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por Vladimir Polízio

 

Aos que partiram

Respeitar os que partiram deste mundo é o tributo que devemos aos nossos irmãos que nos antecederam nessa longa e especial viagem de volta à morada eterna do Espírito.
Os chamados mortos, como se costuma dizer daqueles que deixaram de viver na Terra, na verdade não foram extintos; estão, sim, em outra dimensão desse Universo infinito mais vivos do que nunca, embora naturalmente sujeitos às normas que regem o convívio dos seres que vivem em grupos, comunidades, sociedades etc... sem, contudo, estarem impedidos de visitar-nos e acompanhar-nos, quando possível, mas usufruindo da liberdade plena, isenta da matéria.
Não são seres extintos, que nunca mais serão encontrados em parte alguma. Fosse assim, a morte que conhecemos exterminaria o Espírito, e essa pessoa, homem ou mulher, deixaria de existir, jamais seria vista. Mas não é esta a realidade. Jesus, como dirigente da Terra, não deixaria registros em seu Evangelho sobre a disseminação do entendimento, da bondade, da fraternidade, da caridade e da maior das virtudes, a marca vivificante do amor, que se sobrepõe a todos esses demais valores. Se assim não fosse, também São Paulo, perseguidor tenaz de Jesus e depois seu leal seguidor e pregador incansável, não teria registrado estes sentimentos em suas epístolas, afirmando: 'Ainda que eu fale a língua dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa; ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência; ainda que eu tenha tamanha fé ao ponto de transportar montanhas e não tiver amor, nada serei'.
Certamente que não temos mais esses nossos amados fisicamente próximos de nós, porém, em nossas orações, conversamos com eles e rogamos ao Senhor da Vida possam receber as vibrações que espontaneamente saem do nosso coração com endereço certo, nesses momentos de recolhimento. Afinal, reconhecendo o atual estágio em que se encontram, possam eles se fortalecer em espírito e prosseguir em sua jornada rumo às esferas mais elevadas.
Quanto à vida desse outro lado e que muitos ainda a ignoram ou não acreditam, lembremos das palavras de Jesus quando fez a advertência de que o seu reino não era deste mundo (numa alusão a outros), e também de que Deus é dos vivos e não dos mortos, para que compreendamos que a morte é apenas do corpo físico, uma vez que o Espírito que o habita é eviterno, pois foi criado para a
Quando São Paulo disse que 'Não temos, aqui, cidade permanente, mas buscamos a que há de vir', ele não se enganou, pois é o que acontece com cada irmão que parte deste para o outro mundo, devendo nossas orações contribuírem com o equilíbrio de que necessitam para que encontrem harmonia e liberdade em todos os atos e em todas as ações.
Somos levados a reconhecer que a vida não teria sentido algum e nem razão de ser não tivéssemos várias oportunidades de existências para renascer fisicamente com aqueles a quem temos, por dever de sentimento, reviver os vigorosos e eternos laços de amor que também não se perdem.
Os nossos sentimentos de paz são extensivos também aos familiares, aqueles que ficaram à retaguarda, em lamentações profundas e às vezes sem crer no prosseguimento pleno da vida, atuante e bela, muito maior e melhor do que aqui, onde estamos.
Creia na vida, creia do amor, creia na eternidade.
Se você crê em Jesus ou nas entidades angelicais que respeita, creia também em seu ente querido; porque ele vive.
Cristo disse "Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida".


 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita