Pesquisa para espíritas confirma tendências do Censo
2010
O IBGE, por meio dos Censos que ocorrem a cada dez anos,
vem revelando que os espíritas estão envelhecendo, que é
insuficiente a entrada de jovens, que não conseguimos
atrair o público das classes “D” e “E”, que vários
estados do Norte e Nordeste possuem a menor quantidade
de espíritas e esse número ainda está diminuindo!
Pesquisa nacional encerrada no final de julho de 2017
confirma várias tendências apresentadas no Censo 2010 e
nas edições anteriores dessa pesquisa (2015 e 2016). São
dados preocupantes que deveriam ser alvo de ações de
mitigação, veja:
Idade média:
Censo 2010: idade média dos espíritas é a mais alta
entre as religiões com 37 anos. A Pesquisa para
Espíritas 2017 apresentou 47 anos.
Participação feminina:
Censo 2010: espíritas com maior participação feminina:
58,9%. A Pesquisa para Espíritas 2017 apresentou 64,7%.
Escolaridade:
Censo 2010: espíritas apresentaram maior índice de nível
superior completo: 31,5%. Pesquisa 2017: 41,3%.
Renda:
Censo 2010: espíritas com maior renda acima de 5
salários mínimos: 19,7%. Pesquisa 2017: 46,3% com renda
acima de 4 salários mínimos.
Distribuição por estado:
Censo 2010: espíritas mais concentrados nos estados: Rio
de Janeiro (4,0%), seguido de São Paulo (3,3%), Minas
Gerais (2,1%) e Espírito Santo (1,0%). Pesquisa 2017:
os mesmos estados tiveram mais formulários preenchidos.
Estados com poucos espíritas:
Censo 2010: 13 Estados com menos de 1% de espíritas:
Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Ceará, Maranhão, Pará,
Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima e
Tocantins. Pesquisa 2017: 9 Estados com menos de 1% de
participação de espíritas: Acre, Alagoas, Amapá,
Amazonas, Maranhão, Pará, Piauí, Roraima e Tocantins.
A pesquisa foi feita com 44 questões para frequentadores
e trabalhadores espíritas, recebendo 2.616 respostas. O
leitor poderá conferir todos os resultados em nosso blog
pessoal. Para acessá-lo,
clique aqui
Algumas crenças dos espíritas foram abordadas na
pesquisa, revelando que:
- 57,7% entendem que o Espiritismo deve ser seguido
pelos espíritas mais como filosofia e/ou ciência do que
como religião.
- 56,1% acreditam que a lei de causa e efeito impõe a
obrigatoriedade de sofrer a mesma dor que impuseram aos
outros.
- Após o desencarne, 38,5% acreditam que deverão ser
levados a um hospital ou instituição cuidadora em uma
colônia espiritual.
- A transição planetária deve acontecer depois de 50 ou
de 100 anos para 47,2%.
- A maioria (68%) considera que a aceitação das ideias
espíritas na sociedade brasileira está evoluindo
razoavelmente. Apenas 14,5% consideraram que está
diminuindo, estagnada ou evoluindo vagarosamente.
Na pergunta sobre quantos livros espíritas leu, mais da
metade dos respondentes (63,8%) disseram ter lido mais
de 20 livros espíritas. Desse total, 18,8% leram mais de
100 obras.
Sobre qual foi o último livro espírita lido, ocorreram
2.514 indicações com 873 títulos diferentes de mais de
500 autores. Entre os doze livros lidos mais citados,
encontramos cinco obras de Allan Kardec. Nessa lista há
quatro livros da série André Luiz e dois romances de
Emmanuel. Os livros do médium Chico Xavier foram os mais
citados, totalizando 731 vezes com 59 títulos. As obras
de Kardec aparecem em segundo lugar com 316 citações e
12 títulos. Em terceiro lugar os livros de Divaldo
Franco com 177 indicações de 42 títulos.
Os dados dessa e de outras pesquisas devem ser usados
como instrumento de gestão das instituições de modo a
ajustarem suas ações de comunicação e até suas
atividades. Os trabalhadores das casas espíritas devem
levar esses dados para análise e possível utilização nas
casas onde participam. É uma forma de ser útil.
Nota da Redação:
Leia sobre a Pesquisa acima o artigo de Antonio Cesar
Perri de Carvalho publicado nesta mesma edição. Para
acessá-lo,
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