Estudando as obras
de André Luiz

por Ana Moraes

 
Estude e Viva

(Parte 1)


Iniciamos hoje o estudo sequencial do livro Estude e Viva, obra lançada pela FEB em 1965, focalizando nela de modo especial os textos de autoria de André Luiz. A obra citada foi psicografada, em parceria, pelos médiuns Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira.
 


Questões preliminares


A. Que contém o livro Estude e Viva?

Além dos prefácios assinados por Emmanuel e André Luiz, o livro compõe-se de 40 capítulos, situando-se em cada um, de início, a palavra de Emmanuel e, em seguida, a de André Luiz. Os textos são comentários feitos em torno de O Livro dos Espíritos e de O Evangelho segundo o Espiritismo, constituindo um valioso auxiliar aos estudos sistematizados realizados nos Centros Espíritas, além de nos oferecer diretrizes importantes para o nosso comportamento e renovação moral. (Estude e Viva - Introdução.)

B. Que diz Emmanuel a propósito da frase “Conhecereis a verdade e a verdade vos fará livres”?

Comentando essa frase, que é atribuída a Jesus, Emmanuel diz que, realmente, não alcançaremos a libertação verdadeira sem abolir o cativeiro da ignorância no reino do espírito. Mas quem aspira a entesourar os valores da própria emancipação intima, à frente do Universo e da Vida, deve e precisa estudar. (Estude e Viva – Na escola da alma.)

C. Como André Luiz define a reunião espírita?

A reunião espírita – afirma André – não é um culto estanque de crença embalsamada em legendas tradicionalistas. Define-se como sendo uma assembleia de fraternidade ativa, procurando na fé raciocinada a explicação lógica para os problemas da vida, do ser e do destino. Todos somos chamados a participar dela. A falar e ouvir. A ensinar e aprender. (Estude e Viva – Prefácio de André Luiz.)


Texto para leitura


1. Introdução – Além dos prefácios assinados por Emmanuel e André Luiz, este livro compõe-se de 40 capítulos, situando-se em cada um, de início, a palavra de Emmanuel e, em seguida, a de André Luiz. (Estude e Viva - Introdução.)

2. Esta obra, comportando comentários em torno de O Livro dos Espíritos e de O Evangelho segundo o Espiritismo, é um valioso auxiliar aos estudos sistematizados realizados nos Centros Espíritas, bem como um oportuno convite ao estudo edificante, que nos oferece sólidas diretrizes para o nosso comportamento e renovação moral. (Estude e Viva - Introdução.)

3. Na escola da alma – A título de prefácio, Emmanuel lembra-nos que, ao lado dos educandários e dos estabelecimentos de ensino que visam à especialização profissional e científica, encontramos no templo espírita a escola da alma, que nos ensina a viver. (Estude e Viva – Na escola da alma.)

4. Semelhante trabalho de burilamento do espírito, porém, não é novo. Lucas, o evangelista, conta-nos que Jesus, num sábado em Nazaré, participou de uma assembleia de fiéis, junto da qual leu uma página de Isaías, com vistas à edificação dos ouvintes, provocando, aliás, acirrada discussão. (Estude e Viva – Na escola da alma.)

5. Ao mencionar esse fato, Emmanuel deseja salientar os hábitos de estudo nas coletividades de então, porquanto, para citar o Cristo à feição de mestre, basta recordar-lhe a palavra constantemente endereçada ao povo, tanto nas praças quanto nos recintos familiares. (Estude e Viva – Na escola da alma.)

6. No dia de Pentecostes, mensageiros sublimes prevaleceram-se das faculdades medianímicas dos continuadores diretos de Jesus e falaram, em línguas diversas, instruindo a multidão sobre assuntos de espiritualidade superior. (Estude e Viva – Na escola da alma.)

7. Noutro momento, um Espírito amigo se aproximou de Felipe e solicitou-lhe a gentileza de encontrar no caminho um alto funcionário etíope, a fim de ler em comunhão com ele certas passagens das Escrituras. (Estude e Viva – Na escola da alma.)

8. As cartas de Paulo aos cristãos de várias comunidades eram lidas e trocadas para as elucidações devidas, nos centros de cultura evangélica dos tempos apostólicos. (Estude e Viva – Na escola da alma.)

9. Evocando tais exemplos, diz Emmanuel que é justo que as instituições espíritas, revivendo agora o Cristianismo puro, sustentem estudos sistemáticos, destinados a clarear o pensamento religioso e traçar diretrizes à vida espiritual. (Estude e Viva – Na escola da alma.)

10. Foi com esse objetivo, atendendo à sugestão confortadora de amigos, que foi organizado o livro ora em exame, que consubstancia, de modo leve e ligeiro, os resultados de quarenta reuniões públicas de Doutrina Espírita, nas quais ele e André Luiz examinaram os ensinamentos de Allan Kardec. juntamente com os companheiros encarnados então presentes. (Estude e Viva – Na escola da alma.)

11. Ao apresentar este livro aos companheiros do mundo, Emmanuel recorreu, por fim, à conhecida afirmativa de Jesus: “Conhecereis a verdade e a verdade vos fará livres”, sobre a qual teceu os seguintes comentários:

“Efetivamente, não alcançaremos a libertação verdadeira sem abolir o cativeiro da ignorância no reino do espírito. E forçoso será observar que o conhecimento é um tipo de aquisição que exige de nós caridade para conosco, porque se é possível sanar as deficiências do corpo pelas doações da beneficência, como sejam o alimento ao faminto e o remédio ao doente, a luz do espírito não se transmite nem por imposição, nem por osmose. Quem aspira a entesourar os valores da própria emancipação intima, à frente do Universo e da Vida, deve e precisa estudar”. (Estude e Viva – Na escola da alma.)

12. Estude e viva – No seu prefácio, lembra-nos André Luiz que todos nós valorizamos geralmente o ágape comum, em que se debatem assuntos corriqueiros de vivência humana. Como, então, desinteressar-nos dos encontros espíritas, nos quais se ventilam questões fundamentais da vida eterna? (Estude e Viva – Prefácio de André Luiz.)

13. A reunião espírita não é um culto estanque de crença embalsamada em legendas tradicionalistas. Define-se como sendo assembleia de fraternidade ativa, procurando na fé raciocinada a explicação lógica aos problemas da vida, do ser e do destino. Todos somos chamados a participar dela. A falar e ouvir. A ensinar e aprender. (Estude e Viva – Prefácio de André Luiz.)

14. Estamos defrontados no Espiritismo por uma tarefa urgente: desentranhar o pensamento vivo de Allan Kardec dos princípios que lhe constituem a codificação doutrinária, tanto quanto ele, Kardec, buscou desentranhar o pensamento vivo do Cristo dos ensinamentos contidos no Evangelho. (Estude e Viva – Prefácio de André Luiz.)

15. Capacitemo-nos de que o estudo reclama esforço de equipe. E a vida em equipe é disciplina produtiva, com esquecimento de nós mesmos, em favor de todos. (Estude e Viva – Prefácio de André Luiz.)

16. Necessário destacar a obra e olvidar-nos. Compreender que a realização e educação solicitam entendimento e apoio mútuo. Associarmo-nos sem a pretensão de comando. Aceitar as opiniões claramente melhores que as nossas; resignarmo-nos a não ser pessoa providencial. (Estude e Viva – Prefácio de André Luiz.)

17. Indispensável também jamais admitir-nos num conjunto de heróis e sim num agrupamento de criaturas humanas, em que a experiências difíceis podem ocorrer a qualquer momento. (Estude e Viva – Prefácio de André Luiz.)

18. Nunca menosprezar os outros, por maiores as complicações que apresentem. Por outro lado, aceitar com sinceridade e bom-humor as críticas que outros nos enderecem. Esquecer as velhas teclas da maldição aos perversos, da sociedade corrompida, da humanidade a caminho do abismo ou do tudo deve ser feito como os guias determinaram. (Estude e Viva – Prefácio de André Luiz.)

19. Não subestimar o perigo do mal, todavia procurar o bem acima de tudo e favorecer-lhe a influência; não ignorar os erros da coletividade terrestre, mas identificar-lhe os benefícios e auxiliá-la no aperfeiçoamento preciso; não cerrar os olhos aos enganos da Humanidade, mas reconhecer que o progresso é lei e colaborar com o progresso, em todas as circunstâncias; não fugir ao agradecimento devido aos benfeitores e amigos desencarnados, entretanto não abdicar do raciocínio próprio nem desertar da responsabilidade pessoal a pretexto de humildade e gratidão para com eles. (Estude e Viva – Prefácio de André Luiz.)

20. Somos trazidos à escola espírita, a fim de auxiliarmos e sermos auxiliados, na permuta de experiências e aquisição de conhecimento. Este livro é uma demonstração disso. Encontro informal entre companheiros encarnados e desencarnados, em torno da obra libertadora de Allan Kardec. (Estude e Viva – Prefácio de André Luiz.)

21. Explanações, definições, ideias e comentários. Em suma, convite sintético ao estudo. Estudar para aprender. Aprender para trabalhar. Trabalhar para servir sempre mais. (Estude e Viva – Prefácio de André Luiz.)

22. Estude e viva. Pense no valor de sua cooperação na melhoria e no engrandecimento da equipe de que participa, esteja ela constituída no templo doutrinário ou em seu culto doméstico de elevação espiritual. (Estude e Viva – Prefácio de André Luiz.)

23. Não esqueça que seu auxílio ao grupo deve ser tão substancial e tão importante quanto o auxílio que o grupo está prestando a você. (Estude e Viva – Prefácio de André Luiz.) (Continua no próximo número.)


 
 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita