WEB

BUSCA NO SITE

Edição Atual Edições Anteriores Adicione aos Favoritos Defina como página inicial

Indique para um amigo


O Evangelho com
busca aleatória

Capa desta edição
Biblioteca Virtual
 
Biografias
 
Filmes
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Mensagens na voz
de Chico Xavier
Programação da
TV Espírita on-line
Rádio Espírita
On-line
Jornal
O Imortal
Estudos
Espíritas
Vocabulário
Espírita
Efemérides
do Espiritismo
Esperanto
sem mestre
Divaldo Franco
Site oficial
Raul Teixeira
Site oficial
Conselho
Espírita
Internacional
Federação
Espírita
Brasileira
Federação
Espírita
do Paraná
Associação de
Magistrados
Espíritas
Associação
Médico-Espírita
do Brasil
Associação de
Psicólogos
Espíritas
Cruzada dos
Militares
Espíritas
Outros
Links de sites
Espíritas
Esclareça
suas dúvidas
Quem somos
Fale Conosco

Especial Inglês Espanhol    

Ano 8 - N° 369 - 29 de Junho de 2014

LUIZ CARLOS FORMIGA  
formigalcd@hotmail.com
Rio de Janeiro, RJ (Brasil)

 
 

Luiz Carlos Formiga

Seria eu, por acaso, um Espírito?

Num artigo(1) dissemos que na Ciência usamos a expressão "os resultados sugerem“, porque o fornecimento de uma prova científica esbarra num número variável de hipóteses, que também poderiam explicar o fato investigado. O que fazemos? Depuramos variáveis para chegar à hipótese mais provável, isto é, aquela que melhor explica o fenômeno.

A “paciente”, em hipnose, foi levada a fazer regressão de memória. Lydia - “em transe” -começou a falar, mas os pesquisadores não conseguiam entender o que dizia. Foram chamados linguistas suecos para traduzir as declarações dessa nova personalidade que se dizia atender pelo nome "Jensen Jacoby".

 “Ele”, Jensen, falou em sueco medieval, língua totalmente estranha para a jovem Lydia hipnotizada. Perguntas foram feitas em sueco e respostas foram dadas em sueco do século XVI.

Jensen informou: "sou fazendeiro", "moro na casa" que ficava "em Hansen".

Na personalidade de Jensen, “ela”, Lydia, identificou um modelo de navio sueco do século VII, um recipiente de madeira usado naquela época para medir quantidade de grãos, um arco e flecha e sementes de papoula. No entanto, não sabia usar instrumentos modernos como os alicates.

O que "os resultados sugerem“? Todas as outras hipóteses consideradas foram afastadas, somente sobrou esta que o leitor certamente imaginou (intuição), que também resistiu em outros casos semelhantes.

Essa experiência leva ao livro “Entre Verdades e Sorrisos”(2), no qual encontramos observações preciosas. Nele, o professor Newton G. de Barros dá destaque à mensagem de Bezerra, em que este cria, por meio da mediunidade de Chico Xavier, um neologismo –  Kardequizar.(3)

Barros enfatiza que Bezerra não empregou os verbos educar, evangelizar, cristianizar ou espiritizar. Isso porque kardequizar é tornar explícita a reencarnação, uma verdade axiomática, evidente por si mesma. 

Somos arquitetos do próprio destino Só por ela podemos entender os males biopsicossocioespirituais. Como explicar as questões de sexo, de pigmentação, de raça, de racismo; das classes sociais, das desigualdades sociais; da miséria moral e econômica; da marginalidade; da excepcionalidade; da incompatibilidade filial; da reincidência no mal?

Barros afirma que a reencarnação é a única Filosofia que pode enfrentar o Materialismo, causador de todos os males atuais; que o Espiritismo Cristão é exclusivamente reencarnacionista e com Ele descobrimos que somos arquitetos do próprio destino. “Eu sou o único culpado pelos males que me afligem.”

Surge a primeira questão. Que é Deus? Lemos a resposta em “O Livro dos Espíritos” (LE). Cabe-nos explicar Deus à luz da Justiça e do seu Amor, permitindo que os ímpios se recuperem através da reencarnação. No mesmo livro, concluímos que o autêntico espírita baseia sua vida na moral de Jesus e que fora da reencarnação é muito difícil levar Deus, Inteligência Suprema, aos corações.

Onde encontrar a reencarnação, esta verdade axiomática, em Jesus?

Vai e não erres mais para que não te sucedam coisas piores...

Sede Perfeitos como o Pai...

O Pai não quer que o ímpio se perca, mas se converta e viva...

Amai os inimigos...

Para o espírita, Jesus é modelo e guia e Kardec destaca a transformação dos que leram e estudaram “O Livro dos Espíritos”, mesmo após a desencarnação.

Essa transformação é fundamental para um futuro mais feliz aqui e agora, e também no plano espiritual.  Após a desencarnação o Espírito vai atualizar a consciência, com fatos das mais recentes experiências de vida na carne, numa fase chamada de “escolaridade”. Ele vai readquirir novas energias e reestudar novos procedimentos. 

Na neurose se está com estado de ânimo desajustado – Finalmente, chegará à fase de “planejamento” de uma nova reencarnação, dentro dos limites das possibilidades, dos seus méritos e das Leis das probabilidades. Pode-se sintetizar: “Não o fatalismo, mas determinismo relativo”. Mais consciente, percebe que se a verdade liberta é a pacificação que o redime.

Após a morte, quando renascemos para a vida espiritual, podemos ter surpresas como as do Doutor Philippeau.(4)

Materialista, procurou a Faculdade de Ciências Médicas não por amor, mas por ambição e para se sentir superior diante de todos.

Não conto o final, mas posso dizer que o relato e o socorro do doutor aconteceram numa reunião na qual o Espírito-educador ofereceu explicações, na fase de “escolaridade”.

Na reunião, Philippeau revela a surpresa desagradável de ver o corpo enterrado e o espanto de, fora dele, sentir-se mais vivo do que nunca. Apesar disso, não o escutavam, não o viam. Diz que muito depois seus olhos caem numa brochura de Allan Kardec, que o fez indagar a si: “seria eu, por acaso, um Espírito?”

Isso é neurose?

Em trabalhos espíritas, neurose corresponde ao termo “perturbação” e se aplica ao Espírito desencarnado em desequilíbrio. Na neurose se está com estado de ânimo desajustado, não se consegue manter a estabilidade emocional e mental. Desvia-se para a tristeza, o pessimismo, o desânimo, a agressividade.(5)

Pobre Philipeau! Teria muito a percorrer antes de chegar à fase do “planejamento” de nova encarnação. Foi preciosa a síntese oferecida pelo Espírito-educador. Ela assinou: Sainte Victoire.(4)

Na Espiritualidade, o “Estado do Espírito” é caracterizado pela consciência, pelo crédito moral, bônus-hora e pela densidade perispiritual

Como é importante uma boa saúde mental – Um Espírito materializado, por meio da mediunidade de Francisco Peixoto Lins(6), no Rio de Janeiro, ensinou que “a densidade está sendo determinada agora, com os pensamentos, palavras, atos e intenções”. Podemos perceber como é importante uma boa saúde mental, maturidade emocional.

Saúde mental ou maturidade emocional, pensemos numa concepção utópica. Ela se conformaria num indivíduo que não só careça de conflitos neuróticos, mas que tenha também a capacidade de reunir em si mesmo a possibilidade de enfrentar com êxito as situações adversas da vida. Que tivesse a capacidade de desfrutar de seu trabalho, qualquer que fosse, empreendendo-o com entusiasmo e constância, desfrutando igualmente do descanso e ociosidade, tendo uma vida sexual plena. Que fosse capaz de manifestar amor em todas as suas acepções (fraterno, filial...).  Que, possuindo “filosofia existencial positiva”, fosse capaz de delimitar claramente suas aspirações, perseguindo-as sem ferir seus princípios fundamentais. Que aceita as realidades do cotidiano e desfruta do presente sem comprometer seu futuro. E que, sendo ainda capaz de extrair dos fatos e das ideias o aspecto positivo, deixa de lado as mesquinharias. Essa pessoa madura será capaz de cultivar a esperança e de não se perder nos erros passados.

O indivíduo que apresenta ideias suicidas possui saúde mental / maturidade emocional?   

Vamos examinar um indivíduo utilizando a técnica de hipnose, com regressão de memória, para refletir nesta questão.

A paciente tinha fantasias suicidas e recordou sua vida pregressa. Foi obrigada a casar-se com homem que detestava. Relembrou tentativa de suicídio, quando grávida. No parto, há mais de 150 anos, ocorreu grave hemorragia. O que fazer? Salvar a mãe ou a criança?

O marido escolheu salvar a esposa. Quando ele saiu do quarto, ela deu ordem ao médico para que fosse sacrificada, pois detestava viver. Nada sentia em relação ao nascituro. Morreu amaldiçoando a família e a vida, num terrível sofrimento físico e mental.

Fora do corpo, viu-se flutuando no ambiente, tentando contatar pessoas. Afastou-se em desespero. Na regressão, informou que recebeu tratamento no além antes de voltar. A angústia de que "para nascer era necessário que alguém morresse" continuou in útero.  Lutou contra o nascimento, previa sangramento e rupturas. Lembrava-se da carnificina, para que de seu ventre aberto a frio o médico salvasse o filho. 

É preciso que corrijamos nossa “densidade perispiritual” Na regressão, o paciente de alto nível cultural dava grande quantidade de detalhes de época, arquitetônicos e de vestuários.

Fora assassinado em outras vidas. Foi também um padre ligado aos Templários, com visão adiantada para a época e por isso assassinado. Outra vida: rainha de uma ilha do mar Egeu, invadida por gregos incultos, civilização pré-helênica, onde preferiu morrer a trair seu povo.

Com as regressões, sentia alívio intenso da solidão, da suspeita de doença grave, da homossexualidade e do problema de autoaceitação. As ideias suicidas se foram atenuando. Eram regressões de clareza impressionante.

Detalhe: 2 horas em hipnose, mantinha hiperpneia histérica ruidosa que não seria suportável em estado "normal".

Esse caso de hipnose regressiva e sua relação com Terapia de Vidas Passadas foi apresentado no VII Congresso Brasileiro de Análise Transacional, realizado em São Paulo, em maio de 1984.(7)

Mentores espirituais, por meio de médiuns diversos, nos alertam para que corrijamos nossa “densidade perispiritual”. Emmanuel (8), por intermédio de Chico Xavier, nos diz que em plena vida espiritual sempre realizamos o inventário de nossas aquisições no mundo. Em semelhantes ocasiões, nos escandalizamos à frente de nós mesmos e rogamos a graça do retorno à matéria, sem as vantagens terrestres que nos serviram de perda. Assim sendo, renascemos com singulares inibições.

Um cego que pediu a medicação da sombra para curar antigos desvarios da visão.

Um surdo que solicitou o silêncio nos ouvidos, como bênção de reajuste da própria alma.

O leproso que implorou do Céu a vestimenta de feridas como remédio purificador da personalidade transviada do verdadeiro bem.

O aleijado de nascença, que suplicou a mutilação natural por serviço valioso de autocorrigenda. 

Intuição é percepção clara das coisas sem intervenção da razão Emmanuel nos diz ainda que doenças e amarguras, dificuldades e dores são meios de que nos valemos para a justa reparação de nossa vida, em nós ou fora de nós.

Atendamos ao aviso do Evangelho: “Caminhai, enquanto tendes luz”.

Enquanto se vos concede no mundo a felicidade da permanência no corpo físico não procureis o escândalo, longe de vosso círculo individual!

Escandalizemo-nos conosco, quando a nossa conduta estiver contrária aos princípios superiores que abraçamos.

Estranhemos nossos pensamentos, nossas palavras e nossos atos, quando não se afinem com o Mestre da Cruz, e, assim, amanhã não teremos a lamentar maiores faltas, alcançando a vitória sobre nós mesmos, em paz com a nossa própria consciência, em plena Vida Imperecível.

Quando a criatura humana chega a possuir altos níveis em termos de valores ético-morais, a intuição lhe fornece a solução dos problemas, como prêmio de seu trabalho persistente. (2)

Que é intuição? Percepção clara de verdades sem intervenção do raciocínio. Que é inspiração? Entusiasmo poético. Insuflação divina.

Professor Newton acompanhava o poeta Sebastião Lasneau, de Barra do Piraí para Cachoeira Paulista, onde faria uma conferência. Ao comentar o quarto casamento de confrade de Barra, Lasneau improvisou:

Quem do amor no sonho eterno

Atinge o quarto casório

Vai direitinho ao inferno

Sem passar no purgatório.

O Professor diz que ao chegar ao destino, um sítio, pequena multidão ovacionou o poeta-conferencista. O anfitrião Mario então lhe presta uma homenagem. Novilha que dera à luz um bezerrinho naquela manhã seria batizada com o nome de POESIA.

Sebastião Lesneau declamou:

Depois de horas sem conta,

Nada eu ouvi que se aceite

Até enfim que desponta

POESIA QUE DE...LEITE.

 

Referências:

(1) http://orebate-jorgehessen.blogspot.com.br/2014/05/reencarnacao-existe-como-provar.html

(2) Barros, N.G. Entre Verdades e Sorrisos. Coleção GEFIJ – volume 01 – Estrada de Barra de Guaratiba, 8800. RJ.RJ. 1991.

(3) http://www.vinhadeluz.com.br/site/noticia.php?id=1701

(4)  http://www.espirito.org.br/portal/download/pdf/revista-espirita-1868.pdf

(5)http://www.aeradoespirito.net/ArtigosLCF/POR_QUE_CONSID_INTEL-O_CAND-FRANC_XAVIER_LCF.html

(6) http://juli.recantodasletras.com.br/visualizar.php?idt=2010525

http://www.jornaldosespiritos.com/2007.3/col49.33.htm

(7) Pincherle, L.T. Filosofia e Ciência. In: Pincherle, L.T.; Godoy, H.P.; Barsottini, D.; Guimarães, M.T.; Santos, M.E. Mazzonetto, R.; Maluf, M.C.; @ Merluzzi Filho, J.M.; “Terapia de Vidas Passadas.”. Pág. 13-76. São Paulo, Summus, 1990.

(8) http://gecasadocaminhosv.blogspot.com.br
 

 
 


 
Para expressar sua opinião a respeito desta matéria, preencha e envie o formulário abaixo.
Seu comentário poderá ser publicado na seção de cartas de uma de nossas futuras edições.
 
 

Nome:

E-mail:

Cidade e Estado:

Comentário:



 

 

Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita