Estudando as obras
de André Luiz

por Ana Moraes

 
Estude e Viva

(Parte 6)


Damos continuidade ao estudo sequencial do livro Estude e Viva, obra lançada pela FEB em 1965, focalizando nela de modo especial os textos de autoria de André Luiz. A obra citada foi psicografada, em parceria, pelos médiuns Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira.
 


Questões preliminares


A. Que benefícios aufere a pessoa que se dedica à prática do bem e às obras de benemerência?

Primeiramente, ela aufere um bem-estar sem paralelo em qualquer outra ação humana. Não existe, diz André Luiz, melhor estimulante à vida e ao trabalho. Para muitas criaturas a prática do bem é a fórmula para restaurarem a confiança em Deus e nessa atividade almas inúmeras encontram a cura dos males, o esquecimento de sombras, a significação da utilidade pessoal e a equação ideal do contentamento de viver. (Estude e Viva, cap. 9: Até o fim.)

B. O que é fundamental para que tenhamos êxito no casamento?

Entendimento e respeito, conciliação e afinidade espiritual, sem o que se torna difícil o pleno sucesso nas ligações matrimoniais. Os pretendentes à união conjugal carecem de estudar as circunstâncias do ajuste esponsalício antes do consórcio, e para isso existe o período natural do noivado. (Estude e Viva, cap. 10: O Espiritismo e os cônjuges.)

C. Quando os cônjuges nutrem crenças religiosas diferentes, como proceder?

O fato não deve constituir empecilho à harmonia no lar. Contudo, caso alguém deseje  modificar a crença do companheiro ou companheira, comece a modificar a si mesmo, na vivência da abnegação pura, do serviço, da compreensão, do bom senso prático, salientando aos olhos do outro ou da outra a capacidade de renovação dos princípios que abraça. O cônjuge é a pessoa mais indicada para revelar as virtudes de uma crença ao outro cônjuge. Um simples ato de bondade, no recinto do lar, tem mais força persuasiva que uma dezena de pregações num templo aonde a criatura comparece contrariada. (Estude e Viva, cap. 10: O Espiritismo e os cônjuges.)


Texto para leitura


94. Até o fim – Já sentiu você o prazer de ajudar alguém, sem interesse secundário, de modo absoluto, do início ao fim da necessidade, presenciando um sucesso ou uma recuperação? Por exemplo, encontrar um enfermo, sem possibilidades de tratamento, endereçado ao fracasso, e providenciar-lhe a melhoria, simplesmente em troca da satisfação de vê-lo restituído às oportunidades da existência? (Estude e Viva, cap. 9: Até o fim.)

95. Ressuma desse fato um bem-estar sem paralelo em qualquer outra ação humana, por exprimir-se em regozijo íntimo inviolável. (Estude e Viva, cap. 9: Até o fim.)

96. Você já pensou nos resultados incalculáveis de se proteger uma criança impelida ao abandono, desde as primeiras iniciações da vida até a obtenção de um título profissional que lhe outorgue liberdade e respeito a si mesma, sem intuito de cobrança? (Estude e Viva, cap. 9: Até o fim.)

97. Já refletiu na importância inavaliável de um serviço sacrificial sustentado em benefício de outrem, do princípio ao remate, sem pedir ou esperar a admiração de quem quer que seja? (Estude e Viva, cap. 9: Até o fim.)

98. Só aqueles que já passaram por essas realizações conseguem julgar a pureza da euforia e a originalidade da emoção que nos dominam, ao cumprirmos integralmente os deveres assistenciais do começo ao acabamento, sem a mínima ideia de compensação. Ocasiões não faltam. Ombreamos diariamente multidões de doentes, desabrigados, famintos, nus, obsessos e desorientados. (Estude e Viva, cap. 9: Até o fim.)

99. Você pode até mesmo escolher a empreitada que pretenda chamar para si. Há um encanto particular em sermos protagonistas ou colaboradores efetivos das vitórias do próximo. Em muitas ocasiões, não há melhor estimulante à vida e ao trabalho. (Estude e Viva, cap. 9: Até o fim.)

100. Para legiões de criaturas essa obra de benemerência completa e oculta é a fórmula para restaurarem a confiança em Deus, cujas leis de amor funcionam pela marca do anonimato, em bases impessoais. (Estude e Viva, cap. 9: Até o fim.)

101. Nessas empresas do bem por dedicação ao bem, almas inúmeras encontram a cura dos males, o esquecimento de sombras, a significação da utilidade pessoal e a equação ideal do contentamento de viver. (Estude e Viva, cap. 9: Até o fim.)

102. Quando inconformidade ou monotonia lhe desfigurem a paisagem interior, dinamize o seu poder de auxiliar. (Estude e Viva, cap. 9: Até o fim.)

103. Semeie sacrifícios e colha sorrisos. Dê suas posses e receba a alegria que não tem preço. Tome a iniciativa de oferecer a sua hora e outros virão espontaneamente trazer dias e dias de apoio ao trabalho em que você se empenhou. (Estude e Viva, cap. 9: Até o fim.)

104. Experimente. Desencadeie a causa do bem e o bem responderá mecanicamente com os seus admiráveis efeitos. (Estude e Viva, cap. 9: Até o fim.)

105. O Espiritismo e os cônjuges – Sem entendimento e respeito, conciliação e afinidade espiritual torna-se difícil o êxito no casamento. Todos os pretendentes à união conjugal carecem de estudar as circunstâncias do ajuste esponsalício antes do consórcio, para isso existindo o período natural do noivado. (Estude e Viva, cap. 10: O Espiritismo e os cônjuges.)

106. Aspecto deveras importante para ser analisado será sempre o da crença religiosa. Efetivamente, se a religião idêntica no casal contribui bastante para a estabilidade do matrimônio, a diversidade dos pontos de vista não é um fator proibitivo da paz da família. Mas se aparecem rixas no lar, oriunda do choque de opiniões religiosas diferentes, a responsabilidade é claramente debitada aos esposos que se escolheram um ao outro. (Estude e Viva, cap. 10: O Espiritismo e os cônjuges.)

107. A tendência comum de um cônjuge é a de levar o outro a pensar e agir como ele próprio, o que nem sempre é viável e nem pode ocorrer. Eis por que não lhes cabe violentar situações e sentimentos, manejando imposições recíprocas, mormente no sentido de se arrastarem a determinada crença religiosa. (Estude e Viva, cap. 10: O Espiritismo e os cônjuges.)

108. Deve partir do cônjuge de fé sincera a iniciativa de patentear a qualidade das suas convicções, em casa, pelo convite silencioso a elas, através do exemplo. Não será por meio de discussões, censuras ou pilhérias em torno de assuntos religiosos que se evidenciará algum dia a excelência de uma doutrina. (Estude e Viva, cap. 10: O Espiritismo e os cônjuges.)

109. Ao invés de murmurações estéreis, urge dar provas de espiritualidade superior, repetidas no dia a dia. Em lugar de conceitos extremados nas prédicas fatigantes, vale mais a exposição da crença pela melhoria da conduta, positivando-se quão pior seria qualquer criatura sem o apoio da religião. (Estude e Viva, cap. 10: O Espiritismo e os cônjuges.)

110. Para os espíritas jamais será construtivo constranger alguém a ler certas obras, frequentar determinadas reuniões ou aceitar critérios especiais em matéria doutrinária. (Estude e Viva, cap. 10: O Espiritismo e os cônjuges.)

111. Quem deseje modificar a crença do companheiro ou companheira, comece a modificar a si mesmo, na vivência da abnegação pura, do serviço, da compreensão, do bom senso prático, salientando aos olhos do outro ou da outra a capacidade de renovação dos princípios que abraça. (Estude e Viva, cap. 10: O Espiritismo e os cônjuges.)

112. O cônjuge é a pessoa mais indicada para revelar as virtudes de uma crença ao outro cônjuge. Um simples ato de bondade, no recinto do lar, tem mais força persuasiva que uma dezena de pregações num templo onde a criatura comparece contrariada. (Estude e Viva, cap. 10: O Espiritismo e os cônjuges.)

113. Uma única prova de sacrifício entre duas pessoas que se defrontam, no convívio diário, surge mais eficaz como agente de ensino que uma vintena de livros impostos para leituras forçadas. (Estude e Viva, cap. 10: O Espiritismo e os cônjuges.)

114. Em resumo, depende do cônjuge fazer a sua religião atrativa e estimulante para o outro, ao contrário de mostrá-la fastidiosa ou incômoda. Nos testemunhos de cada instante, no culto vivo do Evangelho em casa e na lealdade à própria fé, persista de cada qual nas boas obras, porque, ante demonstrações vivas de amor, cessam quaisquer azedumes da discórdia e todas as resistências da incompreensão. (Estude e Viva, cap. 10: O Espiritismo e os cônjuges.)(Continua no próximo número.)


 
 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita