Vamos arrumar o
mundo?
Analisando a situação do planeta Terra como um todo
podemos considerar que as coisas estão boas?
Não, não estou procurando assoprar a brasa do pessimismo
quando tantos alertas do plano espiritual superior têm
chegado pedindo que não façamos sintonia com o mal, com
o desânimo, com a ideia de derrota, esquecendo-nos de
que Jesus está no comando do planeta.
Apenas faço esse convite para a análise da situação
mundial mencionando a desonestidade, o desamor, a
impunidade, a corrupção, as guerras, os atentados
terroristas, para desenvolver o raciocínio se queremos
consertar esse mundo que se nos apresenta de forma tão
lamentável nos dias atuais.
E então, vamos consertar o mundo? Quem deseja que assim
aconteça, siga-nos no raciocínio que iremos desenvolver.
Vou pedir ajuda ao apóstolo Paulo em Romanos, 12:2.
Diz ele: “E não vos conformeis com este mundo...”
Eis aí o apóstolo dando razão a todos os que não se
conformam com a situação atual do planeta Terra e
desejam consertá-lo, melhorar as condições para todos
indistintamente.
Só que agora vou completar a frase dele: “..., mas
transformai-vos...”
Mudou tudo, não é mesmo? Para consertar esse mundo do
qual tanto reclamamos, criticamos, vibramos contra,
existe uma condição fundamental: a nossa transformação,
porque o globo terrestre está como está porque os homens
são como são, ou seja, violentos, corruptos e
corruptores, desonestos, agressivos, cultivam o ódio,
não sabem amar verdadeiramente e vai por aí afora num
desfile bastante longo de imperfeições das quais ainda
somos portadores e que, muitas vezes, não combatemos.
Por exemplo: quando o pai ou a mãe ensina o filho a
mentir quando o telefone toca dizendo a quem está do
outro lado da linha que esse pai ou essa mãe não estão
no momento para atender, isso é agir desonestamente.
Quando diminuímos a velocidade na rodovia ao perceber a
presença de fiscalização e depois continuamos a correr
acima da velocidade permitida, isso é desonestidade.
Perante a declaração de nosso imposto de renda estamos
de consciência tranquila ou pedimos ao escritório de
contabilidade que dê um “jeitinho” para pagar menos
imposto? Isso é desonestidade. E ressalte-se que não
vale a desculpa que sofremos uma taxação das maiores do
mundo porque isso é problema daqueles que assim
decidiram e irão responder perante a própria
consciência.
Quando saímos um pouco antes do horário permitido de
nosso trabalho dando aquela escapada ilegal, isso é
desonestidade.
Quando despejamos no trânsito o vocabulário que lembra
toda a família do outro motorista que nos deu uma
“fechada” ou coisa semelhante, isso é violência.
Em nosso ambiente de trabalho, quando somos o arauto do
pessimismo com aquelas notícias “quentes” de última
hora, isso é colaborar com a perturbação do ambiente.
Quando dizemos que não levamos desaforo para casa, isso
é ser adepto da violência.
Ora, o mundo é composto por cidadãos do planeta Terra.
Como poderia estar em melhor situação?! Quem povoa o
nosso globo terrestre não são alienígenas, são cidadãos
que vivem e convivem nessa abençoada escola em que a
reencarnação nos situou por um ato da misericórdia de
Deus. Como poderia estar melhor se o mundo íntimo de
cada ser humano ainda carrega imperfeições como as
mencionadas?
Portanto, o apóstolo Paulo está pleno de razão: não
devemos nos conformar com o mundo, mas essa
inconformação deve ser manifestada conosco mesmos,
transformando-nos para criaturas melhores!
Ensina Emmanuel no livro Palavras de Vida Eterna,
capítulo “Combatendo A Sombra”, o seguinte: “O apóstolo
(Paulo) divinamente inspirado adverte-nos de que, em
verdade, não nos será possível a tácita conformação com
os enganos do mundo, tanta vez abraçados e
espontaneamente pela maioria dos homens, no entanto, não
nos induz a qualquer atitude de violência”.
Parece-me perfeita a receita de Paulo. Não adianta sair
às ruas com as mais variadas atitudes de violência para
demonstrar o nosso desagrado perante a situação do país.
O que temos que fazer é essa “guerra” interior contra
nós mesmos para eliminar nossas imperfeições, origem de
todo o desequilíbrio que nos incomoda.
O que é necessário é combater o bom combate como também
nos recomendou o apóstolo. E que combate melhor do que a
luta contra as imperfeições que ainda se encontram
dentro de cada um?
E então: vamos à luta?