Índigo, cristal, muçulmana etc.
É por isso que se fala que se paga pela língua.
Nunca abordei demasiadamente o tema Crianças ou Adultos
índigos porque, particularmente, o assunto não me
atraía, de um lado, quanto por outro, guardava sérias
restrições com ele.
Explico: em matéria de evolução espiritual, jornada
evolutiva de cada ser, no chamado Caminho por outras
doutrinas respeitáveis, sempre abominei e repeli
rótulos. Pelo fato simples de que, por detrás de cada
“rótulo” neste mundo, detecta-se, sub-reptício, o ego e
suas mazelas mais infames, na maioria dos casos.
No entanto, por uma eventualidade quase banal, esses
dias dei com o teste para adultos índigo e cristal, e,
num impulso intuitivo, embora sempre resistente, o fiz.
Respondi a bateria algo cansativa de perguntas
elaboradas por psicólogos e estudiosos deste tema e –
não exatamente surpresa, e isso é o curioso – o teste me
identificou, de forma mesmo contundente, como sendo
deste grupo de adultos, hoje inclusive mesclados, meio a
meio índigo e cristal. Mais cristal do que índigo.
Comentei isso com um amigo ligado às áreas das terapias
alternativas, um grande estudioso dos temas
espiritualistas e humanitários. Mas deixei claro, logo
de saída, que não gostaria que passasse a ser apontada
ou identificada deste jeito, porque continuo avessa a
qualquer denominação indiciadora de mais uma distinção,
de mais um fator diferenciador, num mundo onde a
multiplicidade sem fim de diferenças já provoca tanta
confusão! Justo porque a humanidade, como criança e
adolescente sem senso, persiste em não saber lidar com
as diferenças!
Disso, exatamente, derivam todas as guerras, e todas as
piores desgraças e mazelas que fazem desta raça, em fase
transitória na densidade, certamente, uma das mais
destrutivas na sua jornada neste quadrante do Cosmos.
Neste caso, portanto, permitam-me, só para registro
útil, e se de fato me enquadro neste grupo ‘azulíneo’
como até admito, com base nas referências e resultados
de avaliação, características dos portadores deste
perfil, que manifeste como um deles.
Eu possuía sensibilidade mediúnica ostensiva desde a
infância. Ouvia vozes, sons que outros não ouviam; via
objetos não identificados nos céus e fazia perguntas que
embatucavam meus pais, como certa vez em que questionei
por qual razão, lá de casa, eu não conseguia ver o que
acontecia na casa da amiguinha da vizinhança. Lembro de
como aquilo de algum modo me confundia – mas nunca me
esqueci da pergunta embaraçosa feita ao meu pai, e, só
adulta, e já envolvida com o Espiritualismo, entendi que
era o Espírito, ainda desperto para as características
da ubiquidade e bilocação, tentando achar correspondente
disso dentro de um corpo denso.
Em contrapartida, nunca consegui, desde a infância,
compreender a série infindável de disputas, brigas por
motivos fúteis, de discriminações entre pessoas apenas
diferentes, como devem ser - ou a vida não seria tão
maravilhosamente rica! Nunca entendi como, num mundo
próspero de recursos e riquezas naturais, uns devem
morrer de fome, e, outros, padecer de obesidade nos
fast foods dos países ricos!
A relativa impotência quanto à solução destes fatores
opressores sempre me maltratou.
Não compreendia direito a razão pela qual seres humanos
viventes num mesmo planeta belo, farto e generoso
tiveram que ser separados por idiomas, por cor de pele,
por fronteiras nacionais, por posses e por religiões e
política - a mediunidade ostensiva, e seus conhecimentos
associados, que me possibilitaram estudo e convivência
multidimensional, com o tempo, me auxiliaram na
compreensão destas nuances, sob a ótica de cima da
evolução humana a partir das nossas origens cósmicas.
Porém, não atinava sobretudo com a razão pela qual
tiveram os povos que se meter em guerras, ódios,
ressentimentos e incompreensões sem-fim por conta disso!
Algo em mim sempre soube que, de algum modo, tudo
poderia ser melhor para todos – não importando se somos
índigo, cristal, violeta, muçulmanos, ateus, católicos
ou evangélicos, espíritas, japoneses, brancos ou
negros... Todos esses com suas características e belezas
interiores admiráveis! Não há razão plausível para que
estas dádivas sejam causa de sofrimento e ódio, e, no
entanto, como num manicômio, é justo esse o efeito que
se observa na Terra, a pretexto do que antes é, bênção
da riqueza incomensurável da Vida! Por mais que,
evoluindo reencarnações afora, essas discrepâncias de
consideração ensinem que a Terra se trata de um
planeta-escola, onde devemos, justamente, transcender
todos esses prismas de ego ilusórios, para se chegar à
situação ideal de fazer prevalecer o amor – e, nesta
condição, nos tratarmos todos como irmãos!
Mas esse ideal não poderia e não deveria ser
eternamente, e apenas, um ideal, mesmo aqui, na
densidade transitória – em algum ponto, lugar e momento,
o ideal pode, e deve, virar realidade feliz! Para
humanidades reencarnadas mais felizes!
Por qual razão as diferenças, dom de origem divina
gerador, antes, de razões para prosperidade e alegria,
devem mergulhar todos num processo sem-fim de sofrimento
enraizado em vaidades ilusórias e ambições?
Por que devem, eternamente, prevalecer na densidade os
parâmetros do consumo, do egoísmo, da opressão, que
amesquinham seres eternos e constituídos, em essência,
da mesma luz que dá equilíbrio e felicidade a toda
manifestação de vida no Universo, em civilizações mais
harmônicas sem conto espalhadas no infinito?
Por que competitividade e não colaboração, lançando
milhares de seres numa crise absurda de inadequação que,
em verdade, não existe, quando cada ser humano é um
diamante único, com os seus atributos de criatividade a
serem aproveitados em favor de uma vida próspera para
todos?
Por que não, neste sentido, colaboração em lugar
de competição - dando um fim definitivo ao
nefasto sistema piramidal de opressão política e
social?!
Por que, aqui, deve-se alimentar indefinidamente este
padrão obscuro que, num paradoxo estranho, todos de
boa-fé reconhecem como findo, falido, ineficiente, e
responsável por toda a doença mais grave que rouba, de
uma humanidade inteira destinada a progredir, os seus
sonhos mais lindos de realização – chegando-se ao
absurdo de classificá-los, intencionalmente, como utopia
ou ingenuidade?!
A utopia, todavia, deveria ser o nosso grau mais
avançado de refinamento íntimo, em sincronia com todas
as conquistas do território dos avanços da ciência, para
o bem-estar humano!
O assunto comporta um livro. Mas este não é o propósito,
aqui. E fica, portanto, um resumo oportuno como
informativo benéfico da índole dos índigos, para os que
simpatizam ou se interessam pelo tema.
E um testemunho de quem, por um acaso, se descobriu como
inclusa nesta definição, que – e ainda! –
reputa somente como a classificação conceitual de um ser
a mais em aprendizado nesta etapa na densidade, para dar
a sua pequena colaboração pessoal para a criação de uma
mentalidade de mais leveza, de mais luz, para novos
tempos. Tempos que precisam, com presteza, ter lugar
neste lindo planeta necessitado apenas de se despojar
das roupas velhas e rotas, para vestir outras, mais
leves, através de uma população amorosa que o habite
imbuída de torná-lo, de fato, no propalado ‘mundo de
regeneração’, sobre o qual tanto se fala.
Que isso se materialize num agora breve, é o que todos
esperamos e queremos.