Entrevista

por Orson Peter Carrara

É preciso abrir as portas para a divulgação espírita dentro e fora do Centro

André Luiz Rosa (foto), natural de Rolândia-PR e residente em Valinhos-SP há 30 anos, nasceu em família espírita. Formado em Administração e Gestão Pública, vincula-se à Entidade Assistencial Espírita "Casa do Caminho", atualmente como Presidente com mandato no biênio 2017/2018.

Nesta entrevista, André fala-nos sobre o movimento espírita de sua cidade, especialmente sobre a Semana Espírita de Valinhos. Conhecido e respeitado palestrante, ele fala também de seus livros e da experiência junto ao público, e faz, ao final, um pedido diretamente endereçado aos dirigentes espíritas.

Fale-nos sobre sua experiência com a Semana Espírita de Valinhos.

O evento nasceu com o intuito de reunir as Casas Espíritas de Valinhos e também promover o movimento espírita na cidade. Até então não se tinha notícia de eventos ou iniciativas neste sentido, e assim como já acontece em inúmeras cidades do país, levamos ao público valinhense e da região esta possibilidade.

Quantas edições já ocorreram? Qual foi o ano da primeira edição?

A Semana Espírita de Valinhos ocorre desde o ano de 2002 e realizamos a 16ª edição neste ano de 2017.

Como é montada a programação?

O evento se inicia sempre com o contato com os expositores espíritas ainda no ano anterior de cada evento e com agendamento das palestras. Reunimos as Casas Espíritas interessadas em participar e ceder espaço físico. Montamos então a grade de programação. Nos últimos anos realizamos a Semana Espírita de Valinhos com seis ou sete palestras num espaço de 10 dias. Desta forma as pessoas podem se programar e acompanhar todo o evento, dentro de suas possibilidades.

Como o evento é mantido sob o ponto de vista dos custos?

Os custos para reembolso de custos com palestrantes e impressão de material gráfico são rateados pelas próprias Casas Espíritas. Cada casa, a critério de cada uma, pode oferecer livros para sorteio e ainda um coquetel aos presentes.

Quais as principais repercussões sentidas ao longo dos anos?

Sentimos que a Semana Espírita de Valinhos já é uma tradição no calendário da cidade e é aguardada pelas pessoas. Nesse período, de forma bastante positiva, é oportunidade de visitar as diversas Casas Espíritas e rever amigos, o que por conta do dia a dia não é possível. Notamos ainda um público não espírita, simpatizante da Doutrina, que comparece ao evento para acompanhar as palestras e os temas propostos. Por meio da Semana Espírita fundamos em Valinhos a UEV - União Espírita de Valinhos, que, além de promover o evento, cuida da divulgação deste e de outros eventos e palestras ao longo do ano.

Já há período definido para 2018?

O evento sempre se realiza no final de setembro e começo de outubro de cada ano, de acordo com a disponibilidade da agenda dos palestrantes.

Fale-nos sobre o movimento espírita na cidade.

O movimento espírita da cidade, como ocorre em incontáveis cidades, é caracterizado pelo trabalho individual de cada casa. Neste caso é importantíssimo o incentivo de atividades conjuntas inclusive fora da Casa Espírita. É um trabalho difícil, que requer muita persistência mas que vem sendo feito.

Você é autor de quantos livros? Relacione-os por favor.

Sou autor de 6 livros:

- Não espere mais seja feliz agora!

- Páginas ao vento - Quando as crianças voltam mais cedo para casa!

- Quando o coração fala mais alto!

- Quando o amor fala mais alto!

- Enquanto Nosso Lar for aqui!

- Felicidade na vida da gente.

Qual sua preferência de temas nas abordagens em palestras?

Nas minhas abordagens em palestras e seminários procuro enfocar a Doutrina Espírita no seu aspecto consolador. Muitas pessoas procuram a Casa Espírita para ouvir palavras de incentivo, refletindo sobre o cotidiano e a possibilidade da felicidade no contexto atual. Uma palestra leve, bem humorada e bem embasada nos princípios básicos da Doutrina Espírita, tem muito a oferecer às pessoas que lá estão.

De suas lembranças de atuação espírita, qual a mais marcante?

Na atuação espírita muitos pontos são marcantes. Desde a evangelização infantil atuante até a fundação de uma Casa Espírita são aspectos e momentos inesquecíveis. Mas a experiência da palestra pública é muito especial. Poder falar e transmitir aquilo que estudou para as pessoas, de várias formas, é compensador. Também inesquecível é a experiência da publicação de um livro. Num país onde se lê pouco e se publica menos ainda, conseguir levar uma obra escrita ao público é gratificante. 

Algo que gostaria de acrescentar?

Gostaria de dizer sobre a importância dos atuais dirigentes espíritas abrirem portas e corações às novas gerações que chegam ansiosos pelo trabalho na Casa Espírita. É preciso abrir as portas para a divulgação da Doutrina dentro e fora das Casas. Se pudesse pedir, pediria aos dirigentes espíritas que inovem, renovem, abram as portas para expositores de dentro e fora de suas Casas. Incentivem, surpreendam os frequentadores com novas formas de expor a Doutrina Espírita, sempre com Kardec.

Suas palavras finais.

Só agradecer este espaço precioso, e agradecer a todos os incentivadores do movimento espírita. Muito obrigado.


 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita