Amor autêntico
Reconheçamos com lealdade a nobreza dos
princípios morais apresentados por Jesus de
Nazaré à humanidade, fazendo-se portador da
mensagem viva do Evangelho. Seus ensinos e
orientações significam lúcida orientação de vida
para que nos libertemos das ilusões mundanas e
das graves quedas nos precipícios de nossas
imperfeições morais.
Luz do mundo e modelo exato para a felicidade
real da moralidade, sua presença e grandeza
significam – além de conforto moral próprio –
roteiro de alegrias e perene felicidade diante
dos desafios da vida humana e complexos desafios
evolutivos.
Sua bondade, por outro lado, expressa em
autêntico amor aos irmãos menores que somos
todos nós, indica o compromisso assumido de nos
conduzir, chegando ao extremo de entregar-se ao
sacrifício para nos ensinar o amor e o perdão,
em gesto aparentemente mínimo que se transformou
em roteiro celeste para a renúncia e a humildade
que nos liberta de vícios e constrói o real
caminho da felicidade moral que podemos
alcançar.
Construtor do planeta, modelo e guia para a
humanidade, Jesus foi capaz de dividir a
história em antes e depois dele. Não é Deus, mas
um irmão mais velho, criado antes e já habitante
do estágio de perfeição – ainda que relativa
diante de Deus –, sua experiência e maturidade
constituem a única opção para uma vida melhor.
Seus ensinos, por meio das parábolas e
bem-aventuranças e mesmo nas curas efetuadas –
normais para o conhecimento que detém e não
milagres – ou nas orientações aos discípulos,
apóstolos e seguidores, significam sabedoria
proveniente da experiência e maturidade
acumuladas, mas sem dispensar bondade e imenso
amor capaz de contagiar intensamente todos
aqueles que se deixam tocar pela energia que
fluem de suas palavras, de sua presença pessoal
ou de sua autoridade moral inquestionável.
No Natal, esse ar diferente, esse clima de
entusiasmo – apesar dos apelos comerciais
próprios da época – são resultantes da presença
marcante de Jesus em favor da Humanidade, de
maneira mais intensa evocado em dezembro pela
humanidade cristã do planeta.
Deixemo-nos também contagiar pelo entusiasmo,
pela alegria de viver, pela gratidão a essa
incomparável personalidade que nos pede
humildade, renúncia, bondade e postura de perdão
diante dos ferimentos físicos ou morais
recebidos. Sua sabedoria sabe que quando
perdoamos nos libertamos das prisões que nós
mesmos criamos com nossa rebeldia ou
condicionamentos vários que vamos alimentando ao
longo dos relacionamentos conflituosos.
Por gratidão à sua divina presença, ao seu
imenso amor, à sua incontestável e patente
realidade de sua bondade e amor para conosco,
deixemos que, mais que as luzes externas das
fachadas comerciais ou residenciais, se
transformem em luzes interiores as luzes da
solidariedade, da humildade, da disposição de
servir, da alegria de viver, da gratidão,
virtudes capazes e potentes para transformar o
sofrido cenário da atualidade num ambiente de
paz e harmonia, a partir dos lares que se
refletem na sociedade.
Por isso, toda vez que comemoramos o Natal,
nosso coração pulsa para dizer: Obrigado, Senhor
Jesus! – como fizemos no último Natal e em todos
que virão, com votos de que a paz e a harmonia
jamais faltem nos lares de nossos leitores e
amigos.