Brasil
por Ivan Franzolim

Ano 11 - N° 540 - 29 de Outubro de 2017

 

 

Pesquisa para espíritas confirma tendências do Censo 2010


O IBGE, por meio dos Censos que ocorrem a cada dez anos, vem revelando que os espíritas estão envelhecendo, que é insuficiente a entrada de jovens, que não conseguimos atrair o público das classes “D” e “E”, que vários estados do Norte e Nordeste possuem a menor quantidade de espíritas e esse número ainda está diminuindo!

Pesquisa nacional encerrada no final de julho de 2017 confirma várias tendências apresentadas no Censo 2010 e nas edições anteriores dessa pesquisa (2015 e 2016). São dados preocupantes que deveriam ser alvo de ações de mitigação, veja:


Idade média
:

Censo 2010: idade média dos espíritas é a mais alta entre as religiões com 37 anos. A Pesquisa para Espíritas 2017 apresentou 47 anos.

Participação feminina:

Censo 2010: espíritas com maior participação feminina: 58,9%. A Pesquisa para Espíritas 2017 apresentou 64,7%.

Escolaridade:

Censo 2010: espíritas apresentaram maior índice de nível superior completo: 31,5%. Pesquisa 2017: 41,3%.

Renda:

Censo 2010: espíritas com maior renda acima de 5 salários mínimos: 19,7%. Pesquisa 2017: 46,3% com renda acima de 4 salários mínimos.

Distribuição por estado:

Censo 2010: espíritas mais concentrados nos estados: Rio de Janeiro (4,0%), seguido de São Paulo (3,3%), Minas Gerais (2,1%) e Espírito Santo (1,0%). Pesquisa 2017:  os mesmos estados tiveram mais formulários preenchidos.

Estados com poucos espíritas:

Censo 2010: 13 Estados com menos de 1% de espíritas: Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Ceará, Maranhão, Pará, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima e Tocantins. Pesquisa 2017: 9 Estados com menos de 1% de participação de espíritas: Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Maranhão, Pará, Piauí, Roraima e Tocantins.


A pesquisa foi feita com 44 questões para frequentadores e trabalhadores espíritas, recebendo 2.616 respostas. O leitor poderá conferir todos os resultados em nosso blog pessoal. Para acessá-lo, clique aqui

Algumas crenças dos espíritas foram abordadas na pesquisa, revelando que:

- 57,7% entendem que o Espiritismo deve ser seguido pelos espíritas mais como filosofia e/ou ciência do que como religião.

- 56,1% acreditam que a lei de causa e efeito impõe a obrigatoriedade de sofrer a mesma dor que impuseram aos outros.

- Após o desencarne, 38,5% acreditam que deverão ser levados a um hospital ou instituição cuidadora em uma colônia espiritual.

- A transição planetária deve acontecer depois de 50 ou de 100 anos para 47,2%.

- A maioria (68%) considera que a aceitação das ideias espíritas na sociedade brasileira está evoluindo razoavelmente. Apenas 14,5% consideraram que está diminuindo, estagnada ou evoluindo vagarosamente.

Na pergunta sobre quantos livros espíritas leu, mais da metade dos respondentes (63,8%) disseram ter lido mais de 20 livros espíritas. Desse total, 18,8% leram mais de 100 obras.

Sobre qual foi o último livro espírita lido, ocorreram 2.514 indicações com 873 títulos diferentes de mais de 500 autores. Entre os doze livros lidos mais citados, encontramos cinco obras de Allan Kardec. Nessa lista há quatro livros da série André Luiz e dois romances de Emmanuel. Os livros do médium Chico Xavier foram os mais citados, totalizando 731 vezes com 59 títulos. As obras de Kardec aparecem em segundo lugar com 316 citações e 12 títulos. Em terceiro lugar os livros de Divaldo Franco com 177 indicações de 42 títulos.

Os dados dessa e de outras pesquisas devem ser usados como instrumento de gestão das instituições de modo a ajustarem suas ações de comunicação e até suas atividades. Os trabalhadores das casas espíritas devem levar esses dados para análise e possível utilização nas casas onde participam. É uma forma de ser útil.​

 

Nota da Redação:


Leia sobre a Pesquisa acima o artigo de Antonio Cesar Perri de Carvalho publicado nesta mesma edição. Para acessá-lo, clique aqui


 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita