Questões vernáculas

por Astolfo O. de Oliveira Filho

A seguir, mais cinco dicas a respeito do correto uso do idioma português, que extraímos do texto “50 erros de português que você não pode mais cometer”, publicado no jornal O Globo, versão digital, no dia 30/8/2016.

Se o leitor tiver interesse e quiser acessar o texto publicado pelo jornal O Globo, clique aqui

Eis os tópicos de hoje:

31. Deixa eu escrever/Deixa-me escrever

Quando os verbos "deixar", "fazer", "ver" e "mandar" vêm seguidos de infinitivo, usam-se os pronomes oblíquos no padrão culto da língua: "Deixa-me escrever". Aqui, porém, um adendo. "Esse tipo de construção com pronomes retos ('deixa eu estudar', 'deixa ele estudar') está-se tornando cada vez mais comum, fundamentalmente na linguagem oral", destaca o professor Eduardo Calbucci, em uma ressalva de que o certo e o errado podem não ser absolutos se levarmos em consideração a evolução da língua.

32. Seguem anexos os documentos (certo)/Seguem os documentos em anexo (errado)

Expressões bem comuns em          e-mails. Se funciona como adjetivo, indicando que algo está ligado, a palavra "anexo" não exige o uso de "em" e deve concordar em gênero e número com o substantivo a que se refere – no caso, "documentos". De outra forma, se o interlocutor quer dizer o modo pelo qual algo está sendo enviado, é preferível dizer "no anexo" em vez de "em anexo".

33. Proibida a entrada (certo)/Proibido a entrada (errada)

O sujeito da oração é "a entrada", feminino e acompanhado de artigo, por isso "proibido" concorda com "entrada": "Proibida a entrada".

34. Vamos nos ver amanhã? (certo)/Vamos se ver amanhã? (errado)

O sujeito do verbo "vamos" é de primeira pessoa do plural (nós), por isso a forma correta é "vamos nos ver".

35. Senão/Se não

A escolha depende bastante do que você quer expressar. "Senão" é "caso contrário" ou "a não ser". "Se não" mostra uma condição, como em "se não sabe como fazer, não faça".



 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita