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Internacional
Ano 9 - N° 459 - 3 de Abril de 2016
JÚLIO ZACARCHENCO
juliokachenco@gmail.com
Sumaré, SP (Brasil)
 


Divaldo Franco: “Pense no bem, ame sempre! E seja feliz!”

Em visita à Califórnia (Estados Unidos), Divaldo Franco falou aos espíritas das cidades de São Francisco, San  Diego e Los Angeles

 
De 15 a 18 de março, o orador espírita Divaldo Franco voltou à Califórnia (Estados Unidos), onde falou a um público numeroso e interessado nas cidades de São Francisco, San Diego e Los Angeles.
 

A primeira cidade visitada foi São Francisco, onde, no dia 15, ele ministrou minisseminário sobre o tema “O Poder do Pensamento no Processo de Cura”. O evento foi sediado na “First Unitarian Universalist Church & Center” e contou com a presença de mais de 330 pessoas, que lotaram o espaço.

Após comovente apresentação da soprano Valerie, Divaldo foi convidado a receber uma placa de homenagem dos grupos espíritas do Norte da Califórnia, em virtude de sua vida e de sua dedicação à causa espírita, especialmente pelo trabalho realizado naquele Estado. Suas palavras foram de profunda gratidão pelo gesto carinhoso, transferindo, no entanto, o laurel a Jesus e a Kardec. 

O poder do pensamento na cura – Na sequência, o orador iniciou a abordagem do tema estabelecendo que o maior problema da criatura humana é ela própria, isto é, os conflitos que nela existem. E, a fim de possibilitar-se uma compreensão mais profunda a respeito do assunto, foram analisadas as 5 características essenciais do ser humano, segundo a proposta do médico psiquiatra e psicólogo cubano Emilio Mira y López: personalidade, conhecimento, identificação, consciência e individualidade.

De acordo com esse estudo, todos teríamos máscaras (personas) que utilizamos para a convivência social, que seriam o nosso ego e que se distinguiriam da nossa realidade

profunda, daquilo que somos na essência (Self). Esse paradoxo entre o ser e o parecer representaria um dos grandes conflitos existenciais a serem vencidos pelo ser humano.

Para o entendimento das enormes diferenças entre os indivíduos e suas maneiras de pensar e agir, Divaldo discorreu sobre os 4 principais níveis de consciência do ser, dentro da classificação do psicólogo russo Piotr D. Ouspensky: consciência de sono, consciência de sonho, consciência de si e consciência cósmica. As aspirações de cada um, os seus objetivos de vida, são os fatores que determinam em que nível cada pessoa se encontra.

Seguindo na análise da consciência, foi esclarecido que, ao atingirmos o nível de consciência de si, a máquina humana funcionaria executando 7 funções principais: intelectiva, emocional, instintiva, motora, sexual, emocional superior (moral) e intelectiva superior ou coletiva. Fácil, portanto, depreender que a educação do Espírito, por meio do desenvolvimento de hábitos saudáveis e nobres, seria o caminho para se atingir patamares mais elevados de consciência.

A última característica do ser humano apresentada foi a individualidade, a qual seria a representação junguiana do Self, ou seja, do ser espiritual profundo em perfeita identificação com Deus.

Divaldo enfatizou que o entendimento desse preâmbulo seria de fundamental importância para o processo de cura através da força do pensamento. Segundo ele, o Espiritismo demonstrou que somos seres divinos e imortais, temporariamente vinculados a um corpo físico por meio de um outro elemento, o perispírito ou corpo espiritual. Dentro dessa tríade - alma, perispírito e organismo físico -, seria o primeiro elemento o criador e emissor do pensamento, o qual impulsionaria as funções do corpo espiritual que, por sua vez,  ordenaria as atividades fisiológicas, em perfeita e profunda interação.

Dessa forma, seria correto afirmar que somos o que pensamos e que nossa saúde integral (física, emocional e espiritual) depende diretamente do controle e do teor de nossos pensamentos, os quais controlariam as já referidas funções da máquina humana.

Nesse contexto, a mensagem de Jesus a respeito do amor a Deus, ao próximo e a si mesmo funcionaria como terapia psicológica de profundidade com efeitos sobre a saúde orgânica, uma vez que a força do pensamento positivo do amor modificaria as estruturas moleculares do corpo espiritual, equilibrando as suas funções e restaurando, por via de consequência, o equilíbrio do corpo físico. 

Em contrapartida, os pensamentos negativos, pessimistas, depressivos, gerariam cargas deletérias sobre o perispírito, cujos reflexos sobre o organismo carnal seriam o seu enfraquecimento e desequilíbrio, ensejando nele os estados morbíficos. A educação do pensamento seria, portanto, essencial para o processo de cura integral do ser humano, evitando-se as perturbações causadas pelo individualismo, pelo consumismo, pela sexolatria, pela ansiedade etc.

Por essa razão e com base na imortalidade da alma, na reencarnação e na lei de causa e efeito, fora dito que o Espiritismo afirma que cada qual é autor de seu próprio destino, recebendo hoje os frutos da própria semeadura e preparando o futuro com os pensamentos e as ações do presente.

Divaldo destacou a afirmativa do psiquiatra Carl Gustav Jung, que assevera ser Jesus o protótipo do homem integral, plenamente saudável. Não por outra razão, os Espíritos nobres informaram a Allan Kardec, na obra O Livro dos Espíritos, que Jesus é o modelo e guia de toda a Humanidade. A proposta apresentada por Ele em seu Evangelho, que significa “boas novas de alegria”, seria toda de otimismo, progresso e saúde.

Foram abordados os conteúdos das obras “Amor, Medicina e Milagres”, de autoria do oncologista Dr. Bernie Siegel, e “Memória das Células”, do psiconeuroimunologista Dr. Paul Pearsall, além das pesquisas científicas realizadas pelo Dr. Michael Persinger e Dr. Vilayanur Ramachandran, neurocientistas que descobriram o denominado “Ponto de Deus” no cérebro humano,  e pela Dra. Danah Zohar, física que falou por primeira vez da existência da inteligência espiritual, estabelecendo-se, dessa maneira, uma ponte entre a Ciência e o Espiritismo e demonstrando-se que ambos os conhecimentos estão em perfeita sintonia entre si e apontam o ser profundo que somos como a fonte geradora da saúde integral.

Divaldo concluiu sua dissertação reafirmando que podemos realizar os processos de cura e autocura através do poder mental bem canalizado e que somos todos filhos de Deus, portanto, seres lucigênitos, em franco processo de evolução espiritual, eliminando nossas imperfeições morais e clareando nossas sombras psicológicas por meio das experiências reencarnatórias, até que atinjamos o estado numinoso.

Na parte final do minisseminário, foram respondidas perguntas do público a respeito de tópicos tais quais: meditação como recurso terapêutico; cura e autocura; necessidade das terapias acadêmicas; transição planetária e saúde integral etc. 

Em San Diego o tema foi pensamento e cura – Na quinta-feira, 17/03, o médium e orador espírita Divaldo Franco realizou uma conferência na cidade de San Diego, Califórnia, sobre o tema “Pensamento e Cura”. O evento foi realizado no auditório do Hotel La Jolla Sheraton e contou com a participação de 200 pessoas. 

A conferência foi iniciada com uma análise do pensamento filosófico ao longo dos séculos em torno das questões fundamentais da vida: quem somos; de onde viemos; para onde vamos após a morte física; qual o sentido da existência? 

Esse estudo englobou as filosofias ocidental e oriental, destacando-se o pensamento das correntes espiritualista e atomista do Ocidente, desde os filósofos pré-socráticos, como Leucipo e Demócrito, mais tarde, Sócrates, Platão, Aristóteles, Lucrécio, e também o pensamento das doutrinas orientais como o Hinduísmo e o Budismo, demonstrando-se que, conquanto algumas escolas filosóficas apregoassem o materialismo como verdade, os fundamentos da vida imortal, da interação entre o mundo espiritual e o mundo físico, da reencarnação e da lei de causa e efeito, sempre fizeram parte das diversas culturas no planeta, sendo muito mais robustos e lógicos do que os que defendiam a legitimidade das doutrinas materialistas.

A vida do príncipe Siddhartha Gautama serviu como base para as reflexões em torno das questões da felicidade e do bem-estar físico, emocional e espiritual.  Antes de iluminar-se, Buda vivia faustosamente e, no entanto, era infeliz e sentia um grande vazio existencial. Foi necessário que ele realizasse a viagem interior e o autodescobrimento para, então, encontrar o equilíbrio e viver plenamente. 

Após, foram estudadas as quatro principais propostas filosóficas sobre a felicidade: o pensamento de Epicuro, que defendia que a felicidade obtém-se com o “ter”, a posse; a proposta da doutrina cínica, que se opunha frontalmente à anterior, afirmando que a felicidade estaria em não se ter posse nenhuma; o Estoicismo, que defendia a necessidade de se ter coragem para se enfrentar todo e qualquer sofrimento, em qualquer circunstância da vida; e, por fim, a proposta socrática, a dizer que a felicidade está em “ser”, em o indivíduo desenvolver em si os valores ético-morais, autoconhecendo-se e iluminando-se.

Aprofundando-se mais no pensamento da filosofia oriental, o orador referiu-se às 4 verdades budistas, esclarecendo que a existência física é sempre cheia de sofrimentos e que estes decorrem das paixões, ou, ainda, das más inclinações morais dos indivíduos, sendo que a eliminação dessas dores depende da superação das tendências inferiores. Para tal realização, segundo a proposta budista, existe um caminho para o encontro da Verdade, que libertaria o ser da ignorância e lhe propiciaria os recursos necessários para o trabalho de aperfeiçoamento moral e espiritual. Esse caminho seria composto de 8 elementos ou passos.

Numa análise comparativa entre as diferentes doutrinas religiosas e filosóficas e a mensagem de Jesus, foi ressaltado que na proposta cristã o sofrimento é apresentado sob um aspecto diferente, porque deixa de ser algo negativo, punitivo, para adquirir um “status” positivo, de superação das más inclinações e de aquisição de valores superiores.

Seguindo, ainda, no estudo da mensagem do Evangelho de Jesus, Divaldo recordou o ensinamento que afirma que o Reino dos Céus está dentro da criatura humana, ou seja, constitui um estado interior de plenitude, conquistado mediante o esforço individual de iluminação espiritual. Em um paralelo com o pensamento junguiano, falar-se-ia em transmutação da sombra do ego em Self.

Portanto, seria imprescindível para o ser encontrar um sentido psicológico profundo para a sua existência. Para os psiquiatras Carl Gustav Jung e Viktor Frankl, segundo elucidado, a meta psicológica mais notável e de efeitos positivos seria amar. Esse conceito encontrar-se-ia abarcado na proposta da imortalidade da Doutrina Espírita, que recomenda o amor como o meio de se alcançar a vida espiritual em plena harmonia. 

Como recurso de auxílio para o processo de autoconhecimento e de autoiluminação, Divaldo discorreu sobre as 5 características essenciais do ser humano, de acordo com os estudos do psiquiatra e psicólogo cubano Emilio Mira y López: personalidade, conhecimento, identificação, consciência e individualidade.

Embasado nesse conhecimento e utilizando-se, também, dos conceitos espíritas, o orador asseverou que somos o que pensamos e que, dessa forma, se pensarmos negativamente, de maneira pessimista, a nossa mente emitirá ondas vibratórias desagregadoras, que serão transmitidas pelo perispírito ao corpo físico, em somatização, gerando a enfermidade; e que o contrário é verdadeiro, que os bons pensamentos, que o otimismo, geram ondas salutares, que promovem a cura e o estado de equilíbrio e saúde no corpo. 

Na parte conclusiva da conferência, Divaldo ressaltou a excelência do Espiritismo, que, segundo exposto, revive a mensagem pura e simples do Evangelho de Jesus, a qual, na atualidade, é considerada pela própria Ciência como a mais profunda e eficiente psicoterapia de todos os tempos, ensejando-nos compreender a nossa realidade espiritual, a nossa imortalidade, a reencarnação e a lei de causa e efeito , que é o fundamento da justiça divina. 

Evocando-se a resposta dadas pelos Espíritos Superiores a Kardec, na pergunta de número 621 da obra O Livro dos Espíritos, foi dito que a lei universal divina está registrada em nossa consciência e que, por isso, todos temos em nosso íntimo as diretrizes seguras para uma vida plena, feliz e em paz, assim como os recursos para a cura de todos os males que nos afligem, sejam eles físicos, emocionais ou espirituais.

A mensagem final deixada para as reflexões de todos foi: pense no bem, ame sempre! E seja feliz!

Após o intervalo, Divaldo respondeu a perguntas formuladas pelo público sobre: convivência com familiares depressivos; mudança de atitude mental; cultivo de bons pensamentos; crises políticas e sociais; superação da dor da desencarnação de entes queridos, dentre outras.  

A felicidade foi o tema de Los Angeles – Na sexta-feira, 18/03, o médium e orador espírita Divaldo Franco encerrou mais um ciclo de atividades doutrinárias no Estado da Califórnia, com um seminário na cidade de Los Angeles, que versou sobre o tema “A Felicidade na Visão do Espiritismo”. O belíssimo auditório do “Olympic Collection Conference Center” ficou completamente lotado, com a presença de 250 pessoas.

Os espíritas da Califórnia homenagearam o médium pelas décadas de visitas ininterruptas àquele Estado, durante as quais prestou extraordinário serviço de implantação, amparo e expansão do movimento espiritista regional. Reconhecido, ele agradeceu o gesto gentil e transferiu o mérito a Allan Kardec, o codificador do Espiritismo.

O registro histórico do século VI a.C., referente à vida do rei Creso, da Lídia, serviu como introdução para o tema da noite. Conforme narrado, Creso vivia na capital de seu reino, Sardes, com seus dois filhos. Acreditava-se plenamente feliz, pois que era o homem mais rico do planeta. Certa feita, o rei convidou o grande filósofo Sólon para visitar seu palácio. Após mostrar-lhe a sua imensa fortuna, falar da grandeza de seu reino e de seu poder, perguntou-lhe se conhecia alguém mais feliz do que ele, recebendo uma resposta afirmativa. Contrariado, reformulou a questão, indagando a respeito de quem seria, então, a segunda pessoa mais feliz do mundo. Novamente, seu nome não foi indicado pelo filósofo, o que lhe causou profunda revolta. Sólon aproveitou a oportunidade para oferecer-lhe uma grande reflexão, afirmando que somente seria possível verificar-se se uma pessoa realmente foi feliz após a sua morte, já que antes disso muitos fatores poderiam, de um minuto para outro, alterar a sorte de uma vida. O ensinamento recebido foi profético. Creso houvera, oportunamente, requisitado de seus ministros que procurassem os médiuns, pitonisas, videntes, mais importantes de diversas regiões, a fim de testar a autenticidade dos fenômenos ditos paranormais.

Após todos retornarem a Sardes para apresentarem ao rei as informações colhidas, constatou-se que a médium de Delfos era, de fato, autêntica. De lá, chegaram os avisos para Creso de que ele não teria sucessores legítimos no trono, uma vez que o filho surdo-mudo estaria naturalmente impedido de assumir a função e o outro desencarnaria tragicamente, e de que um grande império estaria para ruir. E assim ocorreu. O filho sem limitações físicas morreu em um trágico acidente. O rei, acreditando, equivocadamente, que a referência sobre o império a ruir seria do persa, decidiu guerrear contra ele, caindo, porém, derrotado. Mas algo inusitado acontecera nesse episódio. Após perder a batalha, Creso retornou para seu palácio e , ali, em uma sacada, contemplando as terras destruídas, não percebeu que um soldado inimigo houvera adentrado o local; quando este preparava-se para arremessar uma lança, o outro filho do rei da Lídia, que era surdo-mudo, numa reação surpreendente, deu um grito, pedindo que não matassem o pai. O soldado titubeou e ao fazer o arremesso, errou o alvo. O rei foi preso com a família, mas quando estavam para ser mortos, ele pronunciou em voz alta o nome de Sólon e repetiu a frase que lhe houvera sito dita. Naquele dado instante, Ciro, o rei dos persas, passava por ali e ouviu a menção ao filósofo, de quem era profundo admirador. Ao saber daquele encontro entre Creso e Sólon, o comandante dos persas decidiu libertar a família do rei vencido e torná-lo seu servo.

Esse fato, narrado pelo historiador grego Heródoto de Halicarnasso e que traz as comprovações históricas da paranormalidade/mediunidade, bem descreve a impermanência da existência física, a sua fragilidade, a ilusão das conquistas mundanas e as alternâncias das situações da vida material.

Aproveitando-se desse contexto, o orador questionou sobre o que seria a verdadeira felicidade e onde encontrá-la. Explicou que para determinada corrente filosófica, a felicidade constituir-se-ia em ter coisas, ter poder; para outra vertente da Filosofia, ela seria a total ausência de posses materiais; haveria, também, aqueles que defenderiam a tese de que a felicidade residiria no enfrentamento silencioso de todo sofrimento, sempre e em qualquer circunstância. Entretanto, a vida do rei Creso demonstraria que todas essas teorias seriam incorretas.

Divaldo apresentou a advertência do grande psicólogo existencialista estadunidense Rollo May, que afirmou que vivemos numa época de enorme ansiedade e de consumismo, evidenciando os conflitos íntimos e o vazio existencial que trazemos em nós.  O desejo de estar em diferentes lugares ao mesmo tempo, o estresse, a agitação do cotidiano, a rotina, os relacionamentos sociais e afetivos virtuais, em detrimento do contato humano, as ilusões das comunicações pela internet, das redes sociais, a sexolatria, o individualismo, seriam as provas de nosso desequilíbrio interior e os elementos impeditivos da felicidade.

Por conta desse panorama da sociedade mundial é que se concluiria que as crises de toda ordem que contemplamos no planeta nada mais seriam do que a crise moral do indivíduo. E, assim, a solução não poderia ser exterior, senão uma medida íntima de transformação moral individual para melhor. 

Como embasamento científico de suas colocações, o conferencista destacou a proposta dos reconhecidos psiquiatras Viktor Frankl, Carl Gustav Jung e Milton Erickson, que afirmam ser indispensável para o ser humano eleger e vivenciar uma meta psicológica profunda para a sua existência, a fim de viver em equilíbrio e feliz. A ausência de uma meta profunda acarretaria frustrações e vazio existencial, que levariam o indivíduo a estados perturbadores, incluindo a depressão e outros transtornos psicológicos e psiquiátricos.

Por fim, Divaldo apresentou a visão espírita da felicidade,  que, em perfeita consonância com a Ciência, convidaria a criatura humana à viagem interior do autoconhecimento, a fim de que cada pessoa pudesse identificar as suas más inclinações morais e domá-las, substituindo-as, paulatinamente, por pensamentos e comportamentos morais saudáveis, geradores de harmonia e paz. Para o Espiritismo – afirmou-, a felicidade é perfeitamente possível de ser experienciada em nossa vida, sendo necessário, contudo, que eliminemos as ilusões e faceemos a nossa realidade imortalista, realizando todos os esforços para o aperfeiçoamento moral e espiritual. A certeza da existência do Deus bom, misericordioso e justo, da imortalidade da alma, da interação constante entre os mundos físico e espiritual, da pluralidade de oportunidades reencarnatórias para o aperfeiçoamento do Espírito, e mais os recursos terapêuticos contidos no Evangelho de Jesus seriam um tesouro de inestimável valor a nos guiar para a conquista da verdadeira felicidade.

O seminário foi encerrado com o convite para que cada qual despertasse em si a consciência de que somente nos acontece aquilo que seja de melhor para o nosso processo de evolução e de que o Amor é a força mais poderosa do Universo, capaz de transmudar dor em alegria, trevas em luz e perturbação em paz, em nossas vidas e nas de nossos irmãos de Humanidade. Por isso, exortou o palestrante: “seja feliz, hoje!”

Na segunda parte do seminário, foram respondidas perguntas do público sobre traumas de infância, perdão e autoperdão, aliança do Espiritismo com a Ciência, crise política no Brasil,  felicidade face aos sofrimentos morais e físicos, dentre outras.  


Texto: Júlio Zacarchenco.

Fotos: Lucimar e Akemi Adams.



 


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