Parcerias para o
Bem Público
A vida das
pessoas, das
instituições,
dos povos e das
nações
desenvolve-se em
diferentes
contextos,
agregando
sinergias,
utilizando
processos os
mais adequados
possíveis e os
recursos
disponíveis, com
objetivos
diversos, embora
alguns destes
sejam comuns, e
outros, de
interesse
singular, de um
ou outro
interveniente,
sendo certo que,
muito
dificilmente,
alguém
isoladamente
consiga tudo o
que deseja,
porque o que se
afigura mais
vantajoso será
um certo
ecletismo, a
partir dos
vários
conhecimentos,
experiências,
parcerias e/ou
equipes
solidárias,
amigas, leais,
honestas e
coesas.
Desenvolver
atividades em
diversos
setores, tanto
se pode realizar
isoladamente,
como em
parceria, sendo
certo que se
torna cada vez
mais
interessante
este último
modelo de
funcionamento,
não
necessariamente
sob a forma de
sociedades, seja
qual for a
natureza destas,
mas numa
perspectiva de
cooperação, de
troca de bens e
serviços, numa
modalidade de
complementaridade,
de partilha,
porque a troca
de
conhecimentos,
tecnologias,
experiências e
públicos-alvo
ajuda, e muito,
no crescimento
dos parceiros,
em benefício
destes e dos
respectivos
utentes.
Intervir na
sociedade,
através da
conjugação de
sinergias, para
um determinado
público-alvo que
até pode ser uma
comunidade
inteira, uma
determinada
coletividade,
numa localidade,
ou mesmo para a
sociedade
nacional e,
também, em
última
instância, a
nível ecumênico,
constitui a
melhor forma de
se resolverem
situações que
afetam,
negativamente,
os diversos
públicos-alvo,
na medida em
que, quando se
têm objetivos
comuns,
estratégias e
metodologias que
conduzem aos
resultados
pretendidos,
seguramente que
o sucesso dos
projetos é
garantido para
satisfação das
populações.
Estabelecer
parcerias e
protocolos
exige, da parte
dos candidatos a
parceiros: uma
grande
disponibilidade
de tempo; uma
comunhão de
interesses, que
satisfaçam os
objetivos
pretendidos e
favoráveis, a um
determinado
grupo de pessoas
e/ou
instituições;
requerem-se
atitudes de
total confiança,
abertura,
compreensão,
lealdade e
cedência de
alguns pontos
que, à partida,
seriam mais
apropriados para
projetos
individuais,
para um público
homogêneo em
vários domínios,
por exemplo:
estatuto social,
faixa etária,
grupos
corporativos,
associados de
uma determinada
coletividade
e/ou confissões
religiosas ou,
finalmente,
movimentos
político-partidários
e organizações
empresariais e
sindicais.
Considera-se,
entretanto, que
uma parceria,
seja de pessoas,
seja de
instituições,
deverá pressupor
um mínimo de
pontos de vista
comuns, boas
práticas quando
às regras,
princípios,
valores, missão
e objetivos a
defender pelos
parceiros, em
que a negociação
a
desenvolver-se,
para se
estabelecer a
parceria, tenha
de obedecer ao
princípio do “ganha-ganha”,
ou seja: os
parceiros
abdicam de
algumas
exigências
próprias e, em
contrapartida,
ganham outras
possibilidades.
Em resumo, todos
perdem um pouco,
mas todos ganham
muito mais e, no
final, a
concórdia será o
denominador
comum e os
resultados,
seguramente,
serão os
melhores.
Reinará, entre
os parceiros, a
felicidade.
Quando se parte
para uma
parceria, para a
celebração de um
determinado
acordo, visando
a projetos úteis
aos parceiros e
outros
beneficiários, a
primeira
condição para
que se possa
encetar um
diálogo sério,
leal, solidário
e honesto é a
boa-fé das
partes, ou seja:
é necessário que
quaisquer
tentações do
“ganha-perde”,
sejam
liminarmente
postas de parte,
porque, de
contrário, mais
tarde ou mais
cedo, para além
dos prejuízos de
um dos
parceiros,
gera-se um
sentimento de
total
desconfiança e
de descrédito,
além da
animosidade, a
partir de então,
ficar bem
enraizada na
parte que ficou
prejudicada.
Conceber e
firmar um
acordo, entre
duas ou mais
partes, implica
responsabilidade;
envolve a
palavra de honra
que deve
prevalecer,
inclusivamente,
para além de
quaisquer
documentos
assinados; gera
expectativas
quanto aos
resultados que,
legitimamente,
desejados para
as partes
celebrantes do
protocolo, que
poderá e deverá
beneficiar
instituições,
comunidades,
grupos, famílias
e pessoas
individualmente
consideradas.
Uma parceria
envolve apenas e
tão só os
outorgantes de
um determinado
acordo,
protocolo ou
negócio e,
eventualmente,
fiadores, quando
os houver, mas,
em primeira
instância, é
entre os
parceiros que se
deve dirimir a
situação quando
uma das partes
não cumpre com o
clausulado que
livre e
voluntariamente
assinou e que a
outra parte,
imbuída de
boa-fé e
honestidade
moral, ética e
intelectual,
acreditou e
subscreveu.
Acontece, por
vezes, que
muitas pessoas
e/ou
instituições
ficam
extremamente
lesadas por
confiarem
noutras pessoas
e/ou
instituições, o
que não é
correto, nem
justo, nem
legal, e
acredita-se que
este tipo de
parcerias,
quando uma das
partes não honra
os compromissos,
revela que não
será credível, e
que de alguma
forma está a
prejudicar,
dolosamente, a
outra parte com
quem estabeleceu
um compromisso,
assinado,
validado por
instâncias
superiores,
testemunhado e,
aparentemente,
de boa-fé.
Ainda um exemplo
se pode trazer à
colação.
Aborde-se um
contrato de
trabalho,
estabelecido
entre uma
entidade
pública, que até
se pode designar
por Estado, ou
uma empresa
privada e um
cidadão/trabalhador.
O primeiro
outorgante, na
circunstância,
invoquemos o
Estado,
representado por
um governo
legítimo e,
supostamente,
pessoa de bem.
O trabalhador,
porque necessita
ganhar a vida,
até assina, por
força das
circunstâncias,
coercivamente,
todo o
clausulado,
assume os
respectivos
deveres e
direitos,
perspectiva, a
partir de então,
toda a sua
carreira
profissional, a
sua própria vida
e a dos seus
dependentes e,
confiando na
segurança do
Direito e no
cumprimento do
acordo, assume
compromissos,
com base num
pacto que
considera sério
e que ele
próprio cumpre
integralmente.
Entretanto, a
outra parte,
normalmente
primeira
outorgante no
contrato de
trabalho, quando
muito bem lhe
apetece, de
forma unilateral
e prepotente,
altera o
clausulado do
acordo inicial e
impõe novas
regras ao
segundo
outorgante, a
parte mais fraca
e indefesa, o
trabalhador,
retirando-lhe
direitos,
subtraindo-lhe
rendimentos e,
insensivelmente,
enviando-o para
o desemprego,
como se costuma
dizer: “com
uma mão atrás,
outra adiante”.
Onde estão a
credibilidade, a
boa-fé, a
honestidade
moral, ética e
intelectual, a
lealdade e a
reciprocidade
deste tipo de
primeiro
outorgante que,
despótica e
inapelativamente,
altera as regras
que,
inicialmente,
ele próprio
impôs ao segundo
outorgante, na
circunstância, o
funcionário/trabalhador?
Onde está a
segurança do
Direito? Onde
está a
estabilidade dos
acordos/protocolos
celebrados? Onde
estão as pessoas
de bem, de
palavra de
honra? Para onde
vão parar as
promessas, por
exemplo,
publicamente
feitas em certos
períodos
eleitorais e por
determinadas
pessoas que se
preocupam,
apenas, com a
“cadeira do
poder”? Que
pessoas,
instituições e
países são estes
com sociedades
tão
propaladamente
qualificadas de
civilizadas,
democráticas,
respeitadoras
dos direitos
humanos e dos
valores da ética
e da moralidade?
Onde estão a
Dignidade e o
Respeito pela
pessoa Humana?
Os acordos,
protocolos,
convenções,
leis, normas
jurídicas e de
conduta social,
valores, regras,
princípios,
sentimentos e
emoções são para
se cumprir e
respeitar,
respectivamente.
Os compromissos
são para se
honrar e os
abusos do poder,
qualquer que
este seja, são
inaceitáveis,
desumanos e
revelam bem o
caráter das
pessoas e
instituições que
não os honram,
nem sequer as
suas próprias
assinaturas, nem
a palavra de
honra, nem a
dignidade de
reconhecer,
muito menos de
admitir os
erros.
Pessoas e
instituições que
não têm a
humildade e a
generosidade de
manifestar
sentimentos de
arrependimento,
de solidariedade
para com aqueles
a quem
atraiçoaram, nem
a gratidão de se
saberem,
desculpados,
apesar de terem
seduzido com
falsas
promessas. Que
pessoas, que
instituições são
estas que, bem
vistas as
coisas, são umas
minorias, nas
quais, uma
maioria,
generosa,
honesta e de
boa-fé
acreditara.
A crise, de
fato, é muito
profunda: é de
princípios, de
valores, de
sentimentos, de
emoções, de
caráter. É uma
crise imposta
por quem,
abusando da
benevolência, da
esperança numa
vida melhor tão
prometida, tudo
subverte, tudo
nega, tudo impõe
coerciva e
cruelmente,
ainda que
conduza à
miséria, à fome,
aos sem-abrigo e
ao suicídio.
Para onde
caminha esta
civilização
milenar, que
sempre foi tão
admirada,
respeitada e
tentadoramente
imitada nos seus
pilares mais
profundos: o
Cristianismo, o
Direito e a
Democracia.
Afinal, para
onde se caminha,
meus caros
concidadãos?
Blog Pessoal:
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