Cuidado com o meio ambiente
No estudo dos fenômenos psíquicos é necessário um clima
de serenidade, de recolhimento e de pensamentos nobres.
Somente desta forma funcionará a lei de afinidade
psíquica, que atrairá os Espíritos nobres. (1, 2)
No livro “O Espírito da Verdade”, diz Bezerra de
Menezes: o mundo está
repleto de ouro, mas o ouro não resolve o problema da
miséria; repleto de espaço, mas o espaço não resolve o
problema da cobiça; de cultura, mas a cultura da
inteligência não resolve o problema do egoísmo; de
teorias, mas as teorias não resolvem o problema do
desespero; de organizações, mas as organizações não
resolvem o problema do crime.
Para extinguir a chaga da ignorância, que acalenta a
miséria; dissipar a sombra da cobiça, que gera a ilusão;
exterminar o monstro do egoísmo, que promove a guerra;
anular o verme do desespero, que promove a loucura, e
remover o charco do crime, que carreia o infortúnio, o
único remédio eficiente é o Evangelho de Jesus no
coração humano. Sejamos, assim, valorosos, estendendo a
Doutrina Espírita pela emoção e pela ideia, diretriz e
conduta, palavra e exemplo.
O coração esclarecido deve cooperar na transformação,
para o bem, do meio ambiente em que renasceu. Devemos
trabalhar para melhorar e elevar as condições materiais
e morais de todos os que vivem na zona de nossa
influência. Assim, surgiu a necessidade de elaborarmos
leis de proteção ambiental. (3)
Vamos fazer chegar ao cidadão os Princípios de Proteção
do Meio Ambiente. Eles são o sustentáculo do Direito
Ambiental e elementos vitais do próprio Direito. A
Constituição da República instituiu como princípio da
ordem econômica a defesa do meio ambiente. Um meio
ambiente ecologicamente equilibrado nos impõe a
utilização não predatória dos recursos ambientais, o que
nos coloca diante do Princípio do Desenvolvimento
Sustentável.
Quando o Estado tem a responsabilidade de assegurar que
as atividades sob sua jurisdição não causem danos ao
meio ambiente, estamos com o Princípio da Cooperação
Internacional. Existem outros princípios, como o do Meio
Ambiente Ecologicamente Equilibrado, que impõe ao Poder
Público e à coletividade o dever de defender o meio
ambiente e de preservá-lo.
Por suas características de irreversibilidade e
irreparabilidade o dano ambiental fez nascer o Princípio
da Prevenção. A necessidade da preservação da
diversidade biológica nos conduziu ao da Proteção da
Biodiversidade. A vida é direito fundamental no
ordenamento jurídico pátrio. Um meio ambiente
ecologicamente equilibrado é fundamental para saúde,
assim temos o Princípio da Sadia Qualidade de Vida, que
aponta para a necessidade de meio rural e cidades
saudáveis.
Dois outros Princípios são: os do Poluidor Pagador e o
da Participação Popular. Com o primeiro, poderemos nos
defrontar com o político que comprará cotas de poluição
pela certeza da impunidade. Mas diante do segundo, com a
participação popular, surge o Princípio da Educação
Ambiental, aquela atividade que oferecerá melhores
administradores, políticos e eleitores.
Sem um sério investimento na educação da inteligência
espiritual, que leva em conta os valores éticos,
continuaremos a eleger administradores que desvalorizam
os Princípios acima enumerados. (4)
Essa transformação não se operará da noite para o dia,
como podemos observar na resposta da questão 800 d’O
Livro dos Espíritos.
Pergunta Kardec:
não é de temer que o Espiritismo não consiga vencer a
indiferença dos homens e o seu apego às coisas
materiais?
Resposta -
As ideias se modificam pouco a pouco e são necessárias
gerações para que se apaguem completamente os traços dos
velhos hábitos.
Mas, com o Princípio da Participação Popular, a
esperança ganha força.
N’O Livro dos Médiuns, J.J. Rousseau nos desperta
para o cuidado com o meio ambiente interior: “A
preocupação com as questões morais está sendo despertada
por toda parte. Discute-se a política que desperta o
interesse geral; discutem-se os interesses particulares;
despertam paixões o ataque ou a defesa de
personalidades; mas as verdades morais, que são o
alimento da alma, o pão da vida, permanecem na poeira
acumulada pelos séculos”.
Se o Espiritismo ressuscitar o Espiritualismo, dará à
sociedade o impulso que despertará em uns a dignidade
interior, em outros a resignação e em todas as pessoas a
necessidade de elevar-se para o Ser Supremo.
Mesmo em se tratando de ambiente exterior, o Princípio
da Educação Ambiental ainda é negligenciado. Ele é
imperativo constitucional e uma obrigação individual,
porque não é apenas o Poder Público que deve promover a
informação ambiental. O meio ambiente é um bem de toda a
coletividade. Sua integridade é base para que o homem
possa perseguir e sonhar com o seu bem-estar físico,
psíquico e social.
Com a necessidade de preservar o meio ambiente,
investe-se na educação para despertar a consciência
ecológica humana. Dessa forma, o homem passará a
questionar o seu sonho de progresso e desenvolvimento, a
todo custo.
A transformação interior, a busca do autoconhecimento, é
também promovida pelo processo educativo. Nós
precisamos ser a
mudança que nós queremos ver no mundo. (Gandhi.)
Com Jesus ficou demonstrado que somos seres de natureza
espiritual. Daí a importância do cuidado com o universo
interior, com o estudo da Ecologia da alma. O
autoconhecimento acelera a evolução individual. Mais
evoluídos responderemos de forma mais satisfatória,
quando expostos a situações estressantes.
Com duas semanas de conhecimento cristão, já sabemos o
que fazer.
Assim, é muito provável que, por enquanto, seja
plenamente dispensável a nossa cooperação no paraíso.
No momento, o nosso lugar de servir e aprender, ajudar e
amar é na Terra, mesmo. À medida que se nos intensifica
a madureza de espírito, nos tornamos semeadores. (5) Com
a educação das inteligências, emocional e espiritual,
investimos na Ecologia da alma.
Referências:
1.
link 1
2.
link 2
3.
o rebate
4.
a era
5.
o rebate-2