Estudando as obras
de André Luiz

por Ana Moraes

 Opinião Espírita

(Parte 7)


Damos continuidade nesta edição ao estudo sequencial do livro Opinião Espírita, obra lançada pela FEB em 1963, com textos de autoria de Emmanuel e André Luiz, psicografados, respectivamente, pelos médiuns Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira.


Questões preliminares


A. A conduta é mais importante que a palavra?

Sim. A palavra, a ideia, a opinião atraem, mas a conduta arrasta. Em face disso, propõe-nos André Luiz que exercitemos a bondade e a paciência, a alegria e a fé, por companheiras da alma, levantando o ânimo e fortalecendo os corações que nos partilhem a marcha.(Opinião Espírita, cap. 23: Segundo o Espiritismo.)

B. Qual a observação feita por André Luiz sobre o personalismo?

Segundo ele, o personalismo é porta sutil para a vaidade. É por isso que devemos direcionar para Jesus, nosso Mestre, as atenções e os agradecimentos, a confiança e a reverência de todas as criaturas que mourejam nas tarefas do bem.(Opinião Espírita, cap. 23: Segundo o Espiritismo.)

C. Devemos assegurar a simplicidade dos princípios espíritas em nossas instituições doutrinárias?

Claro que sim, evitando desse modo que sejam introduzidas nos centros espíritas práticas estranhas à simplicidade que lhes vige na base. Proceder assim não é fanatismo nem rigorismo de espécie alguma. Certamente devemos respeitar as opiniões alheias, mas não podemos aceitar nem abraçar tudo quanto nos sugerem os novidadeiros. (Opinião Espírita, cap. 25: Práticas estranhas.)


Texto para leitura


124. Segundo o Espiritismo – Nossa vida reflete-se sobre todas as vidas que nos rodeiam. Acata as leis que dirigem a experiência coletiva, sem esquecer-te de que o comportamento da pessoa interessada em burilar-se moralmente é sempre mais observado e seguido pelos outros.(Opinião Espírita, cap. 23: Segundo o Espiritismo.)

125. A riqueza inaproveitada cria a miséria. Aperfeiçoa a paisagem onde estejas situado, com os melhores recursos da aprendizagem humana, recordando que estás em trânsito, nessa ou naquela propriedade que a Sabedoria Divina pode fazer passar de mão em mão. (Opinião Espírita, cap. 23: Segundo o Espiritismo.)

126. A existência no corpo terrestre, por mais longa, é instante breve à frente da Eternidade. Certifica-te de que os minutos não nos esperam para a consecução desse ou daquele acontecimento. (Opinião Espírita, cap. 23: Segundo o Espiritismo.)

127. A opinião atrai, mas a conduta arrasta. Elege a bondade e a paciência, a alegria e a fé, por tuas companheiras da alma, levantando o ânimo e fortalecendo os corações que te partilhem a marcha, a fim de que a sinceridade e a pureza se façam a luz na tua estrada cristã.(Opinião Espírita, cap. 23: Segundo o Espiritismo.)

128. Do auxílio individual surge a grandeza do esforço coletivo. Busca dentro das próprias possibilidades os ideais e as opiniões favoráveis à melhoria das normas de trabalho nas organizações a que te filies.(Opinião Espírita, cap. 23: Segundo o Espiritismo.)

129. O personalismo é porta sutil para a vaidade. Faze confluir para Jesus, Nosso Divino Mestre, as atenções e os agradecimentos, a confiança e a reverência de todas as criaturas que mourejam nas tarefas do bem. (Opinião Espírita, cap. 23: Segundo o Espiritismo.)

130. Práticas estranhas – Muitos, companheiros, sob a alegação de que todas as religiões são boas e respeitáveis, julgam que as tarefas espíritas nada perdem por aceitar a enxertia da práticas estranhas à simplicidade que lhes vige na base, lisonjeando indebitamente situações e personalidades humanas, supostamente capazes de beneficiar as construções doutrinárias do Espiritismo. (Opinião Espírita, cap. 25: Práticas estranhas.)

131. No entanto, examinemos, sem parcialidade, a expressão contraditória de semelhante atitude, analisando-a, na lógica da vida.(Opinião Espírita, cap. 25: Práticas estranhas.)

132. Criaturas de todas as plagas dos Universos são filhas do Criador e chegarão, um dia, à perfeição integral. Mas, no passo evolutivo em que nos achamos, não nos é lícito estar com todas, conquanto respeitemos a todas, de vez que inúmeras se encontram em experiências diametralmente opostas aos objetivos que nos propomos alcançar. (Opinião Espírita, cap. 25: Práticas estranhas.)

133. Não existem caminhos que não sejam viáveis e todos podem conduzir a determinado ponto do mundo. Contudo, somente os viajores irresponsáveis escolherão perlustrar atalhos perigosos e desfiladeiros obscuros, espinheiros e charcos, no Dédalo de aventuras marginais, ao longo da estrada justa. (Opinião Espírita, cap. 25: Práticas estranhas.)

134. Indiscriminadamente, os produtos expostos num mercado são úteis. Mas sob a desculpa do acatamento que se deve a todos, não nos cabe e sem qualquer consideração para com a própria saúde. (Opinião Espírita, cap. 25: Práticas estranhas.)

135. Águas de qualquer procedência liquidam a sede. No entanto, com a desculpa de que todas são valiosas, não é aconselhável se beba qualquer uma, sem qualquer preocupação de limpeza, a menos que a pessoa esteja nas vascas da sofreguidão, ameaçada de morte pelo deserto.(Opinião Espírita, cap. 25: Práticas estranhas.)

136. Sabemos que a legislação humana obtida à custa de sofrimento estabelece a segregação dos irmãos delinquentes para o trabalho reeducativo; sustenta a polícia rodoviária para garantir a ordem da passagem correta; mantém fiscalização adequada para o devido asseio nos recursos destinados à alimentação pública e cria agentes de filtragem para que as fontes não se façam veículos de endemias e outras calamidades que arrasariam populações indefesas.(Opinião Espírita, cap. 25: Práticas estranhas.)

137. Reflitamos nisso e compreenderemos que assegurar a simplicidade dos princípios espíritas, nas casas doutrinárias, para que as suas atividades atinjam a meta da libertação espiritual da Humanidade não é fanatismo e nem rigorismo de espécie alguma, porquanto agir de outro modo seria o mesmo que devolver um mapa luminoso ao labirinto das sombras, após séculos de esforço e sacrifício para obtê-lo, como se também, a pretexto de fraternidade, fôssemos obrigados a desertar do lar para residir nas penitenciárias; a deixar o caminho certo para seguir pelo cipoal; a largar o prato saudável para ingerir a refeição deteriorada e desprezar a água potável por líquidos de salubridade suspeita. (Opinião Espírita, cap. 25: Práticas estranhas.)

138. Em Doutrina Espírita, pois, é compreensível afirmar que é certo respeitar tudo e beneficiar sem complicar a cada um de nossos irmãos, onde quer que se encontrem, mas não podemos aceitar tudo e nem abraçar tudo, a fim de podermos estar certos. (Opinião Espírita, cap. 25: Práticas estranhas.) (Continua no próximo número.) 


 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita