|
E
você, caro leitor, sabe quem viu Jesus nascer?
Segundo o autor desta obra, sempre lhe causou
incômodo, desde a juventude, a contradição que
vemos nas comemorações natalinas em nosso tempo
e lugar. Não cabia em sua cabeça como o
nascimento do filho de um carpinteiro, em um
estábulo, que ganhou notoriedade por pregar o
amor ao próximo, havia se convertido em uma
abastada festança, regada a muita comida e
bebida, precedida de uma sanha incontrolável
pela aquisição de coisas, momento de ápice dos
comerciantes.
A mesma sensação teve ele ao visitar o Vaticano
e sua opulência, referendando o mesmo filho do
carpinteiro. No mesmo balaio estão as Cruzadas,
as indulgências, as recentes teologias da
prosperidade e, por fim, o burocratismo que
prioriza a forma sobre o conteúdo.
Entretanto, nos quesitos natalinos, a coisa não
para por aí... Temos casuísticas nos periódicos
de brigas familiares, violência doméstica,
crimes e incontáveis acidentes automobilísticos
a rechear as vésperas da comemoração da vinda do
Cordeiro.
Que deve pensar Jesus sobre os festejos de seu
nascimento?
Que visão de Jesus temos ao comemorar seu
nascimento dessa forma?
Imbuído desse espírito natalino, nos idos de
1996, em uma véspera de Natal, o autor começou a
rascunhar as primeiras historietas que hoje
fazem parte das 25 histórias que chegam à mão do
leitor amigo por meio desta obra.
"Você sabe quem viu Jesus nascer?"
é fruto de mais um trabalho pioneiro de
divulgação da EVOC - Editora Virtual O
Consolador.
Algumas das narrações já figuraram em periódicos
espíritas, outras se converteram em peças
teatrais, e agora figuram reunidas nesta versão
que convidamos todos a conhecer.
A obra busca trazer uma reflexão ativa sobre a
nossa vivência da data natalina, que permita
intervir sobre o Natal construído em cada lar,
relembrando a figura desse aniversariante, cada
vez mais ofuscado pelo Papai Noel encarnado no
marketing de bebidas gaseificadas.
Não é um livro de revolta, mas de recomeço, de
reconstrução dessas relações com a mensagem do
meigo Nazareno. Também não se trata de uma obra
apenas para o público espírita, mas sim para a
cristandade como um todo, em especial no nosso
país, no qual essa festa se reveste de singela
importância.
A metodologia de parábolas, à feição de seu uso
pelo aniversariante, permite a reflexão
concreta, não imaginando que o problema do Natal
esteja apenas na casa dos vizinhos.
Entre vinhos, panetones, presentes e bons
velhinhos, o desejo sincero é que o livro
virtual a que o leitor amigo agora tem acesso
torne nosso Natal mais crístico e nos permita,
em nossos corações, responder à questão sobre
quem estava presente no iluminado dia da vinda
de Jesus à Terra.
A capa do livro ora publicado devemos à arte e
gentileza de Giovani de Toledo Viecili, que
gentilmente a concebeu e elaborou.
|
