Nascida em 2 de junho de 1916, em
Angra do Heroísmo, capital da Ilha
Terceira do arquipélago dos Açores,
Portugal, era filha de Ângelo
Machado Teixeira e Marta Pamplona
Teixeira. Seu avô materno, Vasco Ennes Pamplona
Corte Real, pertencia a uma
filha nobre e tradicional da
Ilha Terceira, mas ao emigrar
para os Estados Unidos tornou-se
um líder operário comunista que
lutava por uma sociedade
igualitária. Talvez tenha vindo
daí o pendor de D. Alda para a
assistência aos menos
favorecidos.
Em 1939, casou-se em Angra com
Manoel Gonçalves da Costa e logo
depois ambos decidiram emigrar
para o Brasil, em busca de
melhores condições sociais para
seus futuros filhos. No Rio de
Janeiro, onde moraram
inicialmente, nasceram os filhos
Ronaldo e Alfredo. Em 1952, após
residir em diversos lugares, o
casal radicou-se em Londrina,
trazendo agora mais um herdeiro,
a menina Alda.
Criada longe de religiões, ao enfrentar uma
doença de natureza
psicossomática que não
encontrava cura na medicina
tradicional, D. Alda buscou no
Espiritismo a possibilidade de
tratamento e então se curou.
Passou a frequentar o Centro
Espírita Nosso Lar, onde criou
fortes vínculos com as pessoas
que trabalhavam naquela ocasião
na Casa. Atuou como médium de
incorporação em sessões de
desobsessão; foi uma das
fundadoras e primeira presidente
do núcleo londrinense da Legião
da Boa Vontade, dirigida pelo
ilustre espírita Alziro Zarur.
Dedicou-se com empenho notável à
tarefa de assistência social
visitando, aos sábados, famílias
carentes da periferia de
Londrina, às quais levava, além
do auxílio material, o conforto
moral de sua presença.
Em 1974, D. Alda e seu esposo mudaram-se para São
José do Rio Pardo, no interior
de São Paulo, onde residia sua
filha Alda com os três filhos.
Atuou ativamente no Centro
Espírita André Luiz e no Grupo
de Fraternidade Irmão Hugo. Em
1979 faleceu seu esposo. Em 2001
viu declinar sua saúde física e
mental, apresentando os
primeiros sinais de uma
arteriosclerose cerebral que foi
aos poucos dificultando seu
contato com as pessoas, de tal
modo, que não percebeu o
falecimento do filho Alfredo,
vitimado por um câncer no
pâncreas.
D. Alda, como todos a
chamavam, faleceu perto de
completar 90 anos de idade. Seu
desprendimento foi suave. Em seu
velório, um grande número de
amigos compareceu para prestar
homenagem àquela que de Portugal
veio buscar uma vida melhor e,
ao se tornar espírita, fez-se
mais feliz, encontrando no
atendimento dos que sofrem, uma
razão a mais para viver.
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