Terrorismo,
Trump, ambiente,
Espiritismo
Estes temas aparentemente não têm ligação nenhuma com o
Espiritismo, dirão muitos opinadores. No entanto, sendo
o Espiritismo uma doutrina espiritualista, universal e
universalista, será que não tem mesmo nada em comum ou a
dizer? Venha daí…
A Terra vive em sobressalto permanente, abalada pelos
vírus da guerra, da ganância, da corrupção generalizada,
da falta de civismo, falta de respeito pela Natureza,
entre tantas outras arbitrariedades que cometemos
conosco, com o planeta e consequentemente com as outras
pessoas.
Aquando de um atentado terrorista, logo aparecem mil e
um fazedores de opinião, nas televisões, dissecando as
possíveis causas e experimentando eventuais soluções.
A causa? Os bandidos dos terroristas…
Aquando da eleição do líder americano mais repudiado até
hoje, e vendo as suas atitudes irresponsáveis no governo
de um dos países mais militarizados do mundo, os
sociólogos, politólogos e outros especialistas
esmeram-se em descortinar explicações para o
aparentemente inexplicável.
A causa? Os incultos dos americanos…
Colhendo os efeitos dos desmandos no planeta, como a
poluição, as desmatações, entre tantas outras maldades
cometidas contra a Mãe-Natureza, logo aparecem os
especialistas em ambiente, dissecando mil e um culpados,
causas e possíveis soluções.
A causa? Os malandros das multinacionais…
Curiosamente, nestas situações fraturantes e decisivas
para o bem-estar no planeta Terra, raramente aparecem
espíritas a comentar o porquê das coisas e a cogitar
possíveis soluções.
Mas o que o Espiritismo tem a ver com isto?
No livro “O Evangelho segundo o Espiritismo”, de
Allan Kardec, publicado em França em 1864, podemos
encontrar trechos do “Novo Testamento” explicados com
uma linguagem atual, simples, esclarecedora, bem como
mensagens de Espíritos que, à época, deixaram alguns
comentários a esses mesmos textos de índole moral.
No capítulo XI, tema “O Egoísmo”, numa mensagem
de Pascal, recebida em Sens, em 1862, encontramos:
“O
egoísmo é a negação da caridade. Ora, sem caridade, não
há tranquilidade na vida social, e digo mais, não há
segurança…”.
Esta mensagem recebida em 1862 reflete em grande rigor
os estertores sociais de 2017, explicando com
simplicidade, tal como fizera Jesus de Nazaré, há mais
de 2 mil anos, que o egoísmo é a causa de todos os males
da humanidade, levando-a a viver sem tranquilidade e sem
segurança.
Só com caridade, fraternidade, auxílio mútuo
desinteressado, a sociedade será mais tranquila e mais
segura
Podemos questionar de novo: qual a causa do terrorismo,
dos fenômenos tipo “Trump”, da crise ambiental, entre
tantos outros problemas da humanidade?
A causa radica no egoísmo do ser humano!
Qual a solução para os mesmos problemas?
A solução encontra-se na caridade, na fraternidade, no
auxílio mútuo desinteressado!
Somente quando o Homem mudar de atitude interior,
moralizando-se, mudará os que o rodeiam, pelo exemplo.
Assim fazendo, as ondas de choque, pela positiva,
alargar-se-ão à cidade onde viva, ao país onde se
encontra, e a todo o mundo.
Não há que enganar, nem inventar a roda.
“A paz é o caminho”, referia Gandhi, e Jesus já
antes dera a receita da felicidade possível na Terra: “Não
fazer ao próximo o que não desejamos para nós”.
Se os terroristas recebessem escolas, lápis, cadernos,
livros, refeições, casas condignas, Amor, respeito, ao
invés de receberem armamento, não haveria terrorismo.
Se as crianças aprendessem em casa e na escola os
valores ético-morais de uma sociedade onde o Amor
universal nos leve a fazer ao outro o que queremos para
nós, não haveria lugar na sociedade para fenômenos “Trump”,
nem tampouco os agiotas e os gananciosos prosperariam,
pois que crianças moralizadas seriam, por arrastamento,
adultos mais corretos.
O Espiritismo, não sendo mais uma religião nem mais uma
seita, mas sim uma doutrina filosófica de consequências
morais, universal e universalista, investiga os fatos
espíritas, explica-os, e aponta a moral que Jesus deixou
na Terra, como o caminho mais seguro para a evolução
espiritual da Humanidade.
Só assim, com caridade, fraternidade, auxílio mútuo
desinteressado, a sociedade será mais tranquila e mais
segura, já nos informava o Espírito Pascal, em 1862.