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por Nilton Moreira

 

Bala perdida?


É grande a quantidade de pessoas que são atingidas por balas perdidas. O Planeta vive em meio a guerras religiosa, terrorista e conquista de território para prática do tráfico de drogas e armas, como é o caso principalmente do Rio de Janeiro que, embora as pacificações implantadas pelo Poder Público, o resultado esperado não aconteceu, até porque na prática é diferente do que no interesse político.

A separação de nosso ente querido é para nós sempre dolorosa e, quando o passamento acontece por meio de violência, a dor é maior ainda. Mas em certas circunstâncias da vida não temos como evitar o desfecho, e uma bala perdida é o tipo de acontecimento que não prevemos e nem lhe geramos a causa, já que nem o estampido normalmente temos tempo de ouvir.

Dizemos que temos de ter sempre um motivo para o desencarne e não sabemos, sem um aprofundamento de estudo, por que tal fato aconteceu naquele momento, mas temos certeza de que uma bala pode ser perdida usando um linguajar popular, mas sabemos que o projétil que atinge alguém tinha endereço certo.

Quando chega o momento em que devemos retornar ao plano espiritual, a espiritualidade se aproveita de qualquer meio para concretizar esse objetivo, estando o evento ligado ao comprometimento das pessoas que são afins do atingido. Se pudéssemos vislumbrar nossas vidas passadas, certamente constataríamos que algum momento do pretérito justificou o presente.

Se não fosse para que o desencarne se desse através de determinada bala perdida, a espiritualidade tiraria, do percurso do tiro, o atingido. Nada acontece sem a permissão do Pai Criador, apesar de muitas pessoas pensarem diferente, e assim também é em um tiroteio entre forças do bem e do mal, sendo atingido quem tenha de ser e com as consequências que merecer.

Se ainda estamos na Terra é em razão de não ter chegado o momento de nosso desencarne, e devemos agradecer a Deus por ainda termos tempo de aqui realizar atividades, principalmente, de auxílio ao próximo, já que, ao redor de nós, a cada minuto desencarna um irmão, alguns num leito sereno e outros em meio à violência.

Quantas vezes durante o dia sofremos alguns atrasos em nossa rotina, principalmente no trânsito! Às vezes é uma fechadura que emperra e, normalmente quando isso acontece, ficamos irritados e até esbravejamos! É nesses momentos que a Espiritualidade está atuando. Nosso Espírito Guardião age nos preservando - quem sabe? - de que aquela bala disparada venha a nos atingir se estivermos adiantados no tempo, já que normalmente a mão do atirador não sofre influência e, sim, a vítima é que é tirada da trajetória do projétil.

Toda essa violência em que estamos envoltos é, infelizmente, ainda necessária para nos chamar atenção de que somos muito frágeis e que devemos parar um pouco e pensar nos objetivos que nos levaram a nascer. Não podemos ignorar que somos vencedores, pois recebemos a permissão da Espiritualidade Maior para reencarnar, quanto existem  tantos Espíritos que estão na erraticidade.

Pensemos e agradeçamos a Deus pela oportunidade, e não temamos a “bala perdida”.

 

 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita