Rosa e roseira
Conectar-nos à rosa é agradabilíssimo! Conectar-nos à
roseira é necessário!
Nós, que jardinamos, entendemos que a rosa é a rainha do
jardim; compreendemos, porém, quão difícil é lidar com a
roseira.
Com seus espinhos felinos, fere-nos as mãos, por mais
cuidadosos que sejamos.
Sempre que despertamos do sono físico e nos conectamos a
um todo diverso, espinhoso, é como se nos plugássemos à
bendita tomada do Criador, antes da lida.
Como Pai de todos, indistintamente, Ele desejará que
tomemos conta de seu jardim por inteiro; incluindo as
diferenças; roseiras incluídas!
Ora, nosso Planeta ainda não é um jardim perfeito: longe
disso, nele ainda há muito a realizar; plugar-nos ao
todo, sem exceções, é desejarmos realizar.
Como aprendizes sabemos que, para cuidarmos, realmente,
das mais belas rosas, precisamos arrojar-nos entre seus
espinhos.
Não só isso: precisaremos conviver com perigos vorazes,
formigas, ervas daninhas, temperaturas hostis, solos
impróprios…
* * *
Conectar-nos ao bom, ao belo, ao útil, é fácil; difícil
será entendermos a utilidade do mal, do feio ou
aparentemente inútil.
Qual foi o conselho do Jardineiro mais perfeito?
“Amai os vossos inimigos, fazei bem ao que vos odeia,
e orai pelos que vos perseguem e caluniam…”
Rosa e roseira,
juntas, conectadas, se constituem na mais pedagógica
analogia para entendermos a dificuldade e a importância
de convivermos com as diferenças.
E nosso Planeta está semeado delas. Ainda é um jardim
heterogêneo!