Lamentável notícia
Não sei se o título representa com toda a força a triste
notícia divulgada pela revista VEJA em sua edição de n.º
2416 de 11 de março de 2015, página 80, em que um
estudante universitário, jovem bonito e aparentemente
sadio, deixa uma mensagem em seu Facebook dizendo que é
preferível morrer de vodca a morrer de tédio. Ele
ingeriu cerca de um litro e meio da bebida no espaço de
uma hora apenas! Cerca de 570 mililitros de álcool
invadiram a sua corrente sanguínea nesse curto espaço de
tempo impossibilitando o fígado de metabolizar essa
substância, o que levou o jovem à morte. O fato ocorreu
em uma disputa entre amigos (amigos?) em que a prova
tinha uma regra: cada participante precisava consumir
uma dose de vodca a cada sessenta segundos. O rapaz da
reportagem começou a ingerir a bebida às 14 horas e uma
hora depois estava morto. Extremamente lamentável que
uma vida no início de sua existência se encerre assim
tão brevemente e de maneira tão brutal.
A frase final da mensagem deixada pela vítima é que nos
leva a pensar: melhor morrer de vodca do que de tédio! O
que poderia faltar a uma vida tão no começo para que o
rapaz estivesse entediado, enjoado da existência? Vamos
valer-nos de Joanna de Ângelis para nosso aprendizado.
Diz ela no livro Amor, imbatível amor,
psicografia de Divaldo, no capítulo 4: “As síndromes de
infelicidade cultivadas tornam-se estados patológicos
mais profundos de nostalgia, que induzem à depressão. O
ser humano tem necessidade de autoexpressão, e isso
somente é possível quando se sente livre. A nostalgia
reflete evocações inconscientes, que parecem haver sido
ricas de momentos felizes que não mais se experimentam.
Pode proceder de existências transatas do Espírito, que
ora as recapitula nos recônditos profundos do ser,
lamentando, sem dar-se conta, não mais as fruir; ou de
ocorrências da atual.”
Obviamente que não nos cabe diagnosticar qual seria a
hipótese aplicável ao rapaz da reportagem, mas pelo
estado atual da sua vida até então repleta de
conquistas, tudo nos leva a crer na primeira explicação.
Continua ela: “Toda perda de bens e de dádivas de
prazer, de júbilos que já não retornam, produzem estados
nostálgicos. Não obstante, essa apresentação inicial é
saudável porque expressa equilíbrio, oscilar das emoções
dentro de parâmetros perfeitamente naturais. Quando,
porém, se incorpora ao dia a dia, gerando tristeza e
pessimismo, torna-se distúrbio que se agrava na razão
direta em que reincide no comportamento emocional. A
depressão é sempre uma forma patológica do estado
nostálgico. A depressão é acompanhada, quase sempre, da
perda da fé em si mesmo, nas demais pessoas e em
Deus...”
Como evitar que isso possa vir a acontecer conosco ou
com os nossos filhos? A receita também é dela: a oração,
o prosseguimento do trabalho e o amor desinteressado e
incessante.
Pais e mães, lembrem-se de que um dia o filho pequenino
cresce e alça voo na busca de novos horizontes, razão
pela qual eles voltaram em mais uma nova reencarnação.
Não poderemos ir com eles, mas poderemos colocar em suas
bagagens algumas medicações de urgência para que eles
possam utilizá-las nos momentos de angústia maior. Se
não podemos seguir com os filhos, os ensinamentos
adquiridos na Evangelização infantil podem. Se não
podemos acompanhá-los, nossos exemplos podem. De tal
maneira que em sua bagagem emocional temos a enorme
responsabilidade de colocar essas medicações que devem
ser a eles apresentadas na fase da infância, que é a
mais receptiva para o Espírito que retorna. É gostoso
ficar dormindo um tempo a mais nas manhãs de domingo?
Para quem gosta, sem dúvida. Porém, para que o seu filho
não venha um dia pensar que é melhor morrer de bebida
alcoólica ou de alguma outra droga ilícita, convém que
acordemos um pouco mais cedo e levá-los à Evangelização
do que lamentar mais tarde quando a realidade for
irreversível para a atual existência.
“Tem tento e vigia, mantendo-te jovial interiormente e
tranquilo, considerando a honra de estares cumprindo um
dever que rogaste e que atenderás sob as bênçãos de
Deus.” – Joanna.