Cena de almoço de família
Domingo, inverno no Hemisfério Sul.
Vem da cozinha um retinir de talheres e pratos.
A meninazinha, vestido e meias vermelhas, com suas boas
intenções põe a mesa. “Mãe, uso os guardanapos de pano?”
O pai mexe o molho – está fumegante.
Do fundo do quintal, a mãe traz folhas de manjericão. A
vida simples, o ar fresco ao meio-dia.
De atitude suave e discreta, aparece, no vão da janela
de madeira, o gato amarelo da casa.
“Hora de comer!” – o pai avisa.
Agora todos se agruparão alegres em torno do macarrão.
Sem receio, o dia se estenderá nesta parte do mundo
porque a casa é pequena, mas tranquila e acolhedora.
Ninguém ali está apressado, nem temeroso, bastam-lhe
simplesmente amar e conviver, desnecessário recitar um
poema.