Questões para debate
A. Como vencer a malícia dos Espíritos enganadores?
B. Em que condições Voltaire retornou ao mundo
espiritual?
C. Há entre os Espíritos alguma espécie de hierarquia?
D. Há algum fundamento na mitologia?
Texto para leitura
148. Outro sinal da presença dos maus Espíritos é a
obsessão: os bons Espíritos jamais obsidiam; os maus se
impõem em todos os momentos. (P. 258)
149. Passando as comunicações espíritas pelo controle
das considerações precedentes, reconheceremos
facilmente a sua origem e pode-remos destruir a malícia
dos Espíritos enganadores, que só se dirigem àqueles
que se deixam enganar. (P. 258)
150. Acrescente-se a tudo isso que a prece é poderoso
auxílio: por ela atraímos a assistência de Deus e dos
bons Espíritos, aumentando a nossa própria força.
"Ajuda-te e o céu te ajudará", disse Jesus. (P. 259)
151. Um correspondente de Boulogne envia uma
comunicação de Voltaire extraída de uma obra do juiz
Edmonds, publicada nos Estados Unidos. Na comunicação,
Voltaire conversa com Wolsey, célebre cardeal inglês do
tempo de Henrique VIII. Dois médiuns serviram para o
diálogo. (P. 262)
152. Confirmando que, por ignorância, atacara a
religião cristã, Voltaire lamenta não ter conhecido em
sua época o Espiritismo e o muito que poderia então ter
feito. (P. 263)
153. Descrente e vacilante, sem ninguém com quem pudesse
estabelecer relações, foi assim que ele, Voltaire,
entrou no mundo espírita. (P. 264)
154. A princípio, conduzido longe das habitações
espirituais, percorreu o espaço imenso. A seguir,
foi-lhe permitido ver as construções maravilhosas
habitadas pelos Espíritos, até que sua alma ficasse
deslumbrada e esmagada ante o poder que controlava tais
maravilhas. (P. 264)
155. Com o coração sentindo a necessidade de
expandir-se, caído no cansaço e na humilhação, foi aí
que ele pôde reunir-se a alguns habitantes e contemplar
a posição em que se havia colocado na Terra e o que
disso resultava no mundo espírita. (PP. 264 e 265)
156. Uma revolução completa ocorreu em todo o seu ser,
e, de mestre que era, tornou-se o mais ardente dos
discípulos. Via então quão grandes tinham sido os seus
erros e quão maior devia ser a reparação, para expiar
tudo quanto tinha feito ou dito para seduzir e enganar a
Humanidade. (P. 265)
157. Lamentei profundamente – diz ele – as opiniões que
expendi e que desviaram muita gente; mas, ao mesmo
tempo, é penetrado de gratidão ao Criador, o
infinitamente sábio, que sentia ter sido um instrumento
para auxiliar os Espíritos dos homens a voltar-se para
o exame e o progresso. (P. 265)
158. No fim da batalha de Solferino desabou uma violenta
tempestade, que fez com que muitos soldados austríacos
se salvassem. Um militar da Itália, que presenciou o
fenômeno, evocado por Kardec, diz que a tempestade foi
provocada por vontade de Deus, exatamente com esse
objetivo. (P. 268)
159. Os Espíritos não levam em conta as distinções
terrenas, que nada valem entre eles, mas há entre eles
uma hierarquia e uma subordinação, baseadas nas
qualidades adquiridas. (P. 269)
160. O Espírito do General Hoche informa que irá
reencarnar em Mercúrio, um mundo moralmente inferior à
Terra, em que os habitantes são mais materializados do
que os que vivem em nosso planeta. (P. 270)
161. O mesmo General conta que, a partir do momento em
que desencarnou, visitou a Terra inteiramente,
aprendendo as leis que Deus emprega para conduzir todos
os fenômenos que contribuem para a vida terrena. Em
seguida, fez o mesmo em outros mundos. (P. 270)
162. A Revue traz uma comunicação dada pelo
Espírito do Sr. J..., negociante no departamento de La
Sarthe, morto em 1859, o qual, além de ter feito um
estudo sério do Espiritismo, era um homem de bem e de
uma caridade sem limites. Seu momento de despertar nada
teve de penoso. "Eu me sentia alegre e disposto, como se
tivesse respirado um ar puro ao sair de uma sala cheia
de fumaça", informou o Sr. J... (PP. 272 e 273)
163. A Mitologia – diz Kardec – está inteiramente
fundada sobre as ideias espíritas; encontramos nela
todas as propriedades dos Espíritos, com a diferença de
que os antigos os haviam transformado em deuses. (P.
277)
164. Kardec fala do lar da Sra. G..., viúva, com 4
filhos, dos quais o mais velho conta 17 anos e a caçula,
6. Reunidos pela crença espírita, a família continuou
unida mesmo com a morte do pai que, pressentindo seu fim
próximo, reuniu os filhos e lhes deu um comovente
conselho, cujo final termina assim: "Que a paz, a
concórdia e a união reinem entre vós; que jamais o
interesse vos separe, porque o interesse material é a
maior barreira entre a Terra e o Céu". (PP. 278 e 279)
165. Alimentadas nas ideias espíritas, essas crianças
não se consideram separadas do pai, e uma noite por
semana, e às vezes mais, é consagrada a conversar com
ele. (P. 279)
166. Kardec critica o título dado pelo Sr. Mathieu,
antigo farmacêutico do Exército, a uma obra em que trata
de fatos de escrita direta. Mathieu chamou-a de "Um
Milagre". Ora, diz Kardec, o milagre é uma derrogação
das leis da Natureza, o que não se pode dizer da escrita
direta. (P. 281)
167. Prosseguindo seu artigo, Kardec fala sobre
levitação – a suspensão etérea de corpos sólidos –, um
fato demonstrado e explicado pelo Espiritismo e do qual
foi ele testemunha ocular. (P. 283)
168. Outro fenômeno por ele citado, que se enquadra
também na ordem das coisas naturais, é o da aparição,
bastante frequente e perfeitamente explicado pela
Ciência Espírita. (P. 283)
169. A Revue publica sentença do Tribunal
Correcional de Douai, de 27/8/1859, em que os toques e
os passes magnéticos foram reconhecidos pela Corte.
Kardec critica, porém, os peritos por sua ignorância a
respeito do magnetismo e do sonambulismo natural. (PP.
287 e 288)
Respostas às questões
A. Como vencer a malícia dos Espíritos enganadores?
Analisando as comunicações espíritas e submetendo-as ao
controle recomendado pela Doutrina Espírita,
reconheceremos facilmente a sua origem e poderemos
destruir a malícia dos Espíritos enganadores, os quais
só se dirigem àqueles que se deixam enganar. É bom
lembrar também que, em casos assim, a prece constitui
poderoso auxílio, uma vez que por ela atraímos a
assistência de Deus e dos bons Espíritos, aumentando a
nossa própria força. (Revue Spirite, pp.
258 e 259.)
B. Em que condições Voltaire retornou ao mundo
espiritual?
Descrente e vacilante, sem ninguém com quem pudesse
estabelecer relações, foi assim que Voltaire entrou no
mundo espiritual. A princípio, conduzido longe das
habitações espirituais, percorreu o espaço imenso.
Foi-lhe permitido depois ver as construções
maravilhosas habitadas pelos Espíritos, até que sua
alma ficasse deslumbrada e esmagada ante o poder que
controlava tais maravilhas. Com o coração sentindo a
necessidade de expandir-se, caído no cansaço e na
humilhação, foi aí que ele pôde reunir-se a alguns
habitantes e contemplar a posição em que se havia
colocado na Terra e o que disso resultava no mundo em
que agora estava. (Obra citada, pp. 264 e 265.)
C. Há entre os Espíritos alguma espécie de hierarquia?
Sim. Há entre eles uma hierarquia e uma subordinação
baseadas nas qualidades adquiridas e que nada têm que
ver com as distinções terrenas. (Obra citada, pág. 269.)
D. Há algum fundamento na mitologia?
Sim. A mitologia está inteiramente fundada sobre as
ideias espíritas. Encontramos nela, disse Kardec, todas
as propriedades dos Espíritos, com a diferença de que os
antigos os haviam transformado em deuses. (Obra citada,
pág. 277.)