Um minuto
com Chico Xavier

por Regina Stella Spagnuolo

 
A infância de Chico foi sempre repleta de ricas experiências que nos fazem refletir. Este é o caso da chave de sua casa.

Com a saída do chefe da casa e dos filhos mais velhos para o trabalho e com a ausência das crianças na escola, Dona Cidália era obrigada, por vezes, a deixar a casa, a sós, porque devia buscar lenha, à distância.

Aí começou uma dificuldade.

Certa vizinha, vendo a casa fechada, ia ao quintal e colhia as verduras.

A madrasta bondosa preocupou-se.

Sem verduras não haveria dinheiro para o serviço escolar.

Dona Cidália observou... Observou...

E ficou sabendo quem lhes subtraía os recursos da horta; entretanto, repugnava-lhe a ideia de ofender uma pessoa amiga por causa de repolhos e alfaces.

Chamou, então, o Chico e lembrou.

— Meu filho, você diz que, às vezes, encontra o Espírito de Dona Maria.

Peça-lhe um conselho. Nossa horta está desaparecendo e, sem ela, como sustentar o serviço da escola? Chico procurou o quintal à tardinha e rezou e, como das outras vezes, a mãezinha apareceu.

O menino contou-lhe o que se passava e pediu-lhe socorro.

D. Maria então lhe disse:

— Você diga à Cidália que realmente não devemos brigar com os vizinhos, que são sempre pessoas de quem necessitamos. Será então aconselhável que ela dê a chave da casa à amiga que vem talando a horta, sempre que precise ausentar-se, porque, desse modo a vizinha, ao invés de prejudicar os legumes, nos ajudará a tomar conta deles.

Dona Cidália achou o conselho excelente e cumpriu a determinação.

Foi assim que a vizinha não mais tocou nas hortaliças, porque passou a responsabilizar-se pela casa inteira!

 

Do livro Lindos Casos de Chico Xavier, de Ramiro Gama.
 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita