Mecanismos da
Mediunidade
André Luiz
(Parte
15)
Damos prosseguimento ao
estudo sequencial do
livro Mecanismos da
Mediunidade, obra de
autoria de André Luiz,
psicografada pelos
médiuns Waldo Vieira e
Francisco Cândido Xavier
e publicada em 1960 pela
Federação Espírita
Brasileira.
Questões preliminares
A. Que propriedade
caracteriza o ímã?
Dá-se o nome de ímã ao
corpo de material
ferromagnético com
imantação permanente; é
o mesmo que magneto. O
fato que o caracteriza é
a existência nele de
um elemento com a
propriedade de atrair
limalhas de ferro ou de
aço e que, com liberdade
de girar ao redor de um
eixo, assume posição
definida, relativamente
ao meridiano geográfico,
voltando invariavelmente
a mesma extremidade para
o polo norte do Planeta.
(Mecanismos da
Mediunidade, cap. VIII,
pág. 62.)
B. Que relação existe
entre corrente elétrica
e o magnetismo?
Segundo André Luiz, a
corrente elétrica é a
fonte de magnetismo até
agora por nós conhecida
na Terra e no Plano
Espiritual. Em torno da
corrente elétrica,
através desse ou daquele
condutor, surgem efeitos
magnéticos de
intensidade
correspondente, e sempre
que nos proponhamos à
produção de tais efeitos
é necessário recorrer ao
apoio da corrente
referida, porquanto
sabemos que a
eletricidade vibra em
todos os escaninhos do
infinitamente pequeno.
(Obra citada, cap. VIII,
pág. 62.)
C. Existem na Terra
substâncias magnéticas
naturais?
Sim. Existem as chamadas
substâncias magnéticas
naturais e ainda aquelas
que podem adquirir
semelhantes qualidades,
artificialmente, como
sejam o ferro, o aço, o
cobalto, o níquel e as
ligas que lhes dizem
respeito, merecendo
especial atenção o ferro
doce, que mantém a
imanização apenas no
curso de tempo em que se
acha submetido à ação
magnetizante, e o aço
temperado, que se demora
imanizado por mais
tempo, depois de cessada
a ação referida, em
vista de reter a
imanização remanente.
(Obra citada, cap. VIII,
pp. 64 e 65.)
Texto para leitura
49. Corrente
elétrica - Toda
vez que nos reportamos
ao estudo de campos
magnéticos, o ímã é
recordado para marco
inicial de qualquer
anotação. Encontramos
nele um elemento com a
propriedade de atrair
limalhas de ferro ou de
aço e que, com liberdade
de girar ao redor de um
eixo, assume posição
definida, relativamente
ao meridiano geográfico,
voltando invariavelmente
a mesma extremidade para
o polo norte do Planeta.
Estabelecendo algumas
ideias, com respeito ao
assunto, diremos que a
corrente elétrica é a
fonte de magnetismo até
agora por nós conhecida
na Terra e no Plano
Espiritual. Nessa mesma
condição entendemos a
corrente mental, também
corrente de natureza
elétrica, embora menos
ponderável na esfera
física. Assim, em torno
da corrente elétrica,
através desse ou daquele
condutor, surgem efeitos
magnéticos de
intensidade
correspondente, e sempre
que nos proponhamos à
produção de tais efeitos
é necessário recorrer ao
apoio da corrente
referida. Sabemos,
porém, que a
eletricidade vibra em
todos os escaninhos do
infinitamente pequeno.
Segundo cálculos
aproximados, não
ignoramos que um elétron
transporta consigo uma
carga elétrica de 1,6 X
10-19
Coulomb. Além do
movimento de translação
ou de saltos, em
derredor do núcleo, os
elétrons caracterizam-se
igualmente por
determinado movimento de
rotação sobre o seu
próprio eixo, se podemos
referir-nos desse modo
às partículas que os
exprimem, produzindo os
efeitos conhecidos por “spins”.
(Cap. VIII, pág. 62.)
50. “Spins” e
“domínios” -
Geralmente, nas camadas
do sistema atômico, os
chamados “spins” ou
diminutos vórtices
magnéticos, revelando
natureza positiva ou
negativa, se compensam
uns aos outros, mas não
em determinados
elementos, como seja o
átomo de ferro, no qual
existem quatro “spins”
ou efeitos magnéticos
desajustados nas camadas
periféricas, provando as
avançadas peculiaridades
magnéticas que se
exteriorizam dele,
porquanto, reunido a
outros átomos da mesma
substância, faz que se
conjuguem, ocasionando a
formação espontânea de
ímãs microscópicos ou,
mais propriamente,
“domínios”. Esses ímãs
microscópicos, ou
“domínios”, se expressam
de maneira irregular ou
desordenada, guardando,
contudo, a tendência de
se alinharem, como, por
exemplo, no mesmo átomo
de ferro a que nos
reportamos. Inclinam-se
a espontâneo
ajustamento, de
conformidade com um dos
três eixos do cristal
desse elemento, mas
sofrem obstrução
oferecida pelas energias
interatômicas, a
funcionarem como
recursos de atrito
contra a mudança
provável da condição
magnética que lhes é
característica. Contudo,
se a intensidade
magnética do campo for
aumentada, alcançando
determinado teor, com
capacidade de garantir a
orientação de cada
“domínio”, cada
“domínio” atingido entra
imediatamente no
alinhamento magnético e,
à medida que se dilate o
campo, todos os
“domínios” se padronizam
pela mesma orientação,
tornando-se dessa forma
o fluxo magnético
gradativamente maior.
Tão logo a totalidade
dos “domínios” assume
direção idêntica,
afirma-se que o corpo
ou material
está saturado, ou, mais
exatamente, que já se
encontram ocupadas todas
as valências dos
sistemas atômicos de que
esse corpo ou material
se compõe. (Cap.
VIII, pág. 63.)
51. Campo
magnético essencial
- Da associação dos
chamados “domínios”,
surgem as linhas de
força a entretecerem o
campo magnético
essencial ou, mais
propriamente, o espaço
em torno de um polo
magnético. Esse campo é
suscetível de ser
perfeitamente explorado
por uma agulha
magnética. Um polo
magnético se caracteriza
por intensidade análoga
à unidade sempre que
estiver colocado à
distância de 1
centímetro de um polo
idêntico. Nesse caso, a
força de repulsão ou de
atração existente entre
ambos equivale a 1 dina.
Em todos os elementos
atômicos nos quais os
efeitos magnéticos ou
“spins” se revelam
compensados, os
“domínios” ou ímãs
microscópicos se
equilibram na
constituição
interatômica, com
índices de harmonia ou
saturação adequados,
pelos quais o campo
magnético se mostra
regular, o que não
acontece nos elementos
em que os “spins” da
camada periférica se
evidenciam
descompensados ou
naqueles que estejam sob
regime de excitação. Na
Terra existem as
chamadas substâncias
magnéticas naturais e
ainda aquelas que podem
adquirir semelhantes
qualidades,
artificialmente, como
sejam o ferro, o aço, o
cobalto, o níquel e as
ligas que lhes dizem
respeito, merecendo
especial atenção o ferro
doce, que mantém a
imanização apenas no
curso de tempo em que se
acha submetido à ação
magnetizante, e o aço
temperado, que se demora
imanizado por mais
tempo, depois de cessada
a ação referida, em
vista de reter a
imanização remanente.
(Cap. VIII, pp. 64 e
65.)
Glossário
Coulomb
(Lê-se: culom.) –
Unidade de medida de
carga elétrica, ou
quantidade de
eletricidade, no Sistema
Internacional: é a
quantidade de
eletricidade que
atravessa, durante um
segundo, qualquer secção
transversal de um
condutor percorrido por
uma corrente de
intensidade invariável
igual a um ampère. O
vocábulo se origina do
nome do físico francês
Charles Augustin Coulomb
(1736-1806).
Cristal
– Substância sólida
cujas partículas
constitutivas (átomos,
íons ou moléculas) estão
arrumadas regularmente
no espaço. Cristal de
rocha. Vidro constituído
de três partes da
sílica, duas de óxido de
chumbo e uma de
potássio. Vidro muito
límpido e puro.
Elétron
– Partícula fundamental
na constituição dos
átomos e moléculas,
portadora da menor
quantidade de carga
elétrica livre que se
conhece, com massa igual
a 1/1837 vezes a massa
do próton.
Ímã
– Fís. Corpo de material
ferromagnético com
imantação permanente;
magneto. Ferradura,
barra ou agulha
imantada. Fig. Coisa que
atrai.
Imanização
– Ato ou efeito
de imanizar: comunicar a
(um metal) a propriedade
do ímã; magnetizar;
imanar, imantar.
Remanência
– Num material
ferromagnético, indução
magnética máxima quando
o campo externo é zero;
indução remanente;
retentividade.
Remanente
– Remanescente.
Dotado de remanência.
Spin
– Número quântico
associado a uma
partícula e que lhe mede
o momento angular
intrínseco
Valência
– Validade; valimento,
valor, legitimidade.
Quím. O número de
ligações estáveis que um
átomo ou um grupo de
átomos pode efetuar com
outros átomos, ou outros
grupos.