Espiritismo explicando
Indagavas quanto ao Grande Porvir. A Doutrina Espírita
sossegou-te as ânsias, explicando que te encontras
provisoriamente no mundo, a serviço do próprio burilamento, para a imortalidade vitoriosa.
Perguntavas sobre os amargos desajustes entre corpo e
alma, quando a enfermidade ou a mutilação aparece. A
Doutrina Espírita asserenou-te a aflitiva contenda
íntima, explicando que a individualidade eterna se
utiliza, temporariamente, de um corpo imperfeito, como
alguém que se vale de instrumento determinado para
determinada tarefa de corrigenda a si mesmo.
Inquirias com respeito à finalidade dos problemas
domésticos. A Doutrina Espírita harmonizou-te o
pensamento, explicando que o Lar é Instituto de
regeneração e de amor, onde retomas a convivência dos
amigos e desafetos das existências passadas, para a
construção do futuro melhor.
Interrogavas em torno dos entes amados, além do túmulo.
A Doutrina Espírita dissipou-te as dúvidas, explicando
que o sepulcro não é o fim, tanto quanto o berço não é o
princípio, e que toda criatura, ao desenfaixar-se dos
laços físicos, prossegue na marcha de aprimoramento e
ascensão, do ponto evolutivo em que se achava na Terra.
Interpelavas o campo religioso, acerca da Justiça
Divina. A Doutrina Espírita suprimiu-te a inquietação,
explicando que Deus não concede privilégios e que, em
qualquer estância do Universo, a alma recebe,
inelutavelmente, da vida o bem ou o mal que dá de si
própria.
Torturavas a mente, qual se devesses respirar em cárcere
de mistério, toda vez que cogitavas das questões
transcendentes da Fé. A Doutrina Espírita acalmou-te,
explicando que ninguém pode violentar os outros, em
matéria de crença, acentuando, porém, que toda fé, para
nutrir-se de luz, deve ser raciocinada, em bases de
lógica, porquanto, diante das Leis Divinas, cada
consciência é responsável pelos próprios destinos.
É necessário valorizar a Doutrina que, generosamente,
nos valoriza.
Sustentar-lhe a integridade e a pureza, perante Jesus
que a chancela, é procurar o nosso aperfeiçoamento e
trabalhar por nossa união.
Do livro Justiça Divina, obra mediúnica
psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.
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