Jubilosamente
Glória à carne-prisão que nos tortura!
Hosanas à aflição que fere e oprime...
Nasce da carne-dor a luz sublime
Da paz que brilha além da noite escura.
Exaltemos a chaga que depura
O erro, a imperfeição, a sombra e o crime.
Honra à flagelação que nos redime
Nos vales de ilusão e desventura...
Hoje, Senhor, chorando de alegria,
Recordo a solidão amarga e fria
No júbilo celeste que me invade!...
E agradeço-te a carne em lepra triste,
Manto de treva e sol com que me abriste
Os castelos de amor da Eternidade.
Do livro Cartas do Coração, obra
mediúnica psicografada pelo médium Francisco Cândido
Xavier.