Quantas
reencarnações eu
tive?
Esta é uma pergunta que surge naturalmente a todo
espírita.
A curiosidade é geral. Temos interesse em saber quantas
vidas tivemos, em que regiões, que línguas falamos,
profissões que tivemos, habilidades, competências,
nossos gostos e preferências, nossas amizades e amores,
coisas boas vividas, felicidades.
Entretanto, existe também o outro lado. Quanto sofremos,
o que demoramos ou até não conseguimos aprender, as
pessoas que magoamos, as tristezas que tivemos, os
acessos de ódio e loucura, o que fizemos de errado, o
que deixamos de fazer, as experiências que nos marcaram
e ainda hoje influenciam nosso modo de ser.
A vida é um processo dentro do determinismo divino de
evoluir e conquistar gradativamente novos níveis de
entendimento, capacidade e felicidade.
A reencarnação é um instrumento dessa evolução que
ocorre em todos os aspectos e direções, sintetizadas
pelas expressões intelectuais e emocionais.
Nossa origem é a dimensão espiri-tual. O Espírito
aprende e evolui em qualquer lugar que esteja. As
encarnações são como uma escola que passamos algum
tempo para aprender algumas lições, mas não todas, pois
temos muita coisa a aprender e precisamos de escolas
diferentes.
Para a maioria dos Espíritos que já se decidiram a serem
bons, melhorarem e se tornarem cada vez mais úteis, a
chamada erraticidade, o mundo espiritual, é onde
aprendemos bastante, principalmente nos aspectos
intelectuais. Temos mais oportunidades de receber
orientação de Espíritos mais adiantados, de frequentar
escolas e, principalmente, de utilizar mais
intensamente os nossos recursos de inteligência sem a
intermediação de cérebro, nervos e percepções acanhadas
amortecidas pela matéria.
Na linha de evolução podemos supor que, inicialmente, os
Espíritos tendem a precisar mais da encarnação, para no
final, ou mais adiante dessa linha, não ter tanta
necessidade.
Existem Espíritos desequilibrados que permanecem sem
encarnar por séculos, assim como ficam muitos Espíritos
superiores.
Segundo a ciência, os humanos anatomicamente modernos
(Homo sapiens) surgiram na África há cerca de 200 mil
anos, adquirindo há cerca de 50 mil o comportamento
próximo ao homem de hoje. Com cérebros menores e
comportamentos mais primitivos, como a Ramapithecus, a
sua origem remonta a 13 milhões de anos.
Estima-se que as civilizações mais antigas surgiram há
oito mil anos. Nesse estudo vamos presumir que o
Espírito tenha tido oportunidade de encarnar em ambiente
mais civilizado desde dez mil anos. Isso representa
100 séculos.
Para efeito de especulação estatística podemos assumir
que temos a chance de encarnar, em média a cada cem
anos. Isso considerando que o ser humano tenha vivido
menos anos nas existências dos séculos anteriores e que
devemos passar pelo menos o mesmo tempo de encarnado na
erraticidade.
A partir dessas premissas chegamos ao número máximo de
encarnações nos últimos 10 mil anos do mundo civilizado: 100
vidas. Uma outra informação revelada pelos
Espíritos diz que existem mais Espíritos desencarnados
do que encarnados. Talvez 3 ou 4 vezes mais.
Bom, isso não é tudo. Teremos de dividir esse potencial
de encarnações por 4, para dar oportunidade a todos.
Assim, reduzimos nossas possibilidades de encarnações a 25 nesse
período. Estamos nos referindo a uma média potencial,
cada caso é um caso.
Tem outra variável que dificulta ainda mais nossa
estatística. Temos de considerar também a possível
migração de Espíritos entre os mundos existentes nessa
imensidão que é o Universo. Como esse cálculo tem de
considerar as entradas e saídas de Espíritos no planeta,
proponho considerar que as quantidades sejam
semelhantes e, assim, podemos manter a nossa projeção
numérica, apenas como exercício para o estudo das
quantidades de encarnações possíveis.
Então temos a
média de 25 encarnações nos últimos 10 mil anos.
Alguns puderam ter um pouco mais e outros um pouco
menos. Caso forem verdadeiras as informações sobre as
vidas de Chico Xavier desde 1490 A.C., chegaremos a 12
encarnações, ou uma encarnação a cada 292 anos. Mantido
esse intervalo de anos e estendendo ao período de 10 mil
anos, o Chico teria tido cerca de 34 vidas na Terra,
número maior que a nossa média de 25.
Certamente há muitas outras variáveis que afetam a
decisão ou a possibilidade de encarnar. O assunto
realmente é muito complexo. Não encarnamos sozinhos. E
as nossas relações com os outros Espíritos que devem ser
aproveitadas nas encarnações? Como conciliar tantos
interesses e necessidades em um mesmo período de tempo
e espaço?
Após todo esse esforço mental, talvez passe pela sua
mente, caro leitor, que a encarnação é algo muito
próximo da fantasia, distante da realidade! Será? Então
pense nas recentes descobertas da ciência: curvatura do
tempo, teoria das cordas, big bang, multiverso ou
multiuniverso, matéria escura, buraco negro,
antimatéria, dualidade onda-corpúsculo e muitas outras
descobertas e estudos que intrigam nossos cientistas.
A vida material e espiritual oferece infinitas
possibilidades voltadas para nossa evolução, criadas por
uma mente infinitamente boa e superior. A possibilidade
de reencarnar é uma oportunidade imensa de acelerar o
aprendizado. Muito disputada, e que temos de buscar o
aproveitamento máximo.
Blog pessoal:
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