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Clássicos do Espiritismo
Ano 8 - N° 391 - 30 de Novembro de 2014
ANGÉLICA REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

 

Fatos Espíritas

William Crookes

(Parte 16)
 

Continuamos o estudo metódico e sequencial do clássico Fatos Espíritas, de William Crookes, obra publicada em 1874, cujo título no original inglês é Researches in the phenomena of the spiritualism.

Questões preliminares

A. Embora tenha sido um dos signatários do Relatório firmado pelos sábios, a que conclusões chegou Charles Richet a respeito dos fenômenos observados?

Se podemos chamar a isso de conclusão, eis o que o ilustre sábio francês declarou: Por mais absurdas e ineptas que sejam as experiências feitas por Eusápia, parece-me bem difícil atribuir os fenômenos produzidos à fraude consciente, ou inconsciente, ou a uma série de fraudes. Todavia, a prova formal, irrecusável, de que não é uma fraude de Eusápia e uma ilusão nossa, não a temos. É preciso, pois, continuar de novo até obtermos uma prova irrecusável. (Fatos Espíritas – Conclusões de Charles Richet.)

B. Que fatos relativos aos fenômenos de materialização foram vistos e relatados pelo Sr. Aksakof?

Em sua obra citada por William Crookes, Aksakof dividiu tais experiências em quatro categorias, segundo as condições em que se produzem: 1) O médium está isolado; o agente oculto fica invisível. 2) O médium está em evidência, o agente oculto está invisível. 3) O médium está isolado; o agente oculto aparece. 4) O agente e o médium são simultaneamente visíveis aos espectadores. Mas ele se deteve, em especial, no terceiro caso, em que o Espírito materializado aparece em local diferente de onde se encontra o médium. (Obra citada - Moldes dos pés de Espíritos materializados com o auxílio da parafina.)

C. Para evitar fraudes, que providência foi adotada na experiência realizada em Belper (Inglaterra)?

Na aludida experiência o Sr. W. P. Adshead empregou uma gaiola, construída especialmente para nela ser encerrada a médium, durante as sessões de materialização, a fim de resolver definitivamente esta questão: a figura materializada é ou não uma pessoa distinta da médium? Essa questão foi resolvida afirmativamente. A médium, a Srta. Wood, foi colocada em uma gaiola, cuja porta se fechou com parafusos. Foi nessas condições que se viu aparecerem dois fantasmas: o de uma mulher conhecida pelo nome de Meggie e o de um homem chamado Benny. Ambos saíram do gabinete; em seguida materializaram-se e desmaterializaram-se diante dos assistentes e, enfim, procederam sucessivamente à moldagem de um dos seus pés, na parafina. (Obra citada - O agente está visível, o médium está isolado.)

Texto para leitura

280. Conclusões de Charles Richet – E agora, que se pode concluir? – diz o sábio professor, depois de ter narrado minuciosamente as principais experiências. Pois não basta enumerar as experiências, é preciso tirar-lhes as consequências. As palavras adiante transcritas são de autoria de Charles Richet.

281. Se tivéssemos obtido um resultado inteiramente decisivo, eu não hesitaria um instante em proclamar publicamente a minha opinião, pouco me incomodando com o desfavor público, pois não seria a primeira vez que me achasse em desacordo com a maioria, mesmo quase com a unanimidade dos meus colegas; as dúvidas, que não temo confessar, são, pois, dúvidas reais, não dúvidas de timidez ou de hesitação em meu pensamento.

282. Certamente, se se tratasse de provar algum fato simples e natural, quase evidente a priori, ou não contradizendo os dados científicos vulgares, eu estaria plenamente satisfeito: as provas seriam largamente satisfatórias e me pareceria quase inútil continuar, tão brilhantes e conclusivos parecem ser os fatos acumulados nessas sessões; mas trata-se de demonstrar fenômenos verdadeiramente absurdos, contrários a tudo o que os homens, o vulgo e os sábios têm admitido há milhares de anos.

283. É um desmoronamento completo de todo o pensamento humano, de todas as suas experiências; é um mundo novo que se abre diante de nós e, por consequência, não é possível ser muito reservado na afirmação desses estranhos e assombrosos fenômenos.

284. Por minha parte admito que, se Eusápia engana, o faz não propositadamente, mas sim sem o saber, pois há na produção desses fenômenos, mesmo quando não fossem sinceros, uma parte bastante grande de inconsciência.

285. Quanto à opinião das pessoas que acompanharam Eusápia durante muito tempo, seria de grande valor se se tratasse de fenômenos vulgares e ordinários; mas os fatos de que se trata são surpreendentes demais para que a crença de uma pessoa, não habituada à experimentação, determine a minha própria crença.

286. Estou bem certo da boa fé do Sr. Chiaia e de outros homens distintos que têm, durante meses e anos, observado Eusápia, mas a sua perspicácia não me está demonstrada e posso falar assim sem os magoar, pois desconfio da minha própria.

287. É preciso, antes de tudo, afastar a hipótese de um comparsa. E, se há fraude, é Eusápia, só, quem a executa, sem ser ajudada por ninguém e sem que ninguém perceba. Ademais, se essa fraude existe, é feita sem aparelho, por meios muito simples, quase infantis. Eusápia não traz nenhum objeto consigo.

288. Resta então a única hipótese possível, a de Eusápia enganar, remexendo os objetos com os seus pés ou com as mãos, depois de ter desprendido as mãos e pés das mãos e pés dos seus vizinhos. Se esta hipótese não explica, é racional crer-se na realidade dos fenômenos.

289. Pois bem, confesso, essa explicação por movimentos dos seus pés e mãos não me satisfaz. Em algumas experiências – por exemplo, a da cadeira que veio detrás da cortina colocar-se sobre o braço do Sr. Fínzi, em meia escuridão – não posso conceber como a mão de Eusápia pôde desprender-se e como, estando desprendida, pôde executar esses movimentos. Declaro-me incapaz de compreender. Mas, por outro lado, trata-se de fatos tão absurdos que é bom não se satisfazer rapidamente. As provas dadas seriam bem suficientes para uma experiência de Química; para uma experiência de Espiritismo não bastam...

290. Em definitivo: por mais absurdas e ineptas que sejam as experiências feitas por Eusápia, parece-me bem difícil atribuir os fenômenos produzidos à fraude consciente, ou inconsciente, ou a uma série de fraudes. Todavia, a prova formal, irrecusável, de que não é uma fraude de Eusápia e uma ilusão nossa, não a temos. É preciso, pois, continuar de novo até obtermos uma prova irrecusável. (Charles Richet)

291. Moldes dos pés de Espíritos materializados com o auxílio da parafina – Eis na sequência o que nos diz a esse respeito o Sr. Aksakof, na sua já citada obra.

292. Essas experiências podem ser divididas em quatro categorias, segundo as condições em que se produzem:

1) O médium está isolado; o agente oculto fica invisível.

2) O médium está em evidência, o agente oculto está invisível.

3) O médium está isolado; o agente oculto aparece.

4) O agente e o médium são simultaneamente visíveis aos espectadores.

293. O agente está visível, o médium está isolado – Na experiência realizada em Belper (Inglaterra) o Sr. W. P. Adshead empregou uma gaiola, construída especialmente para nela ser encerrada a médium, durante as sessões de materialização, a fim de resolver definitivamente esta questão: a figura materializada é ou não uma pessoa distinta da médium? Essa questão foi resolvida afirmativamente.

294. A médium, a Srta. Wood, foi colocada em uma gaiola, cuja porta se fechou com parafusos. Foi nessas condições que se viu aparecerem dois fantasmas: o de uma mulher conhecida pelo nome de Meggie e o de um homem chamado Benny.

295. Ambos saíram do gabinete; em seguida materializaram-se e desmaterializaram-se diante dos assistentes e, enfim, procederam sucessivamente à moldagem de um dos seus pés, na parafina.

296. Foi Meggie quem primeiramente tentou a operação. Saindo do gabinete, ela aproximou-se do Sr. Smedley e colocou a mão nas costas da cadeira por ele ocupada. O Sr. Smedley perguntou se o Espírito precisava da cadeira; Meggie fez com a cabeça um sinal afirmativo.

297. Ele levantou-se e colocou a cadeira diante de dois baldes, em um dos quais havia água quente com uma camada de parafina derretida na superfície, e no outro água fria. Meggie sentou-se, ergueu seus longos vestidos e começou a mergulhar o pé esquerdo alternativamente na parafina derretida e na água fria, continuando esse movimento até que o molde ficasse concluído.

298. O fantasma estava tão bem encoberto pelas suas vestimentas, que não nos foi mais possível reconhecer o operador. Um dos assistentes, iludido pela vivacidade dos movimentos, exclamou: “É Benny”. Então a aparição colocou a mão sobre a do Sr. Smedley, como para lhe dizer: “Toque para saber quem sou”. “É Meggie, que acaba de me estender a sua pequena mão”, proferiu o Sr. Smedley.

299. Quando a camada de parafina adquiriu espessura desejada, Meggie descansou o pé esquerdo sobre o joelho direito e ficou nessa posição cerca de dois minutos; depois elevou o molde, segurou-o algum tempo no ar e deu-lhe uma pancada, de maneira que todos os presentes pudessem vê-lo e ouvir as pancadas; depois, a meu pedido, mo entregou e eu o depositei em um lugar seguro.

300. Meggie tentou em seguida a mesma experiência com o pé direito, mas, depois de o ter molhado duas ou três vezes, levantou-se, provavelmente em consequência do esgotamento das suas forças, retirou-se para o gabinete e não mais voltou. A parafina que tinha aderido a seu pé direito foi em seguida achada sobre o soalho do gabinete. (Continua no próximo número.)



 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita