Nasceu no Arraial de Cepa Forte,
hoje Jandaíra, Bahia, em 30 de
setembro de 1891.
Leopoldo Machado, como era
conhecido, iniciou-se na
Doutrina Espírita pelas mãos
abençoadas do inolvidável José
Petitinga, no ano de 1915,
tornando-se arauto da fé e do
trabalho.
Espírito de liderança, foi
impulsionado às tarefas do bem e
da verdade, vivendo a Doutrina
Espírita em toda a sua pujança.
Após seu casamento com Dona
Marília Ferraz de Almeida,
radicou-se na cidade de Nova
Iguaçu, Rio de Janeiro, onde
iniciou grandes tarefas.
Ele e a esposa tomaram a
iniciativa de construir o Albergue
Noturno Allan Kardec e
o Lar
de Jesus para
meninas órfãs.
Educador pedagógico, inaugurou o
Colégio Leopoldo, tradicional
estabelecimento de ensino,
considerado uma das melhores
organizações educacionais da
baixada fluminense.
Jornalista, professor, escritor,
poeta, compositor, pregador e
polemista difundiu a Doutrina
Espírita por todos os meios e
formas, merecendo o respeito dos
adversários da Doutrina e a
admiração dos confrades.
Leopoldo Machado incentivou as
novas gerações a pegar no arado
com a criação das Mocidades
Espíritas e das Escolas
Espíritas de Evangelização para
Infância.
Impulsionou as Semanas
Espíritas, as Tardes Fraternas,
os Simpósios, as Mesas Redondas
e os Congressos Espíritas.
Realizou o "milagre" de estar
presente em quase todos os
movimentos espíritas
confraternativos, percorrendo
todo o Brasil, exaltando o
Evangelho de Jesus e a Doutrina
dos Espíritos, como sendo a
volta do Cristianismo Redivivo,
no seu sentido mais puro, como
era pregado na Casa do Caminho.
Dentre vários
eventos, destaca-se o I
Congresso de Mocidades Espíritas
do Brasil, de 17 a 23 de
julho de 1948, tendo frente
Leopoldo Machado Lins de
Vasconcelos.
Foi uma das mais belas e
proveitosas realizações
espíritas de todos os tempos e,
até hoje, colhem-se frutos.
Nesse mesmo ano, Leopoldo
Machado tomava parte ativa no Congresso
Brasileiro de Unificação,
realizado de 31 de outubro a 5
de novembro.
Em 1949, era convocado para o 11º
Congresso Pan-americano, realizado
no Rio de Janeiro.
Após, esteve presente,
juntamente com Lins de
Vasconcelos, Carlos Jordão da
Silva, Francisco Spinelli, Ary
Casadio e Luiz Burgos na Caravana
da Fraternidade, que teve
como coroamento o Pacto
Áureo, incentivo unificador
na formação do Conselho
Federativo Nacional, sob os
auspícios da Federação Espírita
Brasileira.
Realizou também a Primeira
Festa Nacional do Livro Espírita,
em homenagem ao dia 18
de abril.
Escritor de vários livros
espíritas, como Pigmeus
Contra Gigantes, Caravana da
Fraternidade, Ide e Pregai e
muitos outros, além de crônicas,
peças teatrais, biografias,
roteiros, teses. Ainda compôs
inúmeras melodias para a
mocidade e a infância.
Leopoldo Machado acreditou na
força dos moços, como mola
propulsora para renovação de
valores do movimento espírita;
acreditou nos Congressos, nas
Semanas Espíritas e nas
Confraternizações.
Lutou tenazmente para
desencastelar muitos espíritas,
que só pensavam em termos de
suas Instituições, porque
acreditava que Espiritismo é
Luz, é Sol que, no futuro
próximo, iluminará a humanidade.
Lutou pela renovação de valores
e de conceitos, sem fugir aos
ditames da Codificação
Kardequiana.
Franco, leal, sincero e audaz.
Essa foi a figura personalíssima
de Leopoldo Machado.
Desencarnou na cidade de Nova
Iguaçu (RJ), aos 22 de agosto de
1957.
(Fonte: Personagens
do Espiritismo, de Antônio
de Souza Lucena e Paulo Alves
Godoy − Edições
FEESP)