Estudando as obras
de Manoel Philomeno
de Miranda

por Thiago Bernardes

Sexo e Obsessão
(Parte 46)
 

Damos prosseguimento ao estudo metódico e sequencial do livro Sexo e Obsessão, obra de autoria de  Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada originalmente em 2002.

Questões preliminares


A. Ante as ações realizadas pelos Benfeitores Espirituais, ocorreu alguma reação por parte da espiritualidade inferior?

Sim. O médium Ricardo aludiu a isso em sua palestra. Segundo ele, naquele momento verificava-se uma reação em cadeia na área espiritual inferior onde se encontram os Chefes que, sentindo-se prejudicados, tomaram providências para vingar-se, atacando a todos de forma cruenta e tramando planos de destruição do trabalho e interrupção das tarefas levadas a efeito pelos Benfeitores Espirituais. E acrescentou: “Não serão medidos esforços para conseguirem os resultados que esperam, competindo-nos advertir a todos, convidando os corações amigos à reflexão, à prece, à paz”. (Sexo e Obsessão, capítulo 23: Convites à reflexão e ao testemunho.)

B. Por que, em muitas ocasiões, nos tornamos alvos de fácil alcance para as flechas da maldade dos adversários do Bem?

O motivo disso está na predominância da natureza animal sobre a natureza espiritual que caracteriza grande parte dos habitantes do nosso orbe. Certamente somente nos sucede aquilo que merecemos ou que é melhor para o nosso crescimento espiritual. Mas não é possível que ignoremos a própria fragilidade e os débitos que nos assinalam o passado espiritual, os quais podem fazer com que nos deixemos seduzir pelos ardis e provocações procedentes de nossos adversários desencarnados. (Sexo e Obsessão, capítulo 23: Convites à reflexão e ao testemunho.)

C. É correto dizer que enquanto estivermos no corpo físico seremos viajantes em perigo?

Sim. Pelo menos é o que afirmou em sua palestra o médium Ricardo, que fez, na oportunidade, a seguinte advertência: "Assim, não estranhemos problemas nem testemunhos, antes enfrentemo-los alegres pela honra de estarmos a serviço de Jesus no mundo, construindo a Era Melhor do Espírito Imortal. Os nossos resgates são impostergáveis. Desse modo, rejubilemo-nos pela oportunidade de nos reabilitarmos através da ação benéfica, ao invés de ser por meio de enfermidades dilaceradoras ou degenerativas, que nos poderiam reter no leito em processo de recuperação necessária. Mediante o amor e a caridade, o auxílio mútuo e o trabalho em favor do progresso, desalgemar-nos-emos do ontem escravizador e avançaremos com pés ligeiros em direção do futuro abençoado”. (Sexo e Obsessão, capítulo 23: Convites à reflexão e ao testemunho.)


Texto para leitura


233. A reação da espiritualidade inferior – Feito breve silêncio, o expositor prosseguiu: “Nossa Instituição vem hospedando nobres Espíritos dedicados à terapia em torno dos problemas espirituais do sexo e da obsessão através das forças genésicas, e eles vêm conseguindo desbaratar uma Organização no Além-Túmulo dedicada à degradação e à obscenidade, onde se homiziam centenas de milhares de seres enlouquecidos pelas arbitrárias condutas morais, que se vêm refletindo no comportamento humano. Outrossim, estão trazendo à reencarnação alguns daqueles que se tornaram líderes e vítimas das situações mais lamentáveis, ao tempo em que um grande número de atormentados irão volver ao proscênio terreno com as marcas do vício e dos desplantes íntimos, que espocarão no futuro na conduta da nova geração, que se dedicará ao culto do corpo e do sexo, em desprezo às demais faculdades orgânicas e mensagens da vida”. Dito isso, ele informou que naquele momento se verificava uma reação em cadeia na área espiritual inferior onde se encontram os Chefes que, sentindo-se prejudicados, tomaram providências para vingar-se, atacando a todos de forma cruenta e tramando planos de destruição do trabalho e interrupção das tarefas levadas a efeito pelos Benfeitores Espirituais. E acrescentou: “Não serão medidos esforços para conseguirem os resultados que esperam, competindo-nos advertir a todos, convidando os corações amigos à reflexão, à prece, à paz”. (Sexo e Obsessão, capítulo 23: Convites à reflexão e ao testemunho.)

234. Porque nos tornamos alvos fáceis – Feita a advertência, o orador prosseguiu: "Certamente somente nos sucede aquilo que merecemos ou que é de melhor para o nosso crescimento espiritual. Como ignoramos a própria fragilidade e os débitos que nos assinalam o passado espiritual, mesmo sob a tutela dos Anjos da caridade e do amor, que são os nossos Benfeitores espirituais, poderemos deixar-nos seduzir pelos ardis e provocações colocados em pauta. Em razão da predominância da natureza animal sobre a natureza espiritual, tornamo-nos alvos de fácil alcance para as flechas da sua maldade, que certamente nos atingirão e poderão levar-nos à debacle. Somente conseguiremos o êxito dos nossos compromissos se permanecermos unidos, se dialogarmos quando algo não estiver correspondendo à expectativa, se discutirmos nossos propósitos, se nos ampararmos uns nos outros, se conseguirmos desculpar-nos sinceramente e distendermos mãos amigas, porque uma vara só é fácil de ser arrebentada, não porém, um feixe delas, conforme nos disse Jesus. Teremos momentos de muitas dificuldades e de dores morais que estão inscritos em nossos mapas reencarnacionistas como recurso para o nosso equilíbrio e em favor da nossa transformação moral para melhor, se soubermos bem administrar as ocorrências desagradáveis e angustiantes. Simultaneamente também, experimentaremos a ufania e o êxtase, toda vez que nos vencermos, que superarmos os impulsos do mal, que ultrapassarmos as barreiras da dificuldade e que nos dispusermos a socorrer e construir o bem em toda parte, não obstante as lutas renhidas”. (Sexo e Obsessão, capítulo 23: Convites à reflexão e ao testemunho.)

235. Somos viajantes em perigo – Na parte final da palestra, o orador lembrou que enquanto nos encontramos no corpo físico seremos viajantes em perigo e a vitória somente poderá ser considerada após conquistado todo o percurso e chegarmos à meta para onde nos dirigimos. Disse em seguida: "Assim, não estranhemos problemas nem testemunhos, antes enfrentemo-los alegres pela honra de estarmos a serviço de Jesus no mundo, construindo a Era Melhor do Espírito Imortal. Os nossos resgates são impostergáveis. Desse modo, rejubilemo-nos pela oportunidade de nos reabilitarmos através da ação benéfica, ao invés de ser por meio de enfermidades dilaceradoras ou degenerativas, que nos poderiam reter no leito em processo de recuperação necessária. Mediante o amor e a caridade, o auxílio mútuo e o trabalho em favor do progresso, desalgemar-nos-emos do ontem escravizador e avançaremos com pés ligeiros em direção do futuro abençoado. Nunca temamos! Jesus está no comando e espera apenas que lhe sejamos dóceis à voz, atendendo-lhe ao chamado, que nos chega por intermédio dos Seus elevados mensageiros espirituais. Confiantes no triunfo que nos espera, demo-nos as mãos, continuemos no labor que nos dignifica e que dá sentido às nossas existências corporais. Brilhe a vossa luz - propôs-nos o Mestre. Acendamos a claridade do amor incondicional em nosso mundo íntimo e deixemos que brilhe a luz da misericórdia em toda parte, irradiando-se de nós como bênção da vida em favor de todas as vidas. Que o Senhor da Vida a todos nos abençoe!". (Sexo e Obsessão, capítulo 23: Convites à reflexão e ao testemunho.)

236. Despedidas – Madre Clara de Jesus não ocultava a satisfação ante o efeito da conferência de esclarecimento e o convite aos membros da Instituição que dirigia, em face da necessidade de cumprimento do dever e da responsabilidade que lhes dizia respeito. Quanto ao médium Ricardo, embora houvesse proferido a conferência sob a direção da Mentora, não apresentava qualquer sinal de cansaço físico ou mental, antes, pelo contrário, estava com imensa disposição íntima de servir e de atender os nautas que tombaram na travessia das ondas do encapelado oceano da existência ou que se encontravam em grave situação de risco. O sorriso jovial ornava-lhe os lábios e todo ele irradiava simpatia e bondade. Assim se deve atender as criaturas necessitadas, necessitados que, de alguma forma, somos todos nós ante os Celeiros de Bênçãos da Divindade. Na Casa a movimentação era grande, particularmente por Entidades espirituais, à medida que diminuía a presença das pessoas físicas, que retornaram ao ninho doméstico, exceção feita aos que continuavam no labor. O irmão Anacleto informou, na oportunidade, que logo mais deveriam ser encerrados os labores pertinentes ao programa de assistência ao padre Mauro, e que fora desencadeado o processo de atendimento a outros Espíritos que se lhe vinculavam. Explicou que aguardaria o encerramento total das atividades humanas na Instituição que os albergava, a fim de estarem presentes o médium Ricardo e outros amigos que participaram dos labores abençoados, agora em fase final, enquanto o futuro se encarregaria de dar curso ao desdobramento das ações iluminativas a que todos se vinculavam. (Sexo e Obsessão, capítulo 24: Despedidas.)

237. Quem fomos no passado – Philomeno ficou por alguns momentos com seu companheiro Dilermando, que também se encontrava emocionado ante as ocorrências felizes de que participara. Enquanto eles aguardavam o momento próprio para as despedidas e o encerramento do labor, conversaram acerca do problema das perseguições que procedem de ambos os lados da Vida contra os espíritas. “Penso de maneira segura – disse Dilermando – que inúmeros espíritas atuais são muitos dos cristãos de ontem que se emaranharam em cipoais de desequilíbrio e de malversação de valores morais. Convidados ao Cristianismo através dos tempos, deixaram-se consumir pelas perplexidades e destrambelhes emocionais, resultantes dos instintos e do estado de primarismo em que ainda se encontravam. Assumiram compromissos com a Mensagem de Jesus e, ao invés de utilizá-la para dignificar as criaturas, tomaram-na como mecanismo de autopromoção e de vitória sobre os outros, criando situações muito embaraçosas para si mesmos. Não poucos buscaram os monastérios, conventos e o sacerdócio para melhor servirem, e, atormentados, estabeleceram critérios infelizes e leis arbitrárias para usurpar o poder temporal, que deixaram quando o corpo sucumbiu. Assumiram Paróquias e Ordens, Instituições e Entidades nas quais se consideravam inatingíveis, mas a morte não os poupou, arrebatando-os iludidos e enfermos, para posterior despertar no mundo espiritual em estado lastimável... Por nimiedade do amor de Jesus, foram recambiados ao corpo, com oportunidade de reencontrar a Mensagem que defraudaram, agora renovadora e lógica, a fim de se recuperarem dos gravames e servirem com abnegação, conseguindo a paz que atiraram fora.” (Sexo e Obsessão, capítulo 24: Despedidas.) (Continua no próximo número.)

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita