sinais
seguirão
aos que
crerem:
expulsarão
os
demônios
em meu
nome;
falarão
novas
línguas;
manusearão
as
serpentes,
e se
beberem
alguma
potagem
mortífera,
não lhes
fará
mal;
porão as
mãos
sobre os
enfermos,
e eles
sararão".
Quando
escreveu
o texto
que
conhecemos
como
Atos dos
Apóstolos,
Lucas
mostrou-nos
que os
apóstolos
entenderam
bem o
recado
do
Mestre.
Vejamos
o que
Lucas
informou:
1) Após
haver
curado,
à porta
do
templo,
um coxo
de
nascença,
que
contava
então
mais de
40 anos
e ao
qual
disse
simplesmente:
"Não
tenho
prata
nem
ouro,
mas o
que
tenho,
isso te
dou; em
nome de
Jesus
Cristo,
Nazareno,
levanta-te
e anda",
o
apóstolo
Pedro
foi
levado,
junto
com
João,
para a
prisão.
No dia
seguinte,
interpelado
no
Sinédrio,
diante
de Anás,
Caifás,
João e
Alexandre,
ele lhes
falou
sobre o
evangelho
e disse
que a
cura
daquele
coxo
fora
feita em
nome de
Jesus.
Depois,
já
reunido
aos
companheiros,
ele orou
a Deus
pedindo
que
concedesse
aos seus
servos o
poder
de,
estendendo
as mãos
sobre os
enfermos,
curar as
enfermidades.
(Atos,
4:30)
2) O
pedido
de Pedro
foi,
obviamente,
atendido,
como
prova
este
trecho:
"E pelas
mãos dos
apóstolos
se
faziam
muitos
milagres
e
prodígios
entre a
plebe"
(Atos,
5:12);
ou este
outro:
"A estes
apresentaram
diante
dos
apóstolos,
e orando
puseram
as mãos
sobre
eles".
(Atos,
6:6)
3) Foi
assim
que
Saulo de
Tarso
recuperou
a visão:
"E foi
Ananias,
e entrou
na casa;
e
pondo as
mãos
sobre
ele,
disse:
Saulo,
irmão, o
Senhor
Jesus,
que te
apareceu
no
caminho
por onde
vinhas,
me
enviou
para que
recobres
a vista,
e fiques
cheio do
Espírito
Santo".
(Atos,
9:17)
4) Algum
tempo
depois,
Paulo
repetiria
o gesto
em Éfeso:
"E
havendo-lhes
Paulo
imposto
as mãos,
veio
sobre
eles o
Espírito
Santo, e
eles
falavam
em
diversas
línguas
e
profetizavam"
(Atos,
19:6),
repetindo-o
tantas
vezes
quantas
necessárias,
como
ocorreu
na ilha
de
Malta,
ao curar
o pai do
príncipe
Públio:
"Sucedeu
porém
achar-se
então
doente
de febre
e de
disenteria
o pai de
Públio.
Foi
Paulo
vê-lo,
e, como
fizesse
oração e
lhe
impusesse
as mãos,
sarou-o".
(Atos,
28:8)
Quando
alguém,
seja por
ignorância,
seja por
preconceito,
disser
que o
passe
espírita
é tão
somente
um
sortilégio,
pergunte-lhe
se já
leu Atos
dos
Apóstolos
e, caso
a
resposta
seja
afirmativa,
indague-lhe
se Paulo
de Tarso
e Jesus
foram
também
feitores
de
sortilégios.
(1)
Sobre a
imposição
das mãos
ou passe
espírita
já foram
publicados
nesta
revista
os
editoriais
abaixo,
cuja
leitura
sugerimos
aos
nossos
leitores:
A
imposição
das mãos
e sua
eficácia:
http://www.oconsolador.com.br/ano4/196/editorial.html
No
tratamento
da
obsessão,
não
bastam
os
passes:
http://www.oconsolador.com.br/ano6/289/editorial.html
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