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por Waldenir A. Cuin

 

A presença divina em nossa vida


- Há Espíritos que se ligam a um indivíduo, em particular, para o proteger? “Sim, o irmão espiritual; é o que chamais o bom Espírito ou o bom gênio.” (Questão 489 d’ O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec.) 


Mesmo que aparentemente estejamos sozinhos no mundo, vivendo momentos de abandono ou de solidão, em circunstância alguma estamos desamparados, pois que a Providência Divina, sábia e extremamente bondosa, destina a cada ser humano a companhia de um Espírito protetor.

Tem a missão, esse benfeitor amigo, de acompanhar os nossos passos nos orientando, socorrendo e ajudando na longa e difícil jornada terrena. Desde o nosso nascimento na Terra, ele está presente em nossa vida, como um pai contribuindo para o crescimento e direcionamento correto do filho.  

Não age de forma ostensiva para não ofuscar as nossas iniciativas, permitindo que façamos progresso espiritual com a liberdade que precisamos ter, visando ao cumprimento dos nossos deveres e responsabilidades.

O Espírito protetor está constantemente ao nosso lado, mas em situação alguma fará o trabalho que nos compete realizar, a exemplo de um professor consciente das suas obrigações, que se empenha ao máximo pelo seu aluno, sem nunca fazer a prova de avaliação que lhe compete.

Se o seu protegido, com o livre-arbítrio que possui, preferir ignorá-lo, seguindo por caminhos nocivos, perniciosos e distantes do bem, poderá, por um período, dele se afastar, para que colha os reflexos negativos das experiências a que se embrenhou e retire dos equívocos as lições naturais. Mas retorna tão logo perceba que o seu assistido está apto a receber seu auxílio.

Tendo a liberdade de deliberar e decidir as ações que vamos desencadear, jamais poderemos atribuir o nosso possível fracasso e decepções à falta de socorro ou à omissão do nosso Espírito protetor. Ele, por ser um Espírito mais adiantado do que somos, preparado adredemente para a tarefa que desempenha, não terá culpa alguma pelos desapontamentos que, por ventura, colhamos pelas estradas da vida.

Está sempre à nossa disposição, bastando que o busquemos mediante os interesses que nos move, para tanto, podemos contar com a prece, utilizando o pensamento para reforçar a sua presença ao nosso lado.

A assistência Divina é tão ampla que, dependendo da importância das tarefas que desenvolvemos no mundo, poderemos contar com o auxílio de mais protetores espirituais, além do nosso benfeitor particular.

Se cooperamos, por exemplo, numa instituição de socorro a criaturas pobres e necessitadas, contamos também com a ajuda dos Espíritos responsáveis por aquele trabalho fraterno. Se administramos, com consciência social e responsabilidade solidária, uma indústria geradora de empregos, somos protegidos também pelos Espíritos benfeitores daquele setor da atividade humana, e assim por diante.

Quanto maior a importância e a abrangência das nossas ações no bem, pela lei de causa e efeito, de ação e reação, maior e mais abrangente será o socorro e a assistência que recebemos do mundo espiritual superior.

Ainda existem Espíritos que são protetores de famílias, de cidades, de povos, de nações, sempre prontos a servir os seres humanos, de forma fraterna e competente, para que abandonemos as zonas inferiores da vida e sublimemos as nossas ações no bem geral, objetivando que a paz e a felicidade que tanto queremos deixem o campo dos sonhos para ganhar a realidade.

Sozinhos nunca estivemos, não estamos e jamais estaremos. Se, por ventura, existe um distanciamento entre nós e a Providência Divina, sem dúvida, a culpa é totalmente nossa.

Reflitamos...
 


 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita