O livro “Mediunidade, um ensaio clínico”,
ainda inédito, é de autoria do Dr. Nubor
Orlando Facure, médico neurocirurgião, fundador
e diretor do Instituto do Cérebro de
Campinas-SP, ex-professor catedrático de
Neurocirurgia na Unicamp (Universidade de
Campinas), conferencista espírita e autor de
inúmeras obras.
O livro compõe-se de dez capítulos, com os
seguintes títulos: Introdução; O estudo
antropológico; Mediunidade e sua
Neurofisiologia; Mediunidade em quatro
abordagens; Estudando a Mediunidade do ponto de
vista neurológico; Estudando com exemplos
clínicos; Contribuição ao pensamento espírita;
Metaneurologia; Fenômenos psicofísicos de
natureza espiritual e Questões espíritas.
Logo na abertura, o autor diz que, quando se
fala em “estudo clínico” da mediunidade, o que
nos interessa é a pessoa que está diante de nós
e suas manifestações mediúnicas. Alguns exemplos
da área médica podem nos ajudar a compreender o
que é um estudo clínico. Consideremos a
depressão e o delírio. Ambos podem ser descritos
em seus elementos característicos – o humor
rebaixado na depressão e o pensamento caótico no
delírio. Podemos discorrer sobre suas causas
motivadoras – um aborrecimento na depressão ou
uma intoxicação no delírio. Contudo, um “estudo
clínico” só poderá ser feito diante de um ser
humano que manifeste um ou outro – depressão ou
delírio – e, nessa pessoa, o delírio ou a
depressão terão particularidades decorrentes do
histórico de vida, gênero, uso de drogas,
acidentes traumáticos, infecções, e,
principalmente, características da personalidade
de quem observamos clinicamente.
A obra em exame estuda assim a mediunidade,
analisando-a do ponto de vista clínico, porque
ela é um fenômeno que se manifesta num ser
humano, possuidor de uma história de vida, de
sua personalidade e toda uma série de condições
médicas. “Podemos – diz o professor Facure –
descrever vários aspectos que se revelam
clinicamente na mediunidade: a sua apresentação
antropológica, seu modo de início, sua
distribuição quanto ao gênero e a idade, sua
duração e constância, seus desencadeantes, suas
complicações, seu possível diagnóstico e como
diferenciá-la dos quadros comuns da
psicopatologia humana como a histeria e as
psicoses.”
A capa devemos à arte de Cláudia Rezende
Barbeiro, de Londrina-PR, que gentilmente a
concebeu e elaborou.
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