Agenda Cristã
André Luiz
(Parte
1)
Iniciamos nesta edição
o
estudo sequencial do
livro Agenda Cristã,
obra de
autoria de André Luiz,
psicografada pelo
médium Francisco Cândido
Xavier em 1947 e
publicada pela
Federação Espírita
Brasileira em 1948.
Questões preliminares
A. Que contém o livro
Agenda Cristã?
Trata-se de pequeno
curso de Espiritualidade
em que André Luiz
apresenta a palavra do
plano em que vive, onde
se aprende que o milagre
da perfeição é obra de
esforço, conhecimento,
disciplina, elevação,
serviço e aprimoramento
no templo do próprio
“eu”. Não se trata,
portanto, de manual
pretensioso, mas tão
somente a lembrança dos
antigos ensinos do
Mestre, em novo
acondicionamento verbal,
de modo a recordarmos
que o Reino Divino —
edificação de Deus no
Homem — em verdade
jamais surgirá no mundo
por aparências
exteriores. (Prefácio
de Emmanuel.)
B. Ao falar do tempo e
do trabalho, qual a
recomendação de André
Luiz?
Ele recomenda que
valorizemos o tempo e
metodizemos o trabalho,
cientes de que cada dia
tem as suas obrigações.
(Agenda Cristã, cap. 2.)
C. Com relação à
convivência social, que
nos propõe André Luiz?
Concordar com os
adversários, respeitar a
opinião dos vizinhos,
evitar contendas
desagradáveis
e jamais impor nossos
pontos de vista. “Lembre-se
– diz André Luiz – de
que o mundo não foi
feito apenas para você.”
(Agenda Cristã, cap. 2.)
Texto para leitura
1.
Informando o Leitor
– Legiões de
companheiros procuram
diretrizes, preocupados
em traçar caminhos
exteriores. Estimariam
receber do plano
espiritual sugestões
diretas que os elevassem
às culminâncias da
vitória fácil.
Desejariam reajustar os
negócios que lhes dizem
respeito, modificar
intempestivamente a
atitude mental de
pessoas queridas,
penetrar o segredo das
circunstâncias
improvisadas na
aplicação do
livre-arbítrio alheio, à
custa de pareceres dos
irmãos desencarnados,
habitantes de outros
círculos. (Prefácio
de Emmanuel.)
2. Entretanto, indivíduo
algum fugirá à
experiência, cuja função
é ensinar e melhorar
sempre. Em face de
semelhante realidade,
qualquer orientação sem
base na harmonia íntima
não passará de simples
jogo de palavras.
(Prefácio de Emmanuel.)
3. O homem renovado para
o bem é a garantia
substancial da
felicidade humana. Eis
por que, antes de tudo,
é imprescindível o
engrandecimento do ser,
diante da vida e do
Universo,
invariavelmente tocados,
nos menores ângulos,
pelas maravilhas
divinas. (Prefácio
de Emmanuel.)
4. Como orientar
acontecimentos, conduzir
providências, controlar
manifestações ou
harmonizar elementos
para determinados fins,
sem equilíbrio na fonte
de efeitos, situações e
ocorrências, sediada em
nós mesmos? (Prefácio
de Emmanuel.)
5. O indígena
transportado a um
palácio de cultura
moderna não poderá, de
modo algum, exigir que a
Civilização regresse à
taba para satisfazer-lhe
a compreensão
deficiente, cabendo-lhe,
ao contrário, o dever
de educar-se a fim de
entender o progresso do
mundo. (Prefácio de
Emmanuel.)
6. O astrônomo, chumbado
ao solo do Planeta, não
solicitará às estrelas o
abandono da rota que as
leis cósmicas lhes
assinalam no campo
infinito, competindo-lhe
a obrigação de aprimorar
os aparelhos de óptica,
de maneira a alcançar
seus objetivos, ante a
grandeza celeste.
(Prefácio de Emmanuel.)
7. O homem, herdeiro do
Céu, refletirá sempre a
Paternidade Divina, no
nível em que se
encontra. (Prefácio
de Emmanuel.)
8. Fujamos, assim, aos
velhos propósitos de
conseguir veludoso
acesso aos benefícios
baratos. Inegável o
imperativo da
colaboração na jornada
evolutiva. (Prefácio
de Emmanuel.)
9. Em todos os
departamentos do
Universo, conheceremos
benfeitores e
beneficiados. A própria
hierarquia, para ser
bem vivida,
fundamentar-se-á em
princípios de
solidariedade. No
entanto, se não é lícito
menosprezar o favor, não
devemos viciar a
proteção. (Prefácio
de Emmanuel.)
10. É compreensível o
socorro sistemático à
plantinha tenra, como é
natural a escora
destinada ao vegetal
benfeitor sobrecarregado
de frutas. Nós outros,
porém, afeitos à
revelação da
imortalidade, não somos
detentores senão de
conhecimentos puramente
embrionários e estamos
longe da superprodução
nos setores do bem.
(Prefácio de Emmanuel.)
11. Somos Espíritos
humanos distanciados da
inexperiência original,
mas baldos de virtudes,
sob a justa necessidade
de iluminar a
consciência, aprimorar
sentimentos e
aperfeiçoar qualidades
individuais, para que
não estejamos recebendo,
em vão, as bênçãos do
Senhor. (Prefácio de
Emmanuel.)
12. Este pequeno curso
de Espiritualidade que
André Luiz apresenta não
é presunçoso ementário
de recomendações
rigoristas. É mensagem
amiga para companheiros
que reclamam diretrizes
das entidades
espirituais, como se o
verdadeiro trabalho
salvacionista residisse
fora deles mesmos. Ele
apresenta a palavra do
nosso plano de luta,
onde aprendemos que o
milagre da perfeição é
obra de esforço,
conhecimento,
disciplina, elevação,
serviço e aprimoramento
no templo do próprio
“eu”. Não se trata,
portanto, de manual
pretensioso.
(Prefácio de Emmanuel.)
13. Aqui você observará
somente a lembrança dos
antigos ensinos do
Mestre, em novo
acondicionamento verbal,
de modo a recordarmos
com Ele que o Reino
Divino — edificação de
Deus no Homem — em
verdade jamais surgirá
no mundo por aparências
exteriores. (Prefácio
de Emmanuel.)
14. Imperativos
cristãos – Aprende —
humildemente. Ensina —
praticando. Administra —
educando. Obedece —
prestativo. Ama —
edificando. Teme — a ti
mesmo. Sofre —
aproveitando. Fala —
construindo. Ouve — sem
malícia. Ajuda —
elevando. Ampara —
levantando. (Agenda
Cristã, cap. 1.)
15. Passa — servindo.
Ora — serenamente. Pede
— com juízo. Espera —
trabalhando. Crê —
agindo. Confia —
vigiando. Recebe —
distribuindo. Atende —
com gentileza. Coopera —
sem apego. Socorre —
melhorando. Examina —
salvando. Esclarece —
respeitoso. Semeia — sem
aflição. (Agenda
Cristã, cap. 1.)
16. Estuda —
aperfeiçoando. Caminha —
com todos. Avança —
auxiliando. Age — no bem
geral. Corrige — com
bondade. Perdoa —
sempre. (Agenda
Cristã, cap. 1.)
17. Princípios
redentores –
Não se esqueça de que
Deus é o tema central de
nossos destinos.
Deseje o bem dos outros,
tanto quanto deseja o
próprio bem.
Concorde imediatamente
com os adversários.
Respeite a opinião dos
vizinhos.
Evite contendas
desagradáveis.
(Agenda Cristã, cap. 2.)
18. Empreste sem aguardar
restituição. Dê seu
concurso às boas obras,
com alegria. Não se
preocupe com os
caluniadores. Agradeça
ao inimigo pelo valor
que ele lhe atribui.
(Agenda Cristã, cap. 2.)
19.
Ajude as crianças.
Não desampare os velhos
e doentes.
Pense em você, por
último, em qualquer jogo
de benefícios.
(Agenda Cristã, cap. 2.)
20.
Desculpe sinceramente.
Não critique a ninguém.
Repare seus defeitos,
antes de corrigir os
alheios.
Use a fé e a prudência.
Aprenda a semear,
preparando boa ceifa.
Não peça uvas ao
espinheiro. (Agenda
Cristã, cap. 2.)
21.
Liberte-se do peso de
excessivas convenções.
Cultive a simplicidade.
Fale o menos possível,
relativamente a você e a
seus problemas.
Estimule as qualidades
nobres dos companheiros.
Trabalhe no bem de
todos. (Agenda
Cristã, cap. 2.)
22.
Valorize o tempo.
Metodize o trabalho,
sabendo que cada dia tem
as suas obrigações.
Não se aflija.
Sirva a toda gente sem
prender-se.
Seja alegre, justo e
agradecido. (Agenda
Cristã, cap. 2.)
23.
Jamais imponha seus
pontos de vista.
Lembre-se
de que o mundo não foi
feito apenas para você.
(Agenda Cristã, cap. 2.)
24.
As ciências sociais de
hoje apresentam
semelhantes princípios
como novidades. No
entanto, são antigos.
Chegaram à Terra com o
Cristo, há quase vinte
séculos. Nós outros,
porém,
Espíritos
atrasados no
entendimento, somos
ainda tardios na
aplicação. (Agenda
Cristã, cap. 2.)
(Continua no próximo
número.)