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por Leda Maria Flaborea

Honra à Liberdade

“Para o acesso à verdade, cada um tem seu dia.”

Como título “Em Honra da Liberdade”, Emmanuel nos convida, no livro Palavras de Vida Eterna, lição 58, a refletir, junto com ele, sobre uma mensagem que o Apóstolo Paulo envia ao povo de Colossos.

Encontramo-la em Colossenses, capítulo 2, versículo 8, que diz o seguinte: “Tende cuidado para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, conforme os rudimentos do mundo, e não segundo o Cristo”.

Paulo nada mais fez do que confirmar nessa epístola o que Jesus já havia ensinado quando enfatizou: “E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”. (João, 8:32.)

O que isso verdadeiramente significa para nós? Significa que todas as vezes que nos inclinarmos a violentar o pensamento alheio com nossas “verdades” e “certezas eternas” seria bom nos lembrarmos dessas palavras do Mestre.

A Bondade Suprema, a bondade de Deus, que é infinitamente invariável, deixa os homens livres para adquirirem conhecimentos. A partir daí, no nosso entendimento, dois caminhos se apresentam para nossa reflexão: quem ensina e o que ensina e quem aprende e o que aprende.

No primeiro caso, Emmanuel nos adverte da presença, em nosso caminho evolutivo, de criaturas a nos convidarem à indisciplina e à estagnação. E por essa razão é importante que fiquemos alertas a esses chamamentos, sobretudo se já alcançamos alguma luz e se já possuímos algum conhecimento, por menor que seja, dos ensinamentos do Cristo.

Invigilantes que somos, quase sempre em relação às nossas condutas do dia a dia, poderemos ser surpreendidos por pessoas que procuram nos constranger a ler a cartilha da realidade pelos seus olhos – e não pelos nossos – e a interpretar os ensinamentos do cotidiano pelas suas cabeças, e não pelas nossas. Desfiguram os preceitos da verdade, fantasiando fatos, armando ciladas para nosso orgulho e nosso egoísmo – ainda tão presentes em nossa existência planetária –levando-nos à rebelião, ao pessimismo, à viciação e à inutilidade.

Somos, parece-nos, alvos fáceis porque ainda não despertamos para a verdade do Cristo, que nos convida, constante e incansavelmente, à modificação de nossas disposições íntimas para o crescimento e a evolução espiritual. Somos renitentes porque insistimos em saber mais do que Ele, de imaginar que conhecemos mais nossas necessidades do que Ele, de que temos muito tempo ainda pela frente e é preciso “aproveitar a vida”.

Convém, pois, que nos acautelemos para não sermos limitados na nossa liberdade de agir, pensar e sentir. Jesus nos converte em filhos emancipados da Criação e não em escravos de sistemas fantasiosos, no dizer de Emmanuel.

O segundo caminho, para nossa reflexão, diz respeito a nós próprios, ou seja, quem aprende e o que aprende. Mais uma vez, o autor espiritual nos alerta para a renovação interior, para a modificação dos nossos sentimentos – principalmente da vontade de sermos os agentes desse processo –, buscando o esclarecimento para a solução dos problemas fundamentais da vida, quais sejam os problemas do ser (quem sou), do destino (de onde vim e para onde vou) e da dor (por que estou na Terra passando por tantas aflições).

Convida-nos, assim, a ficar vigilantes em relação ao que o Cristo nos ensinou sem deturpações, sem ilusões vãs, sentindo verdadeiramente a necessidade de encontrar essa ampliação em amor e sabedoria, através do trabalho no bem, do conhecimento da verdade que liberta e da iniciativa de procurar o melhor caminho para nos tornarmos bons.

Quando Jesus disse: “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”, o “Mestre não designou lugar, não traçou condições, não estatuiu roteiros, nem especificou tempo. Prometeu simplesmente ‘conhecereis a verdade’, e, para o acesso à verdade, cada um tem seu dia”.
 

Bibliografia:

Xavier, F. C. – Palavras de Vida Eterna – ditado pelo Espírito Emmanuel – 20ª ed., Edição CEC – Uberaba/MG – lição 130.


 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita