Um minuto
com Chico Xavier

por Regina Stella Spagnuolo

 
Joaquim Timbira era uma das entidades que se comunicavam frequentemente nas sessões dos irmãos Xavier.

Companheiro espiritual, simples e bom, estava sempre disposto a auxiliar com a sua experiência nos trabalhos em favor dos obsidiados.

Houve uma ocasião em que apareceu uma jovem perseguida por diversas entidades da sombra e, à noite, obsessores, em falanges, tomavam-lhe a boca, derramando fel e veneno em forma de palavras.

José doutrinava os visitantes conturbados. Iam muitos e muitos vinham. E o dirigente conversava, conversava.

Numa das reuniões, Joaquim Timbira incorpora-se no Chico e aconselha:

— José, meu filho, convém ensinar o bom caminho aos irmãos sofredores, entretanto é preciso doutrinar igualmente a médium. É necessário que a mocinha estude, compenetrando-se dos seus deveres.

— Mas não será caridade necessária doutrinar os espíritos infelizes?

— Sim, sim...

— Então? — insistiu José Xavier — penso que estou certo, procurando encaminhar à verdade nossos irmãos vitimados pela ignorância e pelo sofrimento. Devem eles ser atendidos em primeiro lugar.

Joaquim Timbira fez uma longa pausa como quem refletia com segurança para responder e considerou:

— José, toda a caridade feita com boa intenção é louvável diante do Céu, mas que será melhor? curar feridas ou espantar moscas?

E a pergunta do amigo espiritual ficou gravada por valiosa lição.

 

Do livro Lindos Casos de Chico Xavier, de Ramiro Gama.

 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita