Divaldo
Franco: “Pense
no bem, ame
sempre! E seja
feliz!”
Em visita à
Califórnia
(Estados
Unidos), Divaldo
Franco falou aos
espíritas das
cidades de São
Francisco, San
Diego e Los
Angeles
De 15 a 18 de
março, o orador
espírita Divaldo
Franco voltou à
Califórnia
(Estados
Unidos), onde
falou a um
público numeroso
e interessado
nas cidades de
São Francisco,
San Diego e Los
Angeles.
A primeira
cidade visitada
foi São
Francisco, onde,
no dia 15, ele
ministrou
minisseminário
sobre o tema “O
Poder do
Pensamento no
Processo de
Cura”. O evento
foi sediado na
“First Unitarian
Universalist
Church & Center”
e contou com a
presença de mais
de 330 pessoas,
que lotaram o
espaço.
Após comovente
apresentação da
soprano Valerie,
Divaldo foi
convidado a
receber uma
placa de
homenagem dos
grupos espíritas
do Norte da
Califórnia, em
virtude de sua
vida e de sua
dedicação à
causa espírita,
especialmente
pelo trabalho
realizado
naquele Estado.
Suas palavras
foram de
profunda
gratidão pelo
gesto carinhoso,
transferindo, no
entanto, o
laurel a Jesus e
a Kardec.
O poder do
pensamento na
cura –
Na sequência, o
orador iniciou a
abordagem do
tema
estabelecendo
que o maior
problema da
criatura humana
é ela própria,
isto é, os
conflitos que
nela existem. E,
a fim de
possibilitar-se
uma compreensão
mais profunda a
respeito do
assunto, foram
analisadas as 5
características
essenciais do
ser humano,
segundo a
proposta do
médico
psiquiatra e
psicólogo cubano
Emilio Mira y
López:
personalidade,
conhecimento,
identificação,
consciência e
individualidade.
De acordo com
esse estudo,
todos teríamos
máscaras
(personas) que
utilizamos para
a convivência
social, que
seriam o nosso
ego e que se
distinguiriam da
nossa realidade
|
|
profunda,
daquilo que
somos na
essência (Self).
Esse paradoxo
entre o ser e o
parecer
representaria um
dos grandes
conflitos
existenciais a
serem vencidos
pelo ser humano. |
Para o
entendimento das
enormes
diferenças entre
os indivíduos e
suas maneiras de
pensar e agir,
Divaldo
discorreu sobre
os 4 principais
níveis de
consciência do
ser, dentro da
classificação do
psicólogo russo
Piotr D.
Ouspensky:
consciência de
sono,
consciência de
sonho,
consciência de
si e consciência
cósmica. As
aspirações de
cada um, os seus
objetivos de
vida, são os
fatores que
determinam em
que nível cada
pessoa se
encontra.
Seguindo na
análise da
consciência, foi
esclarecido que,
ao atingirmos o
nível de
consciência de
si, a máquina
humana
funcionaria
executando 7
funções
principais:
intelectiva,
emocional,
instintiva,
motora, sexual,
emocional
superior (moral)
e intelectiva
superior ou
coletiva. Fácil,
portanto,
depreender que a
educação do
Espírito, por
meio do
desenvolvimento
de hábitos
saudáveis e
nobres, seria o
caminho para se
atingir
patamares mais
elevados de
consciência.
A última
característica
do ser humano
apresentada foi
a
individualidade,
a qual seria a
representação
junguiana do
Self, ou seja,
do ser
espiritual
profundo em
perfeita
identificação
com Deus.
Divaldo
enfatizou que o
entendimento
desse preâmbulo
seria de
fundamental
importância para
o processo de
cura através da
força do
pensamento.
Segundo ele, o
Espiritismo
demonstrou que
somos seres
divinos e
imortais,
temporariamente
vinculados a um
corpo físico por
meio de um outro
elemento, o
perispírito ou
corpo
espiritual.
Dentro dessa
tríade - alma,
perispírito e
organismo físico
-, seria o
primeiro
elemento o
criador e
emissor do
pensamento, o
qual
impulsionaria as
funções do corpo
espiritual que,
por sua vez,
ordenaria as
atividades
fisiológicas, em
perfeita e
profunda
interação.
Dessa forma,
seria correto
afirmar que
somos o que
pensamos e que
nossa saúde
integral
(física,
emocional e
espiritual)
depende
diretamente do
controle e do
teor de nossos
pensamentos, os
quais
controlariam as
já referidas
funções da
máquina humana.
Nesse contexto,
a mensagem de
Jesus a respeito
do amor a Deus,
ao próximo e a
si mesmo
funcionaria como
terapia
psicológica de
profundidade com
efeitos sobre a
saúde orgânica,
uma vez que a
força do
pensamento
positivo do amor
modificaria as
estruturas
moleculares do
corpo
espiritual,
equilibrando as
suas funções e
restaurando, por
via de
consequência, o
equilíbrio do
corpo físico.
Em
contrapartida,
os pensamentos
negativos,
pessimistas,
depressivos,
gerariam cargas
deletérias sobre
o perispírito,
cujos reflexos
sobre o
organismo carnal
seriam o seu
enfraquecimento
e desequilíbrio,
ensejando nele
os estados
morbíficos. A
educação do
pensamento
seria, portanto,
essencial para o
processo de cura
integral do ser
humano,
evitando-se as
perturbações
causadas pelo
individualismo,
pelo consumismo,
pela sexolatria,
pela ansiedade
etc.
Por essa razão e
com base na
imortalidade da
alma, na
reencarnação e
na lei de causa
e efeito, fora
dito que o
Espiritismo
afirma que cada
qual é autor de
seu próprio
destino,
recebendo hoje
os frutos da
própria
semeadura e
preparando o
futuro com os
pensamentos e as
ações do
presente.
Divaldo destacou
a afirmativa do
psiquiatra Carl
Gustav Jung, que
assevera ser
Jesus o
protótipo do
homem integral,
plenamente
saudável. Não
por outra razão,
os Espíritos
nobres
informaram a
Allan Kardec, na
obra O Livro
dos Espíritos,
que Jesus é o
modelo e guia de
toda a
Humanidade. A
proposta
apresentada por
Ele em seu
Evangelho, que
significa “boas
novas de
alegria”, seria
toda de
otimismo,
progresso e
saúde.
Foram abordados
os conteúdos das
obras “Amor,
Medicina e
Milagres”, de
autoria do
oncologista Dr.
Bernie Siegel, e
“Memória das
Células”, do
psiconeuroimunologista
Dr. Paul
Pearsall, além
das pesquisas
científicas
realizadas pelo
Dr. Michael
Persinger e Dr.
Vilayanur
Ramachandran,
neurocientistas
que descobriram
o denominado
“Ponto de Deus”
no cérebro
humano, e pela
Dra. Danah
Zohar, física
que falou por
primeira vez da
existência da
inteligência
espiritual,
estabelecendo-se,
dessa maneira,
uma ponte entre
a Ciência e o
Espiritismo e
demonstrando-se
que ambos os
conhecimentos
estão em
perfeita
sintonia entre
si e apontam o
ser profundo que
somos como a
fonte geradora
da saúde
integral.
Divaldo concluiu
sua dissertação
reafirmando que
podemos realizar
os processos de
cura e autocura
através do poder
mental bem
canalizado e que
somos todos
filhos de Deus,
portanto, seres
lucigênitos, em
franco processo
de evolução
espiritual,
eliminando
nossas
imperfeições
morais e
clareando nossas
sombras
psicológicas por
meio das
experiências
reencarnatórias,
até que
atinjamos o
estado numinoso.
Na parte final
do
minisseminário,
foram
respondidas
perguntas do
público a
respeito de
tópicos tais
quais: meditação
como recurso
terapêutico;
cura e autocura;
necessidade das
terapias
acadêmicas;
transição
planetária e
saúde integral
etc.
Em San Diego o
tema foi
pensamento e
cura –
Na quinta-feira,
17/03, o médium
e orador
espírita Divaldo
Franco realizou
uma conferência
na cidade de San
Diego,
Califórnia,
sobre o tema
“Pensamento e
Cura”. O evento
foi realizado no
auditório do
Hotel La Jolla
Sheraton e
contou com a
participação de
200 pessoas.
A conferência
foi iniciada com
uma análise do
pensamento
filosófico ao
longo dos
séculos em torno
das questões
fundamentais da
vida: quem
somos; de onde
viemos; para
onde vamos após
a morte física;
qual o sentido
da existência?
Esse estudo
englobou as
filosofias
ocidental e
oriental,
destacando-se o
pensamento das
correntes
espiritualista e
atomista do
Ocidente, desde
os filósofos
pré-socráticos,
como Leucipo e
Demócrito, mais
tarde, Sócrates,
Platão,
Aristóteles,
Lucrécio, e
também o
pensamento das
doutrinas
orientais como o
Hinduísmo e o
Budismo,
demonstrando-se
que, conquanto
algumas escolas
filosóficas
apregoassem o
materialismo
como verdade, os
fundamentos da
vida imortal, da
interação entre
o mundo
espiritual e o
mundo físico, da
reencarnação e
da lei de causa
e efeito, sempre
fizeram parte
das diversas
culturas no
planeta, sendo
muito mais
robustos e
lógicos do que
os que defendiam
a legitimidade
das doutrinas
materialistas.
A vida do
príncipe
Siddhartha
Gautama serviu
como base para
as reflexões em
torno das
questões da
felicidade e do
bem-estar
físico,
emocional e
espiritual.
Antes de
iluminar-se,
Buda vivia
faustosamente e,
no entanto, era
infeliz e sentia
um grande vazio
existencial. Foi
necessário que
ele realizasse a
viagem interior
e o
autodescobrimento
para, então,
encontrar o
equilíbrio e
viver
plenamente.
Após, foram
estudadas as
quatro
principais
propostas
filosóficas
sobre a
felicidade: o
pensamento de
Epicuro, que
defendia que a
felicidade
obtém-se com o
“ter”, a posse;
a proposta da
doutrina cínica,
que se opunha
frontalmente à
anterior,
afirmando que a
felicidade
estaria em não
se ter posse
nenhuma; o
Estoicismo, que
defendia a
necessidade de
se ter coragem
para se
enfrentar todo e
qualquer
sofrimento, em
qualquer
circunstância da
vida; e, por
fim, a proposta
socrática, a
dizer que a
felicidade está
em “ser”, em o
indivíduo
desenvolver em
si os valores
ético-morais,
autoconhecendo-se
e iluminando-se.
Aprofundando-se
mais no
pensamento da
filosofia
oriental, o
orador
referiu-se às 4
verdades
budistas,
esclarecendo que
a existência
física é sempre
cheia de
sofrimentos e
que estes
decorrem das
paixões, ou,
ainda, das más
inclinações
morais dos
indivíduos,
sendo que a
eliminação
dessas dores
depende da
superação das
tendências
inferiores. Para
tal realização,
segundo a
proposta
budista, existe
um caminho para
o encontro da
Verdade, que
libertaria o ser
da ignorância e
lhe propiciaria
os recursos
necessários para
o trabalho de
aperfeiçoamento
moral e
espiritual. Esse
caminho seria
composto de 8
elementos ou
passos.
Numa análise
comparativa
entre as
diferentes
doutrinas
religiosas e
filosóficas e a
mensagem de
Jesus, foi
ressaltado que
na proposta
cristã o
sofrimento é
apresentado sob
um aspecto
diferente,
porque deixa de
ser algo
negativo,
punitivo, para
adquirir um
“status”
positivo, de
superação das
más inclinações
e de aquisição
de valores
superiores.
Seguindo, ainda,
no estudo da
mensagem do
Evangelho de
Jesus, Divaldo
recordou o
ensinamento que
afirma que o
Reino dos Céus
está dentro da
criatura humana,
ou seja,
constitui um
estado interior
de plenitude,
conquistado
mediante o
esforço
individual de
iluminação
espiritual. Em
um paralelo com
o pensamento
junguiano,
falar-se-ia em
transmutação da
sombra do ego em
Self.
Portanto, seria
imprescindível
para o ser
encontrar um
sentido
psicológico
profundo para a
sua existência.
Para os
psiquiatras Carl
Gustav Jung e
Viktor Frankl,
segundo
elucidado, a
meta psicológica
mais notável e
de efeitos
positivos seria
amar. Esse
conceito
encontrar-se-ia
abarcado na
proposta da
imortalidade da
Doutrina
Espírita, que
recomenda o amor
como o meio de
se alcançar a
vida espiritual
em plena
harmonia.
Como recurso de
auxílio para o
processo de
autoconhecimento
e de
autoiluminação,
Divaldo
discorreu sobre
as 5
características
essenciais do
ser humano, de
acordo com os
estudos do
psiquiatra e
psicólogo cubano
Emilio Mira y
López:
personalidade,
conhecimento,
identificação,
consciência e
individualidade.
Embasado nesse
conhecimento e
utilizando-se,
também, dos
conceitos
espíritas, o
orador asseverou
que somos o que
pensamos e que,
dessa forma, se
pensarmos
negativamente,
de maneira
pessimista, a
nossa mente
emitirá ondas
vibratórias
desagregadoras,
que serão
transmitidas
pelo perispírito
ao corpo físico,
em somatização,
gerando a
enfermidade; e
que o contrário
é verdadeiro,
que os bons
pensamentos, que
o otimismo,
geram ondas
salutares, que
promovem a cura
e o estado de
equilíbrio e
saúde no corpo.
Na parte
conclusiva da
conferência,
Divaldo
ressaltou a
excelência do
Espiritismo,
que, segundo
exposto, revive
a mensagem pura
e simples do
Evangelho de
Jesus, a qual,
na atualidade, é
considerada pela
própria Ciência
como a mais
profunda e
eficiente
psicoterapia de
todos os tempos,
ensejando-nos
compreender a
nossa realidade
espiritual, a
nossa
imortalidade, a
reencarnação e a
lei de causa e
efeito , que é o
fundamento da
justiça divina.
Evocando-se a
resposta dadas
pelos Espíritos
Superiores a
Kardec, na
pergunta de
número 621 da
obra O Livro dos
Espíritos, foi
dito que a lei
universal divina
está registrada
em nossa
consciência e
que, por isso,
todos temos em
nosso íntimo as
diretrizes
seguras para uma
vida plena,
feliz e em paz,
assim como os
recursos para a
cura de todos os
males que nos
afligem, sejam
eles físicos,
emocionais ou
espirituais.
A mensagem final
deixada para as
reflexões de
todos foi: pense
no bem, ame
sempre! E seja
feliz!
Após o
intervalo,
Divaldo
respondeu a
perguntas
formuladas pelo
público sobre:
convivência com
familiares
depressivos;
mudança de
atitude mental;
cultivo de bons
pensamentos;
crises políticas
e sociais;
superação da dor
da desencarnação
de entes
queridos, dentre
outras.
A felicidade foi
o tema de Los
Angeles –
Na sexta-feira,
18/03, o médium
e orador
espírita Divaldo
Franco encerrou
mais um ciclo de
atividades
doutrinárias no
Estado da
Califórnia, com
um seminário na
cidade de Los
Angeles, que
versou sobre o
tema “A
Felicidade na
Visão do
Espiritismo”. O
belíssimo
auditório do
“Olympic
Collection
Conference
Center” ficou
completamente
lotado, com a
presença de 250
pessoas.
Os espíritas da
Califórnia
homenagearam o
médium pelas
décadas de
visitas
ininterruptas
àquele Estado,
durante as quais
prestou
extraordinário
serviço de
implantação,
amparo e
expansão do
movimento
espiritista
regional.
Reconhecido, ele
agradeceu o
gesto gentil e
transferiu o
mérito a Allan
Kardec, o
codificador do
Espiritismo.
O registro
histórico do
século VI a.C.,
referente à vida
do rei Creso, da
Lídia, serviu
como introdução
para o tema da
noite. Conforme
narrado, Creso
vivia na capital
de seu reino,
Sardes, com seus
dois filhos.
Acreditava-se
plenamente
feliz, pois que
era o homem mais
rico do planeta.
Certa feita, o
rei convidou o
grande filósofo
Sólon para
visitar seu
palácio. Após
mostrar-lhe a
sua imensa
fortuna, falar
da grandeza de
seu reino e de
seu poder,
perguntou-lhe se
conhecia alguém
mais feliz do
que ele,
recebendo uma
resposta
afirmativa.
Contrariado,
reformulou a
questão,
indagando a
respeito de quem
seria, então, a
segunda pessoa
mais feliz do
mundo.
Novamente, seu
nome não foi
indicado pelo
filósofo, o que
lhe causou
profunda
revolta. Sólon
aproveitou a
oportunidade
para
oferecer-lhe uma
grande reflexão,
afirmando que
somente seria
possível
verificar-se se
uma pessoa
realmente foi
feliz após a sua
morte, já que
antes disso
muitos fatores
poderiam, de um
minuto para
outro, alterar a
sorte de uma
vida. O
ensinamento
recebido foi
profético. Creso
houvera,
oportunamente,
requisitado de
seus ministros
que procurassem
os médiuns,
pitonisas,
videntes, mais
importantes de
diversas
regiões, a fim
de testar a
autenticidade
dos fenômenos
ditos
paranormais.
Após todos
retornarem a
Sardes para
apresentarem ao
rei as
informações
colhidas,
constatou-se que
a médium de
Delfos era, de
fato, autêntica.
De lá, chegaram
os avisos para
Creso de que ele
não teria
sucessores
legítimos no
trono, uma vez
que o filho
surdo-mudo
estaria
naturalmente
impedido de
assumir a função
e o outro
desencarnaria
tragicamente, e
de que um grande
império estaria
para ruir. E
assim ocorreu. O
filho sem
limitações
físicas morreu
em um trágico
acidente. O rei,
acreditando,
equivocadamente,
que a referência
sobre o império
a ruir seria do
persa, decidiu
guerrear contra
ele, caindo,
porém,
derrotado. Mas
algo inusitado
acontecera nesse
episódio. Após
perder a
batalha, Creso
retornou para
seu palácio e ,
ali, em uma
sacada,
contemplando as
terras
destruídas, não
percebeu que um
soldado inimigo
houvera
adentrado o
local; quando
este
preparava-se
para arremessar
uma lança, o
outro filho do
rei da Lídia,
que era
surdo-mudo, numa
reação
surpreendente,
deu um grito,
pedindo que não
matassem o pai.
O soldado
titubeou e ao
fazer o
arremesso, errou
o alvo. O rei
foi preso com a
família, mas
quando estavam
para ser mortos,
ele pronunciou
em voz alta o
nome de Sólon e
repetiu a frase
que lhe houvera
sito dita.
Naquele dado
instante, Ciro,
o rei dos
persas, passava
por ali e ouviu
a menção ao
filósofo, de
quem era
profundo
admirador. Ao
saber daquele
encontro entre
Creso e Sólon, o
comandante dos
persas decidiu
libertar a
família do rei
vencido e
torná-lo seu
servo.
Esse fato,
narrado pelo
historiador
grego Heródoto
de Halicarnasso
e que traz as
comprovações
históricas da
paranormalidade/mediunidade,
bem descreve a
impermanência da
existência
física, a sua
fragilidade, a
ilusão das
conquistas
mundanas e as
alternâncias das
situações da
vida material.
Aproveitando-se
desse contexto,
o orador
questionou sobre
o que seria a
verdadeira
felicidade e
onde
encontrá-la.
Explicou que
para determinada
corrente
filosófica, a
felicidade
constituir-se-ia
em ter coisas,
ter poder; para
outra vertente
da Filosofia,
ela seria a
total ausência
de posses
materiais;
haveria, também,
aqueles que
defenderiam a
tese de que a
felicidade
residiria no
enfrentamento
silencioso de
todo sofrimento,
sempre e em
qualquer
circunstância.
Entretanto, a
vida do rei
Creso
demonstraria que
todas essas
teorias seriam
incorretas.
Divaldo
apresentou a
advertência do
grande psicólogo
existencialista
estadunidense
Rollo May, que
afirmou que
vivemos numa
época de enorme
ansiedade e de
consumismo,
evidenciando os
conflitos
íntimos e o
vazio
existencial que
trazemos em
nós. O desejo
de estar em
diferentes
lugares ao mesmo
tempo, o
estresse, a
agitação do
cotidiano, a
rotina, os
relacionamentos
sociais e
afetivos
virtuais, em
detrimento do
contato humano,
as ilusões das
comunicações
pela internet,
das redes
sociais, a
sexolatria, o
individualismo,
seriam as provas
de nosso
desequilíbrio
interior e os
elementos
impeditivos da
felicidade.
Por conta desse
panorama da
sociedade
mundial é que se
concluiria que
as crises de
toda ordem que
contemplamos no
planeta nada
mais seriam do
que a crise
moral do
indivíduo. E,
assim, a solução
não poderia ser
exterior, senão
uma medida
íntima de
transformação
moral individual
para melhor.
Como embasamento
científico de
suas colocações,
o conferencista
destacou a
proposta dos
reconhecidos
psiquiatras
Viktor Frankl,
Carl Gustav Jung
e Milton
Erickson, que
afirmam ser
indispensável
para o ser
humano eleger e
vivenciar uma
meta psicológica
profunda para a
sua existência,
a fim de viver
em equilíbrio e
feliz. A
ausência de uma
meta profunda
acarretaria
frustrações e
vazio
existencial, que
levariam o
indivíduo a
estados
perturbadores,
incluindo a
depressão e
outros
transtornos
psicológicos e
psiquiátricos.
Por fim, Divaldo
apresentou a
visão espírita
da felicidade,
que, em perfeita
consonância com
a Ciência,
convidaria a
criatura humana
à viagem
interior do
autoconhecimento,
a fim de que
cada pessoa
pudesse
identificar as
suas más
inclinações
morais e
domá-las,
substituindo-as,
paulatinamente,
por pensamentos
e comportamentos
morais
saudáveis,
geradores de
harmonia e paz.
Para o
Espiritismo –
afirmou-, a
felicidade é
perfeitamente
possível de ser
experienciada em
nossa vida,
sendo
necessário,
contudo, que
eliminemos as
ilusões e
faceemos a nossa
realidade
imortalista,
realizando todos
os esforços para
o
aperfeiçoamento
moral e
espiritual. A
certeza da
existência do
Deus bom,
misericordioso e
justo, da
imortalidade da
alma, da
interação
constante entre
os mundos físico
e espiritual, da
pluralidade de
oportunidades
reencarnatórias
para o
aperfeiçoamento
do Espírito, e
mais os recursos
terapêuticos
contidos no
Evangelho de
Jesus seriam um
tesouro de
inestimável
valor a nos
guiar para a
conquista da
verdadeira
felicidade.
O seminário foi
encerrado com o
convite para que
cada qual
despertasse em
si a consciência
de que somente
nos acontece
aquilo que seja
de melhor para o
nosso processo
de evolução e de
que o Amor é a
força mais
poderosa do
Universo, capaz
de transmudar
dor em alegria,
trevas em luz e
perturbação em
paz, em nossas
vidas e nas de
nossos irmãos de
Humanidade. Por
isso, exortou o
palestrante:
“seja feliz,
hoje!”
Na segunda parte
do seminário,
foram
respondidas
perguntas do
público sobre
traumas de
infância, perdão
e autoperdão,
aliança do
Espiritismo com
a Ciência, crise
política no
Brasil,
felicidade face
aos sofrimentos
morais e
físicos, dentre
outras.
Texto: Júlio
Zacarchenco.
Fotos: Lucimar e
Akemi Adams.
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