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por Luiz Carlos Formiga

 

Cuidado com o meio ambiente


No estudo dos fenômenos psíquicos é necessário um clima de serenidade, de recolhimento e de pensamentos nobres. Somente desta forma funcionará a lei de afinidade psíquica, que atrairá os Espíritos nobres. (1, 2)

No livro “O Espírito da Verdade”, diz Bezerra de Menezes: o mundo está repleto de ouro, mas o ouro não resolve o problema da miséria; repleto de espaço, mas o espaço não resolve o problema da cobiça; de cultura, mas a cultura da inteligência não resolve o problema do egoísmo; de teorias, mas as teorias não resolvem o problema do desespero; de organizações, mas as organizações não resolvem o problema do crime.

Para extinguir a chaga da ignorância, que acalenta a miséria; dissipar a sombra da cobiça, que gera a ilusão; exterminar o monstro do egoísmo, que promove a guerra; anular o verme do desespero, que promove a loucura, e remover o charco do crime, que carreia o infortúnio, o único remédio eficiente é o Evangelho de Jesus no coração humano. Sejamos, assim, valorosos, estendendo a Doutrina Espírita pela emoção e pela ideia, diretriz e conduta, palavra e exemplo.

O coração esclarecido deve cooperar na transformação, para o bem, do meio ambiente em que renasceu. Devemos trabalhar para melhorar e elevar as condições materiais e morais de todos os que vivem na zona de nossa influência. Assim, surgiu a necessidade de elaborarmos leis de proteção ambiental. (3)

Vamos fazer chegar ao cidadão os Princípios de Proteção do Meio Ambiente. Eles são o sustentáculo do Direito Ambiental e elementos vitais do próprio Direito. A Constituição da República instituiu como princípio da ordem econômica a defesa do meio ambiente. Um meio ambiente ecologicamente equilibrado nos impõe a utilização não predatória dos recursos ambientais, o que nos coloca diante do Princípio do Desenvolvimento Sustentável.

Quando o Estado tem a responsabilidade de assegurar que as atividades sob sua jurisdição não causem danos ao meio ambiente, estamos com o Princípio da Cooperação Internacional. Existem outros princípios, como o do Meio Ambiente Ecologicamente Equilibrado, que impõe ao Poder Público e à coletividade o dever de defender o meio ambiente e de preservá-lo.

Por suas características de irreversibilidade e irreparabilidade o dano ambiental fez nascer o Princípio da Prevenção. A necessidade da preservação da diversidade biológica nos conduziu ao da Proteção da Biodiversidade. A vida é direito fundamental no ordenamento jurídico pátrio. Um meio ambiente ecologicamente equilibrado é fundamental para saúde, assim temos o Princípio da Sadia Qualidade de Vida, que aponta para a necessidade de meio rural e cidades saudáveis.

Dois outros Princípios são: os do Poluidor Pagador e o da Participação Popular. Com o primeiro, poderemos nos defrontar com o político que comprará cotas de poluição pela certeza da impunidade. Mas diante do segundo, com a participação popular, surge o Princípio da Educação Ambiental, aquela atividade que oferecerá melhores administradores, políticos e eleitores.

Sem um sério investimento na educação da inteligência espiritual, que leva em conta os valores éticos, continuaremos a eleger administradores que desvalorizam os Princípios acima enumerados. (4)

Essa transformação não se operará da noite para o dia, como podemos observar na resposta da questão 800 d’O Livro dos Espíritos

Pergunta Kardec: não é de temer que o Espiritismo não consiga vencer a indiferença dos homens e o seu apego às coisas materiais?

Resposta - As ideias se modificam pouco a pouco e são necessárias gerações para que se apaguem completamente os traços dos velhos hábitos. Mas, com o Princípio da Participação Popular, a esperança ganha força.

N’O Livro dos Médiuns, J.J. Rousseau nos desperta para o cuidado com o meio ambiente interior: “A preocupação com as questões morais está sendo despertada por toda parte. Discute-se a política que desperta o interesse geral; discutem-se os interesses particulares; despertam paixões o ataque ou a defesa de personalidades; mas as verdades morais, que são o alimento da alma, o pão da vida, permanecem na poeira acumulada pelos séculos”.

Se o Espiritismo ressuscitar o Espiritualismo, dará à sociedade o impulso que despertará em uns a dignidade interior, em outros a resignação e em todas as pessoas a necessidade de elevar-se para o Ser Supremo.

Mesmo em se tratando de ambiente exterior, o Princípio da Educação Ambiental ainda é negligenciado. Ele é imperativo constitucional e uma obrigação individual, porque não é apenas o Poder Público que deve promover a informação ambiental. O meio ambiente é um bem de toda a coletividade. Sua integridade é base para que o homem possa perseguir e sonhar com o seu bem-estar físico, psíquico e social.

Com a necessidade de preservar o meio ambiente, investe-se na educação para despertar a consciência ecológica humana. Dessa forma, o homem passará a questionar o seu sonho de progresso e desenvolvimento, a todo custo.

A transformação interior, a busca do autoconhecimento, é também promovida pelo processo educativo. Nós precisamos ser a mudança que nós queremos ver no mundo. (Gandhi.)

Com Jesus ficou demonstrado que somos seres de natureza espiritual. Daí a importância do cuidado com o universo interior, com o estudo da Ecologia da alma. O autoconhecimento acelera a evolução individual. Mais evoluídos responderemos de forma mais satisfatória, quando expostos a situações estressantes. Com duas semanas de conhecimento cristão, já sabemos o que fazer.

Assim, é muito provável que, por enquanto, seja plenamente dispensável a nossa cooperação no paraíso.

No momento, o nosso lugar de servir e aprender, ajudar e amar é na Terra, mesmo. À medida que se nos intensifica a madureza de espírito, nos tornamos semeadores. (5) Com a educação das inteligências, emocional e espiritual, investimos na Ecologia da alma.

 

Referências:


1.   link 1

2.   link 2

3.  o rebate

4.  a era

5.  o rebate-2 

 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita