Estudando as obras
de Manoel Philomeno
de Miranda

por Thiago Bernardes

Sexo e Obsessão

Manoel P. de Miranda

(Parte 49 e final)


Concluímos nesta edição o estudo metódico e sequencial do livro Sexo e Obsessão, obra de autoria de  Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada originalmente em 2002.


Questões preliminares


A. De que modo Chico Xavier conheceu a Cidade Estranha, conforme relato feito por ele a Newton Boechat?

Ele foi conduzido até a mencionada cidade por Emmanuel. Isso se deu por ocasião de um dos constantes desdobramentos astrais ocorridos com o saudoso médium. A cidade visitada pelo médium situava-se na região do Umbral. (Sexo e Obsessão. Posfácio da Editora. A Cidade Estranha)

B. Por que a cidade visitada foi chamada de Cidade Estranha?

A localidade era estranha não só pelo seu aspecto desarmônico e antiestético, mas também pelas manifestações de luxúria, degradação de costumes e sensualidade de seus habitantes, exibidas em todos os logradouros públicos, ruas, praças etc. Emmanuel informou ao Chico que aquela vasta comunidade espiritual era governada por entidades mentalmente vigorosas, porém negativas em termos de ética e sentimentos humanos. Eram estes maiorais que davam as ordens e faziam-se obedecer, exercendo sobre aquelas entidades um poder do tipo da sugestão hipnótica, ao qual tais Espíritos estariam submetidos, ainda mesmo depois de reencarnados. (Sexo e Obsessão. Posfácio da Editora. A Cidade Estranha)

C. No dia em que Chico Xavier visitou a Cidade Estranha, uma euforia generalizada parecia dominar os que ali residiam. Por quê?

O que o médium viu se assemelhava a uma "festa de despedida" de uma multidão que demonstrava a certeza da aproximação de um fim inexorável, que extinguiria a situação cômoda até então usufruída por todos. De fato, aqueles Espíritos, sem exceção, haviam recebido um aviso de que estava determinado, de maneira irrevogável pelos "Planos da Espiritualidade Superior", o seu próximo reingresso à vida carnal na Terra. A esse decreto inapelável não iriam escapar nem os próprios maiorais. (Sexo e Obsessão. Posfácio da Editora. A Cidade Estranha)


Texto para leitura


250. A Cidade Estranha – O texto a seguir foi extraído da Folha Espírita de janeiro de 1990. Quem o narra é Karl W. Goldstein, que em 1959 ficou conhecendo o orador Newton Boechat. Ele acabara de findar um roteiro de palestras e, passando por São Paulo, aproveitou a oportunidade para visitá-lo, iniciando então um relacionamento amistoso que tem durado todos esses anos, cada vez mais firme e cordial. (Sexo e Obsessão. Posfácio da Editora. A Cidade Estranha)

251. Newton Boechat estivera no Instituto Brasileiro de Pesquisas Psicobiofísicas (IBPP), para uma breve visita, no dia 16 de janeiro de 1989, às 14h, em companhia do Prof. Apoio Oliva Filho e sua digna esposa, d. Neyde Gandolfi Oliva. Nessa oportunidade pedi ao Newton que tornasse a contar o episódio que lhe fora revelado por Chico Xavier, em Pedro Leopoldo, e que ele me transmitira naquela ocasião em que nos vimos pela primeira vez. (Sexo e Obsessão. Posfácio da Editora. A Cidade Estranha)

252. Newton Boechat iniciou explicando que inúmeros fatos têm sido contados por Chico Xavier, em caráter íntimo, aos amigos e que, na ocasião, algumas vezes não era oportuna a sua revelação ao público. Entretanto, com o passar do tempo, tais confidências foram-se tornando livres de censura e poderiam ser dadas a conhecer, sem quaisquer inconvenientes. (Sexo e Obsessão. Posfácio da Editora. A Cidade Estranha)

253. Newton estivera com Chico Xavier, em 1947, na cidade de Pedro Leopoldo, quando o livro intitulado No Mundo Maior, de André Luiz, tinha sido recentemente psicografado (mais precisamente, Chico terminou de recebê-lo em 25 de março de 1947). No livro há um capítulo versando sobre o sexo (Cap. XI). Cerca de 30% da matéria desse capítulo, recebido psicograficamente, tiveram de ser suprimidos, para não causar reações negativas, devido aos preconceitos ainda vigentes em nosso meio naquela época. Somente mais tarde, puderam vir a lume livros que abordaram um tanto livremente as questões ligadas ao sexo. (Sexo e Obsessão. Posfácio da Editora. A Cidade Estranha)

254. Logo após Chico Xavier haver recebido o livro No Mundo Maior, ele contou a Newton Boechat o caso que sintetizamos nos tópicos seguintes.(Sexo e Obsessão. Posfácio da Editora. A Cidade Estranha)

255. Em um dos constantes desdobramentos astrais ocorridos com o saudoso médium, Emmanuel conduziu o duplo-astral de Chico Xavier a uma imensa cidade espiritual, situada na região do Umbral. Esta lhe pareceu extremamente inferior e bastante próxima da crosta planetária. (Sexo e Obsessão. Posfácio da Editora. A Cidade Estranha)

256. Era uma cidade estranha não só pelo seu aspecto desarmônico e antiestético, como pelas manifestações de luxúria, degradação de costumes e sensualidade de seus habitantes, exibidas em todos os logradouros públicos, ruas, praças etc. (Sexo e Obsessão. Posfácio da Editora. A Cidade Estranha)

257. Emmanuel informou ao Chico que aquela vasta comunidade espiritual era governada por entidades mentalmente vigorosas, porém negativas em termos de ética e sentimentos humanos. Eram estes maiorais que davam as ordens e faziam-se obedecer, exercendo sobre aquelas entidades um poder do tipo da sugestão hipnótica, ao qual tais Espíritos estariam submetidos, ainda mesmo depois de reencarnados. (Sexo e Obsessão. Posfácio da Editora. A Cidade Estranha)

258. Pelas ruas da referida cidade estranha desfilavam, de maneira semelhante a cordões carnavalescos, multidões compostas de entidades que se esmeravam em exibições de natureza pornográfica, erótica e debochada. Os maiorais eram conduzidos em andores ou tronos colocados sobre carros alegóricos, cujos formatos imitavam os órgãos sexuais masculinos e femininos. (Sexo e Obsessão. Posfácio da Editora. A Cidade Estranha)

259. Uma euforia generalizada parecia dominar aquelas criaturas, ou mais apropriadamente, assistia-se a uma "festa de despedida" de uma multidão revelando a certeza da aproximação de um fim inexorável, que extinguiria a situação cômoda até então usufruída por todos. (Sexo e Obsessão. Posfácio da Editora. A Cidade Estranha)

260. De fato, aqueles Espíritos, sem exceção, haviam recebido um aviso de que estava determinado, de maneira irrevogável pelos "Planos da Espiritualidade Superior", o seu próximo reingresso à vida carnal na Terra. A esse decreto inapelável não iriam escapar nem os próprios maiorais. (Sexo e Obsessão. Posfácio da Editora. A Cidade Estranha)

261. O relato de Newton Boechat fora-nos transmitido aproximadamente dez anos depois do seu bate-papo com Chico Xavier, em Pedro Leopoldo. Na ocasião em que o ouvimos, o fato causou-nos uma forte impressão e pudemos gravá-lo bem na memória. (Sexo e Obsessão. Posfácio da Editora. A Cidade Estranha)

262. Cerca de doze anos se passaram depois que o Newton nos fez esta revelação. Lembramo-nos, de que ainda trabalhávamos em uma divisão do DAEE, em São Paulo. Um dos nossos colegas havia regressado de uma viagem de férias. Ele estivera nos países do norte da Europa e, surpresíssimo, vira em bancas de jornais, em algumas capitais, revistas pornográficas expostas à venda livremente. Impressionado com aquela novidade, ele adquiriu algumas revistas e trouxe-as, para mostrar aos amigos o que se estava passando naqueles países "ultracivilizados". (Sexo e Obsessão. Posfácio da Editora. A Cidade Estranha)

263. No dia em que o colega recomeçou a trabalhar, ele mostrou a todos as tais revistas. Imediatamente, lembramo-nos do episódio que nos fora revelado por Newton e, inadvertidamente, deixamos escapar uma expressão que nenhum dos nossos colegas entendeu: "Oh! Eles já estão aí!" (Sexo e Obsessão. Posfácio da Editora. A Cidade Estranha)

264. Realmente percebemos imediatamente que aquelas revistas deviam ser um dos sinais típicos do reingresso daqueles Espíritos que jaziam nas zonas do Baixo Astral, na corrente da vida terrena. Com eles viriam mudanças profundas nos costumes da humanidade: a licenciosidade, as "músicas" ruidosas e desequilibrantes, a rebeldia dos nossos filhos, a instabilidade das instituições familiares e sociais, e, finalmente, o que presenciamos, hoje em dia, com o recrudescimento da criminalidade e da insegurança, além do cortejo de outros inúmeros problemas com os quais se defrontam as criaturas humanas, neste atribulado fim de século. (Sexo e Obsessão. Posfácio da Editora. A Cidade Estranha)

265. Conclusão – É elementar e poucos ignoram que a História da espécie humana se apresenta pontilhada de períodos de grandes crises, seguidos de fases de prosperidade e reequilíbrio. É semelhante a uma sucessão de ciclos que se desenvolvem como uma espiral em constante ascensão. Há um lento progredir apesar dos episódios negativos. Provavelmente, os "Planos Superiores da Espiritualidade" velam pela humanidade, dosando sabiamente os "ingredientes" injetados na corrente da vida. (Sexo e Obsessão. Posfácio da Editora. A Cidade Estranha)

266. A par dos espíritos rebeldes, reencarnam também aqueles que lutam pelo Bem, pela Ciência e pelo aperfeiçoamento do homem. Não percamos a esperança... (Sexo e Obsessão. Posfácio da Editora. A Cidade Estranha)


Fim


 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita