Num artigo(1)
dissemos que na
Ciência usamos a
expressão "os resultados
sugerem“, porque o
fornecimento de uma
prova científica esbarra
num número variável de
hipóteses, que também
poderiam explicar o fato
investigado. O que
fazemos? Depuramos
variáveis para chegar à
hipótese mais provável,
isto é, aquela que
melhor explica o
fenômeno.
A “paciente”, em
hipnose, foi levada a
fazer regressão de
memória. Lydia - “em
transe” -começou a
falar, mas os
pesquisadores não
conseguiam entender o
que dizia. Foram
chamados linguistas
suecos para traduzir as
declarações dessa nova
personalidade que se
dizia atender pelo nome
"Jensen Jacoby".
“Ele”, Jensen, falou em
sueco medieval, língua
totalmente estranha para
a jovem Lydia
hipnotizada. Perguntas
foram feitas em sueco e
respostas foram dadas em
sueco do século XVI.
Jensen informou: "sou
fazendeiro", "moro na
casa" que ficava "em
Hansen".
Na personalidade de
Jensen, “ela”, Lydia,
identificou um modelo de
navio sueco do século
VII, um recipiente de
madeira usado naquela
época para medir
quantidade de grãos, um
arco e flecha e sementes
de papoula. No entanto,
não sabia usar
instrumentos modernos
como os alicates.
O que
"os resultados sugerem“?
Todas as outras
hipóteses consideradas
foram afastadas, somente
sobrou esta que o leitor
certamente imaginou
(intuição), que também
resistiu em outros casos
semelhantes.
Essa experiência leva ao
livro “Entre Verdades e
Sorrisos”(2),
no qual encontramos
observações preciosas.
Nele, o professor Newton
G. de Barros dá destaque
à mensagem de Bezerra,
em que este cria, por
meio da mediunidade de
Chico Xavier, um
neologismo – Kardequizar.(3)
Barros enfatiza que
Bezerra não empregou os
verbos educar,
evangelizar,
cristianizar ou
espiritizar. Isso porque
kardequizar é tornar
explícita a
reencarnação, uma
verdade axiomática,
evidente por si mesma.
Somos arquitetos do
próprio destino
–
Só por ela podemos
entender os males
biopsicossocioespirituais.
Como explicar as
questões de sexo, de
pigmentação, de raça, de
racismo; das classes
sociais, das
desigualdades sociais;
da miséria moral e
econômica; da
marginalidade; da
excepcionalidade; da
incompatibilidade
filial; da reincidência
no mal?
Barros afirma que a
reencarnação é a única
Filosofia que pode
enfrentar o
Materialismo, causador
de todos os males
atuais; que o
Espiritismo Cristão é
exclusivamente
reencarnacionista e com
Ele descobrimos que
somos arquitetos do
próprio destino. “Eu sou
o único culpado pelos
males que me afligem.”
Surge a primeira
questão. Que é Deus?
Lemos a resposta em “O
Livro dos Espíritos” (LE).
Cabe-nos
explicar Deus à luz da
Justiça e do seu Amor,
permitindo que os ímpios
se recuperem através da
reencarnação. No mesmo
livro, concluímos que o
autêntico espírita
baseia sua vida na moral
de Jesus e que fora da
reencarnação é muito
difícil levar Deus,
Inteligência Suprema,
aos corações.
Onde encontrar a
reencarnação, esta
verdade axiomática, em
Jesus?
Vai e não erres mais
para que não te sucedam
coisas piores...
Sede Perfeitos como o
Pai...
O Pai não quer que o
ímpio se perca, mas se
converta e viva...
Amai os inimigos...
Para o espírita, Jesus é
modelo e guia e Kardec
destaca a transformação
dos que leram e
estudaram “O Livro dos
Espíritos”, mesmo após a
desencarnação.
Essa transformação é
fundamental para um
futuro mais feliz aqui e
agora, e também no plano
espiritual. Após a
desencarnação o Espírito
vai atualizar a
consciência, com fatos
das mais recentes
experiências de vida na
carne, numa fase chamada
de “escolaridade”. Ele
vai readquirir novas
energias e reestudar
novos procedimentos.
Na neurose se está com
estado de ânimo
desajustado
– Finalmente, chegará à
fase de “planejamento”
de uma nova
reencarnação, dentro dos
limites das
possibilidades, dos seus
méritos e das Leis das
probabilidades. Pode-se
sintetizar: “Não o
fatalismo, mas
determinismo relativo”.
Mais consciente, percebe
que se a verdade liberta
é a pacificação que o
redime.
Após a morte, quando
renascemos para a vida
espiritual, podemos ter
surpresas como as do
Doutor Philippeau.(4)
Materialista, procurou a
Faculdade de Ciências
Médicas não por amor,
mas por ambição e para
se sentir superior
diante de todos.
Não conto o final, mas
posso dizer que o relato
e o socorro do doutor
aconteceram numa reunião
na qual o
Espírito-educador
ofereceu explicações, na
fase de “escolaridade”.
Na reunião, Philippeau
revela a surpresa
desagradável de ver o
corpo enterrado e o
espanto de, fora dele,
sentir-se mais vivo do
que nunca. Apesar disso,
não o escutavam, não o
viam. Diz que muito
depois seus olhos caem
numa brochura de Allan
Kardec, que o fez
indagar a si: “seria eu,
por acaso, um Espírito?”
Isso é neurose?
Em trabalhos espíritas,
neurose corresponde ao
termo “perturbação” e se
aplica ao Espírito
desencarnado em
desequilíbrio. Na
neurose se está com
estado de ânimo
desajustado, não se
consegue manter a
estabilidade emocional e
mental. Desvia-se para a
tristeza, o pessimismo,
o desânimo, a
agressividade.(5)
Pobre Philipeau! Teria
muito a percorrer antes
de chegar à fase do
“planejamento” de nova
encarnação. Foi preciosa
a síntese oferecida pelo
Espírito-educador. Ela
assinou: Sainte Victoire.(4)
Na Espiritualidade, o
“Estado do Espírito” é
caracterizado pela
consciência, pelo
crédito moral,
bônus-hora e pela
densidade perispiritual.
Como é importante uma
boa saúde mental
– Um Espírito
materializado, por meio
da mediunidade de
Francisco Peixoto Lins(6),
no Rio de Janeiro,
ensinou que “a densidade
está sendo determinada
agora, com os
pensamentos, palavras,
atos e intenções”.
Podemos perceber como é
importante uma boa saúde
mental, maturidade
emocional.
Saúde mental ou
maturidade emocional,
pensemos numa concepção
utópica. Ela se
conformaria num
indivíduo que não só
careça de conflitos
neuróticos, mas que
tenha também a
capacidade de reunir em
si mesmo a possibilidade
de enfrentar com êxito
as situações adversas da
vida. Que tivesse a
capacidade de desfrutar
de seu trabalho,
qualquer que fosse,
empreendendo-o com
entusiasmo e constância,
desfrutando igualmente
do descanso e
ociosidade, tendo uma
vida sexual plena. Que
fosse capaz de
manifestar amor em todas
as suas acepções
(fraterno, filial...).
Que, possuindo
“filosofia existencial
positiva”, fosse capaz
de delimitar claramente
suas aspirações,
perseguindo-as sem ferir
seus princípios
fundamentais. Que aceita
as realidades do
cotidiano e desfruta do
presente sem comprometer
seu futuro. E que, sendo
ainda capaz de extrair
dos fatos e das ideias o
aspecto positivo, deixa
de lado as
mesquinharias. Essa
pessoa madura será capaz
de cultivar
a esperança e de não se
perder nos erros
passados.
O
indivíduo que apresenta
ideias
suicidas
possui saúde mental /
maturidade emocional?
Vamos examinar um
indivíduo utilizando a
técnica de hipnose, com
regressão de memória,
para refletir nesta
questão.
A paciente tinha
fantasias suicidas e
recordou sua vida
pregressa. Foi obrigada
a casar-se com homem que
detestava. Relembrou
tentativa de suicídio,
quando grávida. No
parto, há mais de 150
anos, ocorreu grave
hemorragia. O que fazer?
Salvar a mãe ou a
criança?
O marido escolheu salvar
a esposa. Quando ele
saiu do quarto, ela deu
ordem ao médico para que
fosse sacrificada, pois
detestava viver. Nada
sentia em relação ao
nascituro. Morreu
amaldiçoando a família e
a vida, num terrível
sofrimento físico e
mental.
Fora do corpo,
viu-se flutuando no
ambiente, tentando
contatar pessoas.
Afastou-se em desespero.
Na regressão, informou
que recebeu tratamento
no além antes de voltar.
A angústia de que "para
nascer era necessário
que alguém morresse"
continuou in
útero. Lutou contra o
nascimento, previa
sangramento e rupturas.
Lembrava-se da
carnificina, para que de
seu ventre aberto a frio
o médico salvasse o
filho.
É preciso que corrijamos
nossa “densidade
perispiritual”
–
Na regressão, o paciente
de alto nível cultural
dava grande quantidade
de detalhes de época,
arquitetônicos e de
vestuários.
Fora assassinado
em outras vidas. Foi
também um padre ligado
aos Templários, com
visão adiantada para a
época e por isso
assassinado. Outra vida:
rainha de uma ilha do
mar Egeu, invadida por
gregos incultos,
civilização
pré-helênica, onde
preferiu morrer a trair
seu povo.
Com as regressões,
sentia alívio intenso da
solidão, da suspeita de
doença grave, da
homossexualidade e do
problema de
autoaceitação. As ideias
suicidas se foram
atenuando. Eram
regressões de clareza
impressionante.
Detalhe:
2 horas em hipnose,
mantinha hiperpneia
histérica ruidosa que
não seria suportável em
estado "normal".
Esse caso de hipnose
regressiva e
sua relação com Terapia
de Vidas Passadas foi
apresentado no VII
Congresso Brasileiro de
Análise Transacional,
realizado em São Paulo,
em maio de 1984.(7)
Mentores espirituais,
por meio de médiuns
diversos, nos alertam
para que corrijamos
nossa “densidade
perispiritual”. Emmanuel
(8), por
intermédio
de Chico Xavier, nos diz
que em
plena vida espiritual
sempre realizamos o
inventário de nossas
aquisições no mundo. Em
semelhantes ocasiões,
nos escandalizamos à
frente de nós mesmos e
rogamos a graça do
retorno à matéria, sem
as vantagens terrestres
que nos serviram de
perda. Assim sendo,
renascemos com
singulares inibições.
Um cego que pediu a
medicação da sombra para
curar antigos desvarios
da visão.
Um surdo que solicitou o
silêncio nos ouvidos,
como bênção de reajuste
da própria alma.
O leproso que implorou
do Céu a vestimenta de
feridas como remédio
purificador da
personalidade transviada
do verdadeiro bem.
O aleijado de nascença,
que suplicou a mutilação
natural por serviço
valioso de
autocorrigenda.
Intuição é percepção
clara das coisas sem
intervenção da razão
–
Emmanuel nos diz ainda
que doenças e amarguras,
dificuldades e dores são
meios de que nos valemos
para a justa reparação
de nossa vida, em nós ou
fora de nós.
Atendamos ao aviso do
Evangelho: “Caminhai,
enquanto tendes luz”.
Enquanto se vos concede
no mundo a felicidade da
permanência no corpo
físico não procureis o
escândalo, longe de
vosso círculo
individual!
Escandalizemo-nos
conosco, quando a nossa
conduta estiver
contrária aos princípios
superiores que
abraçamos.
Estranhemos nossos
pensamentos, nossas
palavras e nossos atos,
quando não se afinem com
o Mestre da Cruz, e,
assim, amanhã não
teremos a lamentar
maiores faltas,
alcançando a vitória
sobre nós mesmos, em paz
com a nossa própria
consciência, em plena
Vida Imperecível.
Quando a criatura humana
chega a possuir altos
níveis em termos de
valores ético-morais, a
intuição lhe
fornece a solução dos
problemas, como prêmio
de seu trabalho
persistente. (2)
Que é intuição?
Percepção clara de
verdades sem intervenção
do raciocínio. Que é
inspiração? Entusiasmo
poético. Insuflação
divina.
Professor Newton
acompanhava o poeta
Sebastião Lasneau, de
Barra do Piraí para
Cachoeira Paulista, onde
faria uma conferência.
Ao comentar o quarto
casamento de confrade de
Barra, Lasneau
improvisou:
Quem do amor no sonho
eterno
Atinge o quarto casório
Vai direitinho ao
inferno
Sem passar no
purgatório.
O Professor diz que ao
chegar ao destino, um
sítio, pequena multidão
ovacionou o
poeta-conferencista. O
anfitrião Mario então
lhe presta uma
homenagem. Novilha que
dera à luz um bezerrinho
naquela manhã seria
batizada com o nome de
POESIA.
Sebastião Lesneau
declamou:
Depois de horas sem
conta,
Nada eu ouvi que se
aceite
Até enfim que desponta
POESIA QUE DE...LEITE.
Referências:
(1)
http://orebate-jorgehessen.blogspot.com.br/2014/05/reencarnacao-existe-como-provar.html
(2) Barros, N.G. Entre
Verdades e Sorrisos.
Coleção GEFIJ – volume
01 – Estrada de Barra de
Guaratiba, 8800. RJ.RJ.
1991.
(3)
http://www.vinhadeluz.com.br/site/noticia.php?id=1701
(4)
http://www.espirito.org.br/portal/download/pdf/revista-espirita-1868.pdf
(5)http://www.aeradoespirito.net/ArtigosLCF/POR_QUE_CONSID_INTEL-O_CAND-FRANC_XAVIER_LCF.html
(6)
http://juli.recantodasletras.com.br/visualizar.php?idt=2010525
http://www.jornaldosespiritos.com/2007.3/col49.33.htm
(7) Pincherle, L.T.
Filosofia e Ciência. In:
Pincherle, L.T.; Godoy,
H.P.; Barsottini, D.;
Guimarães, M.T.; Santos,
M.E. Mazzonetto, R.;
Maluf, M.C.; @ Merluzzi
Filho, J.M.; “Terapia de
Vidas Passadas.”. Pág.
13-76. São Paulo, Summus,
1990.
(8)
http://gecasadocaminhosv.blogspot.com.br