Se os vícios de linguagem,
como vimos na semana
passada, tornam feio ou
desfiguram o que escrevemos
e falamos, diferentemente
ocorre com as chamadas
figuras de linguagem,
cujo objetivo é conferir
expressividade ao texto.
Os especialistas dividem as
figuras de linguagem em três
categorias:
1. Figuras de palavras ou
tropos.
2. Figuras de pensamento.
3. Figuras de construção.
Vejamos nesta edição algo
pertinente à primeira –
figuras de palavras –,
que se dividem em sete
tipos: metáfora, comparação,
metonímia, sinédoque,
catacrese, antonomásia e
sinestesia.
Eis o que significam as
figuras de palavras a que
nos reportamos:
1. Metáfora – uso de
uma palavra com o
significado de outra em face
de uma relação de
similaridade: “Fazer esse
trabalho é sopa”.
2. Comparação –
semelhante à metáfora, é o
uso de palavra com o
significado de outra,
ligados os elementos por
uma partícula comparativa:
“A felicidade é como uma
pluma que voa sem parar”.
3. Metonímia – uso de
uma palavra com o
significado de outra devido
a uma relação de
causalidade: “O jovem tocava
muito bem Chopin e outros
clássicos”.
4. Sinédoque – uso de
uma palavra com o
significado de outra, em
face de uma relação de
proximidade entre o que elas
representam: “A mão que
embala o berço é a mesma que
agride”.
5. Catacrese – é a
metáfora que, de tanto
utilizada, se encontra
desgastada, tendo perdido,
portanto, o sentido
metafórico: “Enterrou no
dedo um alfinete”.
6. Antonomásia –
substituição do nome próprio
de uma pessoa por uma
característica que a tornou
conhecida: “Faleceu em
Londres a Dama de Ferro”.
(Como se sabe, Margaret
Thatcher, que faleceu em
2013, era assim conhecida no
meio político.)
7. Sinestesia –
consiste em reunir ou
agrupar sensações
originárias de diferentes
órgãos de sentido: “Os
carinhos da esposa não
tinham mais o gosto dos
primeiros tempos”.